Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Epistemologia Genética: perspectivas e temores Fernando Becker - Coggle…
Epistemologia Genética:
perspectivas e temores
Fernando Becker
Construção
Interação
Ação entre dois polos
Novidade
Assimilação
Nunca se consegue assimilar um objeto integralmente, ele é infinitamente rico.
Uma assimilação resulta em algum conhecimento.
Para aprofundar esse conhecimento, são necessárias acomodações, sucessivas e progressivas, para responder às resistências do objeto.
é uma ação transformadora sobre o meio
Falar em assimilação é reconhecer a presença do outro.
O outro está ali como possibilidade de assimilação: o outro-coisa, o outro-pessoa, o outro relações sociais.
Acomodação
Traz como resultado uma nova construção
Adequação do sistema assimilador ao objeto assimilado
A ação do meio sobre o sujeito acontece somente como resposta à ação do próprio sujeito
É uma ação transformadora do sujeito, realizada pelo próprio sujeito
É uma ação do sujeito sobre si mesmo.
“A inteligência organiza o
mundo organizando-se a si própria” (Piaget, 1936).
Remete ao sujeito do conhecimento e da
aprendizagem, à sua construção.
Por que Epistemologia Genética?
Pela sua epistemologia (genética) ou pela sua concepção de conhecimento
O conhecimento não é dado ao sujeito em seu genoma.
No genoma estão as condições para iniciar o processo de construção de conhecimento, mas não o conhecimento propriamente dito.
O conhecimento também não é dado pelo meio social ou pela cultura. Esse é um objeto de conquista, não vem pronto.
O conhecimento resulta de construções do sujeito realizadas nas trocas com o meio. Construções que resultam das ações do indivíduo sobre o meio físico e sobre os conteúdos da cultura.
Pelos Pressupostos
Ser humano nasce:
Sem conhecer os conteúdos da cultura
Sem os instrumentos mentais e cerebrais para assimilar esses conteúdos
sem capacidade representativa, sem lógica e sem linguagem para expressar esses conteúdos
Com a capacidade para construir esses instrumentos, mentais e cerebrais, com os quais assimilará os conteúdos da cultura
Pela sua concepção de aprendizagem
“Aprender é proceder a uma síntese, indefinidamente renovada, entre a continuidade e a novidade”. (Inhelder, Bovet e Sinclair, 1974)
Dois pilares de toda a aprendizagem: aquilo que aconteceu e aquilo que pode acontecer; aprender é, sempre, sintetizar essas duas fontes.
"O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados [os conteúdos], mas é antes de tudo aprender a aprender, aprender a desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola" (Piaget, 1972, p.32)
"Conhecer consiste em construir ou reconstruir o objeto do conhecimento de modo a apreender o mecanismo desta construção [...] conhecer é produzir um pensamento, de modo a reconstituir o "modo de produção" dos fenônemos." (Piaget, 1961, p. 441-2)
Permite redimensionar os objetivos da aprendizagem escolar
Não mais apenas dar conta de
conteúdos, mas aumentar a capacidade de aprender.
Vivemos, hoje, num mundo em que temos que aprender
continuamente; e, a cada pouco tempo, aprender conteúdos ou capacidades novos.
Permite repensar as possibilidades do aprender
Verbos: designam ações humanas
Fazer
Criar
Ultrapassar
Descobrir
Inventar
Descentrar-se
Cooperar
Interesse central da epistemologia genética
Explicar como o ser humano cria novidades, como constitui o novo.
A escola tem uma coluna vertebral muito forte que não permite que ela se curve na direção do aluno.
Fornece um modelo explicativo do desenvolvimento humano
Nos mostra os eixos desse processo
Do fazer ao compreender
Regulações automáticas às regulações ativas
Esquemas às estruturas
Prática à teoria
Afirmação à negação
Interiorização à exteriorização
Fornece-nos recursos de análise de concepções pedagógicas e epistemológicas
Nos lega uma nova concepção de aprendizagem
Aprendizagem lato sensu
desenvolvimento pela espontaneidade
Aprendizagem stricto sensu
concepção que a escola pratica: intencional, dirigida