simultaneamente, os microrganismos presentes no foco de infecção, ou sistemicamente, são fagocitados, causando um aumento do consumo de oxigênio pelos fagócitos e a produção de radicais livres de oxigênio (superóxidos, peroxidases etc), juntamente com proteases e hidrolases (lisozimas, elastase, colagenase etc)
Essas propriedades fagocíticas e bactericidas são essenciais para a defesa normal do hospedeiro, mas, quando a ativação dos macrófagos e neutrófilos torna-se exacerbada, estas células podem contribuir para os efeitos deletérios da sepse
O TNF-a é tido como um mediador central na sepse, sendo a primeira citocina que aparece na circulação. O aumento dos níveis plasmáticos de TNF-a e IL-1b foi correlacionado com o grau de gravidade da doença, detectando-se níveis mais elevados nos casos fatais
Paralelamente à liberação das citocinas pró-inflamatórias, o organismo responde a agentes infecciosos liberando citocinas antiinflamatórias como IL-4, IL-10, IL-13, TGF, o antagonista de receptor da IL-1 (IL-1ra), além de receptores solúveis para IL-1 (IL-1R tipo II), TNF-a, IL-6 e outros
Neste contexto, vale ressaltar que uma exacerbação da liberação de citocinas antiinflamatórias, que pode ocorrer após a fase de hiperinflamação, caracterizando um estado de imunoparalisia, também prejudica a resolução da sepse, uma vez que ocorre uma drástica diminuição da produção de citocinas pró-inflamatórias pelos macrófagos, necessárias para a defesa do organismo