Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Disfunção erétil - Coggle Diagram
Disfunção erétil
Fatores de risco
hipertensão arterial sistêmica
diabetes mellitus
cardiopatias
tabagismo
excessivo de álcool
obesidade
doenças prostáticas
depressão e idade
Diagnóstico
Depressão: É muito importante avaliar se há sinais de depressão, com isso podemos utilizar a escala de Beck (consiste em um questionário de auto-relato com 21 itens de múltipla escolha. É um dos instrumentos mais utilizados para medir a severidade de episódios depressivos.), ou em homens idosos a escala de depressão geriátrica de Yesavage.
Deve-se suspeitar de causas psicológicas em homens jovens saudáveis com início abrupto de disfunção erétil, em particular se o início estiver associado a um acontecimento emocional específico ou se a disfunção ocorrer apenas em determinadas ocasiões.
Avaliar também a satisfação do paciente com as relações sexuais, incluindo a sua interação pelo parceiro.
O exame focaliza os sinais genitais e extragenitais de doenças hormonais, neurológicas e vasculares.
Avaliação clínica: uso de drogas, abuso de álcool, cirurgia e traumas pélvico, tabagismo, hipertensão, diabetes e aterosclerose, sintomas de doenças vasculares, hormonais, neurológicas e psicológicas.
Exame físico da genital: Baixo tônus retal, sensibilidade do períneo diminuída ou reflexos bulbocavernosos anormais podem indicar disfunção neurológica. A diminuição dos pulsos periféricos sugere disfunção vascular.
Exame laboratorial: deve incluir a dosagem do nível de testosterona pela manhã; se o nível é baixo ou baixo-normal, prolactina e hormônio luteinizante (LH) devem ser medidos. Exames de diabetes, dislipidemias, hiperprolactinemia, doenças tireoidianas e síndrome de cushing.
Atualmente, ultrassonografia com Doppler após injeção intracavernosa de substância vasoativa como uma mistura de prostaglandina E1, papaverina, e fentolamina (disponível como um produto de combinação) é mais frequentemente usada para avaliar a vasculatura peniana.
Mecanismo de ação do Viagra
O Viagra pertence a um grupo de medicamentos chamados de inibidores da fosfodiesterase tipo 5. As fosfodiesterases são enzimas (um tipo de proteína) que catalisam as reações de hidrólise no corpo.
O tipo 5 é apenas um dos 11 conhecidos. Essa enzima é encontrada nas células do músculo liso da aorta, do coração, da placenta, do músculo esquelético e, em menor extensão, no cérebro, no fígado e nos pulmões.
Ao inibir essa enzima, por causa de alguns mecanismos químicos complexos, os vasos sanguíneos do pênis se dilatam, favorecendo o fluxo sanguíneo quando estimulado sexualmente.
Anatomia do pênis
O sistema reprodutor masculino é dividido 8 partes, testículos, epidídimos, ductos deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pênis.
O pênis é um órgão misto, ou seja, possui duas funções. Uma faz parte do sistema reprodutor e a outra do urinário, sendo a uretra o canal que leva tanto a urina quanto o sêmen para o exterior.
Dada a sua função no sistema reprodutor e a necessidade de ficar ereto, ele é extremamente vascularizado.
