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RAIVA III - Coggle Diagram
RAIVA III
Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva
limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão
Proceder à profilaxia do tétano, quando couber
Quando o diagnóstico laboratorial do animal agressor for negativo pela técnica de IFD, o esquemaprofilático do paciente, a critério médico, pode ser suspenso
Isso não se aplica para equídeos (cavalos, burros, jumentos)
exceto nos casos em que os fragmentos encaminhados para diagnóstico destes animais tenham sido o tronco encefálico e a medula
acidentes
Acidentes leves
Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas
digitais e planta dos pés) em decorrência de mordeduras ou arranhaduras
Lambedura de pele com lesões superficiais
Acidentes graves
Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé;
Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;
Lambeduras de mucosas;
Lambeduras de pele onde já existe lesão grave
Ferimentos profundos causados por unhas de animais;
Qualquer ferimento provocado por morcego
contatos indiretos, como a manipulação de utensílios potencialmente contaminados, a lambedura na
pele íntegra e acidentes com agulhas durante a aplicação da vacina animal, não são considerados acidentes de risco e não exigem esquema profilático
Esquema vacinal
Esquema de aplicação intramuscular (IM)
Uma dose
0, 3, 7, 14
0,5mL
Esquema de aplicação intradérmica (ID)
Duas doses
0,1ml/dose
Dia 0 - 02 doses
3º dia - 02 doses
7º dia - 02 doses
28º dia - 02 doses
Cão ou gato sem suspeita de raiva no momento da agressão
Contato indireto
Lavar com água e sabão. Não tratar.
Acidentes Leves
Lavar com água e sabão
Observar o animal durante 10 dias
Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso
administrar 4 doses de vacina, 0, 3, 7 e 14, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela ID
Acidentes Graves
Além de lavar, observar o animal durante 10 dias
Iniciar esquema profilático com duas doses uma no dia 0 e outra no dia 3
Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema profilático, administrando o soro e completando o esquema
até 4 (quatro) doses
Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose no 14º dia, pela via IM ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID
Cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão
Contato indireto
Lavar com água e sabão. Não tratar.
Acidentes Leves
Iniciar esquema profilático com 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3
Observar o animal durante 10 dias
Se a suspeita de raiva for descartada
suspender o esquema profilático
Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso
completar o esquema até 4 doses
Aplicar uma dose entre o 7º e 10º dia e uma dose no 14º dia, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID
Acidentes Graves
Iniciar o esquema profilático com soro e 4 (quatro) doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14, pela
via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28
Observar o animal durante 10 dias
Se a suspeita de raiva for descartada
Suspender o esquema profilático e encerrar
o caso
Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto; Animais domésticos de interesse econômico ou de produção
Contato indireto
Lavar com água e sabão. Não tratar.
Acidentes Leves
Iniciar imediatamente o esquema profilático com 4 (quatro) doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM, e ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID.
Acidentes Graves
esquema profilático com soro e 4 (quatro) doses de vacina
Morcegos e outros animais. silvestres (inclusive os domiciliados)
Contato indireto
Lavar com água e sabão. Não tratar.
Acidentes Leves
Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro e 4 doses de vacina administradas nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM, ou nos dias 0, 3, 7 e 28, pela via ID.
Acidentes Graves
esquema profilático com soro 3 e 4 (quatro) doses de vacina
Medidas de prevenção e controle
raiva humana
profilaxia da raiva humana é feita com o uso de vacinas e de soro, quando os indivíduos são expostos
A profilaxia contra a raiva deve ser iniciada o mais precocemente possível
Vacina contra a raiva (inativada)
vacina contra a raiva (inativada) é indicada para a profilaxia da raiva humana, sendo administrada em indivíduos expostos ao vírus da doença
ou como profilaxia em pessoas que, por força de suas
atividades ocupacionais, estão permanentemente expostas ao risco
A vacina de cultivo celular é mais potente que a elaborada no sistema nervoso central de animais, segura e praticamente isenta de risco
vias de aplicação
Via intramuscular
Via intradérmica - 0,1 mL.
profilaxia pós-exposição
depende da natureza da exposição e do animal agressor
se indicada, não deve ser interrompida
reações adversas leves, locais ou sistêmicas, devem ser manejadas com antinflamatórios não esteroides ou antipiréticos
Soro antirrábico (SAR)
profilaxia da raiva humana após exposição ao vírus rábico
não é necessário quando o paciente recebeu esquema profilático completo anteriormente
não deve ser utilizado em situação de reexposição ao vírus da raiva ou em caso de pessoas que já tenham feito seu uso anteriormente
composto por uma solução concentrada e purificada de anticorpos obtidos a partir do soro de equinos imunizados com antígenos rábicos
Não pode ser congelado, temperatura 2-8°C
40UI/kg de peso
infiltrar na(s) lesão(ões) a maior quantidade possível da dose do soro que a região anatômica permita
quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea
Não se deve aplicar o soro na mesma região em que foi aplicada a vacina
O teste de sensibilidade ao SAR tem valor preditivo baixo e, por isso, não é mais indicado
Imunoglobulina antirrábica humana (IGHAR)
solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada a partir de hemoderivados de indivíduos imunizados com antígeno rábico
forma liofilizada ou líquida
Profilaxia pré-exposição
simplifica a terapia pós-exposição
desencadeia resposta imune secundária mais rápida (booster), quando iniciada pós-exposição
3 doses
0, 7, 28
14º dia após a última dose - realizar titulação de anticorpo
satisfatórios títulos de anticorpos >0,5UI/mL
Caso menor, aplicar dose completa de reforço, pela via intramuscular, e reavaliar a partir do 14º dia após
a aplicação
intramuscular profunda (dose de 0,5mL) no músculo
deltoide ou vasto lateral da coxa (não aplicar no glúteo, diferente do soro)
Ou intradérmica (dose de 0,1mL) na inserção do
músculo deltoide.
Notificação
Todo caso humano suspeito de raiva é de notificação compulsória e imediata
Imediatamente ou até 72 horas após a notificação de um caso de raiva, deve-se iniciar a investigação epidemiológica
Caso confirmado
Caso suspeito com sintomatologia compatível, e positivo em
imunofluorescência direta (IFD)
prova biológica (PB)
reação de cadeia pela polimerase (PCR)