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Pele e Tecido muscular, LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M.…
Pele e Tecido muscular
TIPOS DE QUEIMADURAS
Queimadura é toda lesão causada por agentes externos sobre o revestimento do corpo, podendo destruir desde a pele até tecidos mais profundos, como ossos e órgãos.
Extensão
Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da superfície corporal;
Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da superfície corporal;
Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de 20% da área corporal;
Duas regras podem ser utilizadas para "medir" a extensão da queimadura:
Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo dele):
cabeça - 9%
tronco frente - 18%
tronco costas - 18%
membros superiores - 9% cada
membros inferiores - 18% cada
genitais - 1%
Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”.
Profundidade
1º grau: atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente;
2º grau: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada;
3º grau: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor.
As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, quaisquer que sejam a profundidade e a extensão, necessitam de tratamento hospitalar. A gravidade da queimadura será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada
Causas
Agentes físicos
Térmico, elétrico e radiante
Agentes químicos
Produtos e substâncias
Agentes biológicos
Seres vivos
Tratamentos/ o que não fazer.
Para cada tipo de queimadura tem-se um tratamento adequado. Entretanto, independente do tipo
Não use nunca: pasta de dentes, pomadas, clara de ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente sobre a área queimada;
Não remova tecidos grudados: corte cuidadosamente e retire o que estiver solto;
Não estoure bolhas.
Térmicas
Químicas
Radiante
não tocar, desligar, pedir ajuda.
Remover resíduo da roupa, enxaguar, remover acessórios e lente.
esfriar, cobrir e retirar acessórios.
Vascularização da pele
A rica vascularização sanguínea da pele supera o necessário ao seu suprimento metabólico, fato justificado pelo papel que desempenha na regulação da temperatura, pressão arterial, cicatrização e fenômenos imunológicos.
A vascularidade dérmica consiste principalmente de dois importantes plexos intercomunicantes:
Plexo superficial ou subpapilar – que percorre a porção papilar da derme, paralela à epiderme, composto essencialmente de capilares.
Plexo profundo ou dermo-hipodérmico – ao redor de folículos pilosos e glândulas écrinas, formado de arteríolas
Já a epiderme não é vascularizada, sua nutrição se faz a partir do plexo subpapilar
Em determinadas regiões, tais como sulcos e leitos ungueais, orelhas e centro da face, o aparelho vascular cutâneo apresenta formações especiais, os glômus. Estes estão ligados funcionalmente à regulação térmica, são anastomoses arteriovenosas.
Inervação da pele
Contém um grande número de terminações nervosas para o tato, temperatura, dor e outros estímulos.
Nervos motores autonômicos
composto por fibras simpáticas
Responsável pela piloereção, constrição da vasculatura cutânea e secreção do suor
As fibras que inervam as glândulas sudoríparas são simpáticas, mas têm como neurotransmissor a acetilcolina
Nervos sensoriais somáticos
Responsável
Pelas sensações de dor
Prurido
Tato suave
Tato discriminativo
pressão
Vibração
Propriocepção
Os nervos sensitivos têm receptores especializados divididos funcionalmente em mecanorreceptores, termorreceptores e nociceptores
podem constituir estruturas
especializadas, como
Corpúsculos de Vater-Pacini
específicos para pressão e
vibração
Corpúsculos de Meissner
específicos para o tato
Corpúsculos de Krause
sensíveis ao frio
Corpúsculos de Ruffini
sensíveis ao calor
Anatomia do Tecido Muscular
Apresenta fibras musculares ou miócitos
Fibras alongadas com citoplasma rico em fibras protéicas
Actina e miosina
Classificado em 3 tipos
Muscular estriado liso
Células fusiformes
Espessas no centro e afiladas nas pontas
Os núcleos são centrais
Células revestidas pela lâmina basal
Muscular estriado cardíaco
Células alongadas, cilíndricas e ramificadas
Fibras envoltas por uma bainha de T.C. rica em capilares sanguíneos
Presença de discos intercalares
Especializações que permitem a conexão elétrica entre as células
Muscular estriado esquelético
Células alongadas
Os núcleos ocupam as porções periféricas da célula
Células ricas em filamentos de actina e miosina
Actina
Fibra proteica do citoesqueleto
Junto com outras proteínas, forma os filamentos finos
Miosina
Proteína associada ao citoesqueleto
Forma os filamentos espessos
Células musculares apresentam T.C. conjugado
Matriz extracelular é constituída pela lâmina basal e fibras reticulares
Membrana das células musculares é denominada Sarcolema
Citoplasma denominado Sarcoplasma
Retículo endoplasmático liso denominado Retículo Sarcoplasmático
Camadas da pele
Epiderme
Camada mais externa
Dividida em 5 camadas
Córnea
