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REAÇÕES HANSÊNICAS, Os estados reacionais são eventos imunoinflmatórios,…

- - - - É um evento desencadeado por aumento súbito de imunidade celular.
        
        No quadro clínico, observa-se reativação das lesões pré-existentes e/ ou aparecimento de novas lesões, com sinais de agudização como eritema, infiltração, formando uma placa de superfície lisa, brilhante e com aspecto edemaciado.
        A duração do surto varia de semanas e meses, pode apresentar descamação.
        Além disso, pode ter comprometimento de mucosas; paciente pode ter sensação de queimação nas lesões e dor em extremidades.
  - - - No quadro clínico caracteriza-se por aparecimento súbito de nódulos inflamatórios, dérmicos ou subcutâneos, eritematosos, com calor local, móveis à palpação, sãp dolorosos, podem evoluir para a formação de vesículas e até ulceras.
        Não acomete couro cabeludo, axila, virilhas e períneo. Dura cerca de 8 a 10 dias.
        
        Eritema multiforme hansênico: apresenta-se com lesões máculo-papulares, de coloração eritemato-purpúrica, vesículas e bolhas que podem romper e formar lesões ulceradas. Podem ter aspecto policíclico pela coalescência de lesões, ou lesões de aspecto urticariforme. Podem estar presentes as típicas lesões de bolhas que ocupam o centro da lesões.
- - - - O tratamento padrão dos surtos reacionais utiliza, basicamente, dois medicamentos: prednisona e a talidomida. Conhecer os medicamentos que são usado para o tratamento é de extrema importância, considerando sempre a segurança do paciente.
        
        REAÇÃO TIPO 1
        
        Prednisona 1mg/KG/dia, tendo o cuidado de monitorar pressão arterial, glicemia em jejum e fazer tratamento preventivo para Strongiloides stercoralis e para osteoporose.
        
        Os efeitos adversos ocorrem nas terapia prolongadas, acima de 30 dias ou em altas doses. Os efeitos podem estar relacionados com a preparação utilizada, o horário de tomada, a dose utilizada, a via e esquema de administração, o tempo de tratamento, a idade, o sexo, a doença de base e o perfil individual e a associação com outros medicamentos.
        
        A redução da dose vai depender da manutenção da melhora clínica e da avaliação neurológica.
        
        REAÇÃO TIPO 2
        
        Talidomida é a primeira opçãi, 100 a 400mg/dia, a depender da gravidade do quadro.
        
        Ou prednisona/dexametasona se não for possível usar talidomida.
        
        Se houver ENH e neurite, usar talidomida + prednisona, associada a AAS 100mg/dia como profilaxia contra o traomboembolismo.
        
        Entre efeitos colaterais, é a neuropatia periférica, com surgimento de fraqueza muscular, parestesias simétricas, dolorosas nas mãos e pés, associada a perda da sensibilidade nos membros inferiores.
        
        A talidomida é contraindicada na gravidez e tem seu uso restrito nas mulheres em
        idade fértil
- - - - A secreção destas pelos macrófagos estimula as células endoteliais a produzirem prostaglandinas, IL-6 e fator III, desencadeando a cascata da coagulação, levando à formação de trombos nos capilares, provocando isquemia, infarto e necrose dos tecidos
        
        A definição do fenômeno, adota-se três critérios: ulceração cutânea, trombose vascular e invasão da parede dos vasos sanguíneos pelo bacilo de Hansen.
        
        Clinicamente, o fenômeno de Lúcio é caracterizado por máculas eritematoúrpuricas que evoluem formando escaras, as quais, ao se desprenderem, podem deixar área cicatricial ou não, dependendo da extensão da necrose. Acomete, em ordem decrescente, pés, pernas, mãos, antebraços, coxas e braços.