Reações Hansênicas e
episódios reacionais

Reações do tipo I (Reação reversa)

são

causadas pelo aumento da atividade do sistema imunológico lutando contra o bacilo da hanseníase, ou mesmo por resto de bacilos mortos

ocorre

a instalação de um processo inflamatório agudo, principalmente na pele e nos nervos.

Os principais achados clínicos são:

Infiltração da lesão de pele, com edema, eritema e calor.

Pode haver edema de membros ou de face e hipersensibilidade dos nervos ao toque e a perda de função

Reação do tipo II

são

Menos frequente que a reação tipo 1, afeta somente os pacientes com hanseníase multibacilar

ocorre

durante os primeiros três anos após o início da PQT, podendo aparecer anos após o término do tratamento, afetando apenas a pele.

Os principais achados clínicos são:

Destruição bacilar acentuada, liberação de antígenos M.leprae e indução de anticorpo específico, o anti PGL1

Manifestação clínica mais freqüente é o Eritema Nodoso Hansênico (ENH).

ENH ( Eritema Nódulos Hansênicos) caracterizado por nódulos subcutâneos, dolorosos e eritematosos.

as

lesões não são geralmente dolorosas, mas pode haver algum desconforto.

podendo ser

acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal estar generalizado

Na Microscopia e hemograma:

são encontrados

leucocitose com neutrofília, aumento do número de plaquetas, aumento de proteínas da inflamação aguda, proteína C-reativa e a1 tripsina. aumento de IgG e IgM

Na Biópsia da lesão

são encontrados

infiltrado inflamatório, neutrofílico, perivascular, em derme reticular, compatível com vasculite; bacilos numerosos e granulosos.

Tratamento

Reações tipo I

Pode haver neurite

ocorre

em cerca de 25% dos pacientes

em pacientes do aspecto tuberculoide (TT) e dimorfo (DT,DD e, as vezes, DV)

nos 6 primeiros meses de tratamento

Ocorre

resposta TH2

em pacientes Virchowianos

afecções sistemicas

Reações tipo II

corticoterapia em dose imunossupressora

Prednisona 1mg/kg/ dia

tendo

o cuidado de monitorar a pressão arterial, glicemia em jejum

e, fazer

tratamento preventivo pra strongiloides stercoralis

quando

houver HAS, pode fazer o uso de dexametasona 0,15mg/kg/dia

além da medicação

deve

manter o repouso

monitorar a evolução do paciente

por meio

de avaliação neurológica simplificada

Reduzir a dose do corticóide ao passo que o paciente apresentar evolução favorável

Talidomida é a primeira opção, 100 a 400mg por dia, a depender da gravidade do quadro

ou

Prednisona/ dexametasona

se

houver ENH e neurite, deve-se usar talidomida e prednisona

associando a

AAS 100mg/dia como profilaxia contra o tromboembolismo

se

houver neurite, deve-se acrescentar corticoide, glomerulonefrite, vasculite outras afecções dos órgãos internos e das articulaçoes

a talidomida é teratogênico e seu uso na gravidez pode trazer graves consequências

Aluna: Nibsyan Cristina da Silva

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