Camada mais externa
Diferencia pele espessa de pele grossa
Células mortas
Removidas através do processo de descamação
Rica em queratina
Camada lúcida
Apenas pele grossa apresenta camada lúcida
Camada delgada com células achatadas
Camada granulosa
Células achatadas
Núcleo central
Contem diversos grânulos
Secreta corpos lamelares
Substâncias fosfolipídicas associadas as glicosaminoglicanas
Forma uma camada impermeável
Camada espinhosa
Células poligonais, cubóides ou ligeiramente achatadas
Núcleo central com expansões citoplasmáticas
Aspecto espinhoso
Camada basal/germinativa
Células prismáticas ou cubóides
Queratinócitos
Camada ligada a membrana basal
Separa derme e epiderme
Responsável pela constante renovação do epitélio
Derme
Camada que guarda os apêndices da
pele
Folículo piloso
Glândula sebácea
Glândula sudorípara
Terminações nervosas
Proporcionam a sensação tátil,
dolorosa, pressão e temperatura
Variam em relação a região do corpo
Formada por fibras de colágeno e
elastina
Principal célula é o fibroblasto
Podem estar presentes macrófagos e mastócitos
Dividida em 2 camadas
Papilar
Camada superior da derme
Formada por T.C. frouxo
Encontra-se capilares, fibras elásticas, fibras reticulares e o colágeno
Reticular
Camada mais profunda da derme
Formada por T.C. denso não modelado
Encontra-se capilares sanguíneos, fibras elásticas e de colágeno, fibroblastos, vasos linfáticos e terminações nervosas
Hipoderme
Formada por Tecido Conjuntivo
Fibras de elastina e colágeno ligam a hipoderme a derme
responsável
Reserva de energia
Armazenada no tecido adiposo
Defesa contra choques físicos
Proteção dos órgão e ossos
Isolante térmico
Conexão
Conecta a derme aos músculos e ossos
Contração Muscular
Potencial de ação enviado pelo Sistema nervoso
para o neurônio motor que inerva várias fibras musculares
Se divide em
Contração reflexa
ato involuntário de movimento muscular mas de músculos somáticos voluntários
Contração tônica
contração mantida mesmo quando o músculo está "relaxado", este tipo de contração ajuda na manutenção da postura, por exemplo, do pescoço, no tônus dos dedos
Contração isotônica
contração concêntrica
é o tipo de contração muscular no qual os músculos encurtam durante a geração de força
contração excêntrica
ocorre quando o músculo alonga enquanto está sob tensão devido a uma força externa maior que a força gerada pelo músculo. Em vez de mover a junta na direção da contração, o músculo age desacelerando o movimento de forma controlada
Contração isométrica
nessa contração o músculo gera força sem alterar o comprimento muscular, mas com uma tensão maior do que o tônus muscular.
Tecido muscular
Função
Os tecidos musculares, exercem papel fundamental no indivíduo atuando na motricidade geral do corpo bem como estabilização e postura.
caracteriza-se por:
elasticidade
excitabilidade
extensibilidade
contratilidade
Lesão
Fase 1 : destruição
caracterizada pela ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço com a proliferação de células inflamatórias
Fase 2 : reparo e remodelação
consiste na
fagocitose do tecido necrótico,na regeneração das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo,assim
como a neoformação vascular e crescimento
neural.
Fase 3:remodelação
período de maturação
das miofibrilas regeneradas,de contração e
de reorganização do tecido cicatricial e da re-
cuperação da capacidade funcional
muscular.
Proteínas Musculares
As miofibrilas dos músculos estriados contêm quatro proteínas principais
miosina
possui capacidade de se ligar à actina
hidrolizar o ATP e consegue utilizar essa energia de forma a realizar a contração muscular
actina
Maior componente dos filamentos finos das células musculares
pode se apresentar de duas maneiras diferentes
actina G
presente em soluções de baixa força iônica
actina F
de formato fibroso, que é uma forma polimerizada da actina G
devido ao aumento da força iônica
tropomiosina
proteína longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas
se enrolam nos filamentos de actina F
troponina
m complexo dividido em três partes (TnT, TnC e TnI), cada um com uma função especifica
A porção TnT se liga a Tropomiosina
a porção TnC, se liga a ions de Ca² F
a porção Tnl se possibilita a interação entre actina F e miosina para que aja a contração muscular
quanto a participação das proteínas no processo de contração muscular
Ocorre na área de contato sináptico entre a extremidade da membrana do axônio e a membrana da fibra muscular é a placa motora,
onde são liberados mediadores químicos (neurotransmissores) pelos neurônios
O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o Retículo sarcoplasmático
liberando o Ca no citosol
O Ca atua sobre a troponina
mudando a configuração das três unidades de troponina e deixando exposto o sítio de ligação da actina com a miosina
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LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014.
TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Referência