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A preocupação com o conhecimento - Coggle Diagram
A preocupação com o conhecimento
John Locke foi o responsável pela criação da teoria do conhecimento propriamente dita, porque se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos.
Para ele, todas as ideias e todos os princípios do conhecimento derivam da experiência sensível.
Mas como se formam os conhecimentos? Por um processo de combinação e associação dos dados da experiência. Por meio das sensações, recebemos as impressões das coisas externas, que é chamada por Locke, de
ideias simples
.
Por sua vez, nas percepções, essas impressões ou ideias simples se associam por semelhanças e diferenças, formando
ideias complexas ou compostas
Desde os primórdios, a filosofia preocupou-se com o conhecimento, buscando sempre entender a questão do verdadeiro. Através dessa busca, os primeiros filósofos se deram conta de que há uma diferença entre o perceber e o pensar.
No entanto, filósofos da época possuíam a dúvida de que: ''Pensamos com base no que percebemos ou pensamos negando o que percebemos? O pensamento continua, nega ou corrige a percepção? O modo como os seres nos aparecem é o modo como eles realmente são?''
Preocupações como essa levaram a duas atitudes filósoficas: a dos sofistas e a de Sócrates
Através de Sócrates, a ideia de que existem diferentes formas de conhecer algo foi introduzida na filosofia. Além disso, voltamos a conhecer e indagar quais as causas das ilusões, dos erros, do falso e da mentira.
Os filósofos gregos estabeleceram alguns princípios gerais do conhecimento verdadeiro:
a determinação das fontes e formas do conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual;
a distinção entre o conhecimento sensível e o conhecimento intelectual;
o papel da linguagem no conhecimento;
a diferença entre aparência e essência;
a definição dos princípios do pensamento verdadeiro, da forma do conhecimento verdadeiro e dos procedimentos para alcança-lo;
o estabelecimento de procedimentos corretos que orientam a razão na busca do conhecimento e asseguraram sua chegada a conhecimentos verdadeiros;
a distinção dos campos do conhecimento verdadeiro: teorético, prático e técnico.
A partir do cristianismo, a perspectiva da antiga filosofia grega sobre a verdade foi rompida, já que a igreja nos apresenta a separação entre o homem e Deus, causada pelo pecado original.
Portanto, uma distinção impensável para os filósofos antigos foi apresentada: a separação entre
verdades de razão
e
verdades de fé
, que em outras palavras, podem ser chamadas de
mistérios
.
Além disso, o cristianismo trouxe a ideia de que a
causa da verdade
é a inteligência divina, enquanto a
causa do erro e do falso
é a vontade humana.
A verdade se torna, então, uma questão de consciência.
No entanto, os filósofos modernos perceberam que as verdades de fé haviam influenciado as verdades de razão, fazendo com que os antigos só aceitassem uma ideia se essa viesse com o selo de alguma autoridade reconhecida pela Igreja.
Portanto, a primeira atitude dos filósofos modernos foi recusar a ideia de autoridade, separando a fé da razão, tornando-as conhecimentos diferentes, sem que uma deva se subordinar-se à outra.