O pênis é irrigado em quase toda sua extensão por ramos das artérias pudendas internas, senso estes ramos as artérias dorsais, artérias profundas e artérias do bulbo
Para que a ereção ocorra é necessário que hajam estímulos sexuais e os corpos cavernosos precisam receber um volume intenso de sangue e represá-lo ali temporariamente
É formado por três corpos cilíndricos de tecido erétil, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
Tratamento
Primeira linha
Controle dos fatores de risco
Mudança de hábito de vida: estresse, sedentarismo, obesidade, tabagismo, álcool
Psicoterapia / terapia sexual
Farmacoterapia oral: inibidores da fosfodiesterase-5 (ex Sildenafil, tadalafil)
Segunda linha
Injeções intracavernosos e intrauretrais: onde o medicamento é um similar da prostaglandina e1, que faz uma vasodilatação por meio do aumento dos sinusóides, aumentando o fluxo. Ocorre ereção imediata e é seguro, mas normalmente não é utilizado por medo do paciente de injetar a medicação
Terceira linha
Tratamento cirúrgico: quando não ocorre resposta aos outros tratamentos. Pode ser implatado uma prótese semi-rígida, maleável, que consiste em uma haste de silicone revestida por um filamento de prata. E também pode ser uma prótese inflável, que é uma estrutura colocada dentro do corpo cavernoso ligada a uma bombinha que fica dentro da bolsa testicular, quando o paciente quer ter relação ele aperta a bombinha, fazendo com o líquido dentro dessa vá para os corpos cavernosos, causando uma ereção
Fisiologia do pênis
A ereção peniana é um processo neurovascular complexo que se inicia pela estimulação sexual através de fenômenos físicos e/ou psicológicos, mediado por substâncias que atuam no endotélio vascular para garantir um ato sexual satisfatório
Esses eventos levam à progressiva distensão dos espaços sinusoidais e à compressão do plexo venoso subtúnico contra a túnica albugínea.
O principal neurotransmissor da ereção peniana é a acetilcolina, que estimula o endotélio a liberar oxido nítrico
Concluiu-se que a fisiologia da ereção é a base para o desenvolvimento de terapias a doenças prejudiciais à função sexual
Fisiopatologia da DE
As causas de DE podem ser classificadas como de etiologia psicológica, orgânica ou ainda uma combinação de ambas. As causas psicogênicas mais comuns incluem ansiedade de desempenho, transtornos psiquiátricos (ansiedade e depressão) e conflitos no relacionamento.
Entre os fatores orgânicos, encontram-se causas vasculares, endócrinas, neurológicas, relacionadas a drogas e a intervenções urológicas
ETIOLOGIA NEUROLÓGICA
Entre essas causas, destacam-se: doença de Parkinson, demências, doenças desmielinizantes e lesões medulares em níveis que afetam a ereção e/ou a ejaculação
A DE nestes pacientes é atribuída a vários aspectos como sintomas motores, depressão, ansiedade, disfunções autonômicas e efeitos principais ou colaterais dos medicamentos antiparkinsonianos
O déficit de dopamina na DP pode ser um possível mecanismo de associação da doença e da DE, visto que a regulação central da ereção é dependente da estimulação dopaminérgica.
Os níveis de testosterona também têm importante papel na regulação da ereção e esse hormônio se encontra diminuído nos pacientes com Parkinson
ETIOLOGIA RELACIONADA A DROGAS
O uso prolongado da nicotina também induz uma diminuição crônica da síntese e da disponibilidade de óxido nítrico (NO)
Em relação ao álcool, doses pequenas inicialmente promovem um aumento da ereção e do desejo sexual devido ao seu efeito vasodilatador. No entanto, grandes quantidades dessa substância podem causar sedação, diminuir a libido e causar uma disfunção sexual transitória
ETIOLOGIA ENDÓCRINA
Entre as causas endócrinas, estão o diabetes mellitus (DM), a síndrome metabólica e as alterações dos hormônios sexuais
A fisiopatologia da DE em diabéticos pode ser resultante de suas complicações, como doenças vasculares, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e neuropatia.
ETIOLOGIA RELACIONADA À INTERVENÇÃO UROLÓGICA
A DE é muito comum em intervenções e afecções urológicas, sendo o câncer de próstata um importante fator de predisposição a esse evento.
A principal causa de DE em pacientes com câncer de próstata é a prostatectomia, que pode reduzir a função sexual em até 60% dos pacientes submetidos a cirurgia dentro de 2 anos e chegar a níveis de 80% em 8 anos
ETIOLOGIA VASCULAR
A doença traumática arterial, a aterosclerose e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) estão entre as principais causas de DE vasculogênica.
A HAS pode estar diretamente relacionada à diminuição da quantidade de óxido nítrico (NO), substância essencial para a ereção peniana