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RCS, 19 anos, sexo masculino, Matéria: Clínica Cirúrgia III …
RCS, 19 anos, sexo masculino
Anamnese
Paciente chega ao consultório referindo dor insuportável em testículo direito. Relata que a dor teve início na noite anterior, surgindo de forma súbita e que piorou progressivamente com o passar das horas.
Paciente menciona que já houve quadro semelhante anteriormente e que teve relação sexual desprotegida há três dias atrás. Não notou irradiação da dor. Nega disúria, hematúria e outros sintomas urinários, náuseas vômito e febre.
Exame Físico
Sinais Vitais:
PA 120x80 mmHg, FC 110bpm, FR 16irpm, SatO2 98%, temperatura axilar 36,5°C.
Exame da genitália:
Testículo direito horizontalizado e elevado na bolsa testicular, com hiperemia e espessamento da pele adjacente. Testículo esquerdo tópico, sem alteração.
À palpação, o testículo e epidídimo direito apresentam-se endurecidos e dolorosos ao toque. Sinal de prehn negativo.
Hipóteses Diagnósticas
Torção Testicular
Diagnóstico diferencial: Orquiepedimite (devido a relação sexual desprotegida
Investigação Diagnóstica
USG da Bolsa escrotal com Doppler
Achado:
Testículo direito heterogêneo e fluxo vascular ausente.
Conclusão:
Torção testicular
Conduta
Exploração da bolsa testicular com redução da torção + Orquidopexia do testículo acometido e contralateral
Avaliação pré-operatória:
hemograma, coagulograma, função hepática (AST e ALT), eletrólitos, ECG e glicemia em jejum. Avaliação do risco cirúrgico pelo anestesista
Prescrição médica:
dieta zero, hidratação com soro fisiológico 0,9% (500ml, IV, 8/8h), analgesia com dipirona (01ampola, IV, 8/8h), antiemese com bromoprida (01 ampola, IV, 8/8h) e sinais vitais + cuidados gerais
Antes da realização da conduta cirúrgica, o paciente deve ser informado que há risco de dano irreversível do testículo (quando é feita a remoção completa). O prognóstico piora nos casos em que a torção ocorreu há mais de 12 horas
Caso haja sinais de necrose
Orquiectomia + Orquidopexia contralateral
Plano de cuidado:
Informar ao paciente que o tempo de recuperação varia entre 2 e 6 semanas, deve ser feito repouso relativo e uso de suspensório escrotal ou cuecas justas (medida que ajuda na diminuição da dor e edema locais). Além disso, o paciente deve ser acompanhado por pelo menos 6 meses, para reavaliar a função e o tamaho testicular
Matéria: Clínica Cirúrgia III
Acadêmica: Gabriela Maria S. Dias
Período: 8°