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RAIVA II - Coggle Diagram
RAIVA II
Diagnóstico laboratorial
(Cai em prova)
Imunofluorescência direta (IFD)
Das amostras de tecido bulbar de folículos pilosos, obtidos por biopsia de pele da região cervical, raspado de mucosa lingual (swab) ou de tecidos de impressão de córnea
sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir a possibilidade de infecção.
Prova biológica (PB)
tem como objetivo o isolamento do vírus, através da inoculação em camundongos ou cultura de célula
Além disso pode-se realizar a detecção de anticorpos específicos no soro ou líquido cefalorraquidiano, pela técnica de soroneutralização em cultura celular, em pacientes sem antecedentes de vacinação antirrábica
Reação em cadeia da polimerase (PCR)
detecção e identificação de RNA do vírus da raiva
realização da autópsia é de extrema importância para a confirmação diagnóstica
O sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e medula) deverá ser encaminhado para o laboratório, conservado refrigerado, quando a previsão de chegada ao laboratório for de até 24 horas, e congelado após esse prazo
Na falta de condições adequadas de refrigeração, conservar em solução salina com glicerina a 50%, em
recipientes de paredes rígidas, hermeticamente fechados
Tratamento
Em 2004, foi registrado nos Estados Unidos o 1º relato de tratamento de raiva humana em paciente que não recebeu vacina ou soro antirrábico e evoluiu para cura
protocolo de Milwaukee
No Brasil, em 2008, foi confirmada raiva em um paciente do estado de Pernambuco
foi iniciado o Protocolo de Milwaukee adaptado à realidade brasileira, denominado Protocolo de Recife, resultando no primeiro registro de cura de raiva humana no país.
Em 2017, ocorreu o segundo caso de cura no Brasil com sequelas neurológicas
Definição de caso
Caso suspeito
Todo paciente com quadro clínico sugestivo de encefalite, com antecedentes ou não de exposição
Caso confirmado
Critério laboratorial
Caso suspeito com sintomatologia compatível, para a qual a imunofluorescência direta (IFD), ou prova biológica (PB), ou reação de cadeia pela polimerase (PCR), foi positiva para raiva
Critério clínico-epidemiológico
Paciente com quadro neurológico agudo (encefalite), que apresente formas de hiperatividade, seguido de síndrome paralítica com progressão para coma, sem possibilidade de diagnóstico laboratorial,
Com antecedente de exposição a uma provável fonte de infecção
Caso descartado
Todo caso suspeito com imunofluorescência direta e prova biológica negativa ou, que durante a investigação, teve seu diagnóstico confirmado laboratorialmente por outra etiologia
Manifestações clínicas
os pródromos que duram de 2 a 10 dias e os sinais clínicos os são inespecíficos
mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia
linfoadenopatia
manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade
Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua
quadro de paralisia
disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia
O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até à instalação de quadro comatoso e evolução para óbito
Diagnóstico diferencial
O quadro clínico típico ocorre em cerca de 80% dos pacientes com sinais e sintomas característicos de raiva, precedidos de histórico de contato ou exposição a risco com animais raivosos ou suspeitos de raiva
No caso da raiva humana transmitida por morcegos hematófagos, cuja forma é predominantemente paralítica, o diagnóstico é incerto
Cabe salientar a ocorrência de outras encefalites por arbovírus e intoxicações por mercúrio, apresentando quadro de encefalite compatível com o da raiva
Vigilância epidemiológica
Os dados epidemiológicos são essenciais tanto para os profissionais de saúde, a fim de que seja tomada a decisão de profilaxia de pós-exposição em tempo oportuno
como para os médicos veterinários, que devem adotar medidas de bloqueio de foco e controle animal
Objetivos da vigilância epidemiológica da raiva
Investigar todos os casos suspeitos de raiva humana e animal, assim como determinar sua fonte de infecção
Realizar busca ativa de pessoas sob exposição de risco ao vírus rábico
Determinar as áreas de risco para raiva
Monitorar a raiva animal, com intuito de evitar ocorrência de casos humanos
Realizar e avaliar os bloqueios de foco
Realizar e avaliar as campanhas de vacinação antirrábica de caninos e felinos
Propor e avaliar as medidas de prevenção e controle
Realizar ações educativas de forma continuada