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SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO - Coggle Diagram
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
DEFINIÇÃO
refere-se ao complexo de sinais e sintomas causados pela compressão do nervo mediano à medida que passa pelo túnel do carpo.
EPIDEMIOLOGIA
é um distúrbio comum entre adultos.
incidência de 1000 pessoas por ano - 2,2 a 5,4 (mulheres) e 1,1 a 3 (homens)
sexo feminino - proporção 3:1
questão anatômica - a área transversal do túnel do carpo costuma ser menor em mulheres do que em homens.
é rara em crianças
acometimento da mão dominante em 51%, bilateral em 34% e na mão não dominante 15%
maior incidência entre 40-60 anos
predisposição genética - pacientes com acometimento bilateral são mais propensos
ETIOLOGIA
Movimento repetitivo do punho é um elemento exacerbador
Trauma, osteoartrite, cistos sinoviais, mixedema e deposição de amiloide.
Multifatorial
FATORES DE RISCO
Pacientes com alterações hormonais, hipotireoidismo, diabetes, obesidade, insuficiência renal, artrite reumatoide, amiloidose, sarcoidose e outras doenças de depósito possuem prédisposição para desenvolver síndrome do túnel do carpo.
Obesidade
Condições coexistentes (diabetes, gravidez, artrite reumatoide,hipotireoidismo, doenças do tecido conjuntivo, mononeuropatia mediana preexistente).
Sexo feminino
Predisposição genética
Uso de inibidor de aromatase
FISIOPATOLOGIA
A síndrome do túnel do carpo pode ser: idiopática, secundária, dinâmica ou aguda.
síndrome do túnel do carpo idiopática:
A maioria dos casos e grande parte das vezes bilateral
síndrome do túnel do carpo secundária:
Pode surgir por meio de anomalias relacionadas aos limites do túnel do carpo , como luxação do carpo, artrose de punho, fratura de algum osso na região do pulso (como o rádio), acromegalia e artrite causada por inflamação ou infecção;
Ou por anomalias relacionadas ao conteúdo do túnel do carpo, como alterações na distribuição de
fluidos (exatamente por esse motivo gravidez é considerada um fator de risco), hematoma, hipertrofia tenossinovial e obesidade
a síndrome do túnel do carpo dinâmica:
Possui esse nome exatamente pelo fato do movimento repetitivo contribuir para o surgimento dessa patologia, pois no ato de flexão e de extensão do punho ocorre o aumento da pressão do túnel do carpo
Esse aumento pressórico contribui para a compressão da microcirculação da mão, podendo assim gerar edemas e consequentemente a compressão do nervo mediano.
A fisiopatologia é multifatorial
O aumento da pressão no canal intracarpal desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da STC
clínica
compressão anatômica e / ou inflamação são mecanismos possíveis.
O aumento da pressão no túnel do carpo pode lesar o nervo diretamente, prejudicar o transporte axonal ou comprimir os vasos do perineuro e causar isquemia do nervo mediano
A compressão anatômica pode resultar de uma fibrose não inflamatória
que afeta o tecido conjuntivo subsinovial que circunda os tendões flexores
Outras possíveis causas de compressão incluem espaço anatômico congênito pequeno, lesões de massa (como um cisto, neoplasia ou artéria mediana persistente) e edema ou condições inflamatórias que resultam de doenças sistêmicas, como artrite reumatoide
QUADRO CLÍNICO
Dor intensa
Formigamento
Dormência
Na fase aguda, que pode se desenvolver após um trauma, como na fratura distal do rádio, são observados edema, dor e parestesias na distribuição do nervo mediano na mão.
Dores e parestesias noturnas na distribuição do nervo mediano são as características mais marcantes
A dor tem caráter progressivo e pode estar totalmente ausente durante o dia
O paciente acorda durante a noite com dor ou parestesias nos dedos polegar, indicador e médio, e os sintomas são aliviados sacudindo ou elevando a mão, abrindo e fechando os dedos, girando o braço ou fletindo e estendendo o punho.
Esse achado apresenta uma sensibilidade de 96%
A dor noturna aliviada pelo movimento da mão é altamente sugestiva de STC. Na radiculopatia cervical, a dor é inicialmente percebida pela manhã ao despertar, agravada pelo movimento do pescoço e não melhora com o movimento da mão.
A intensidade da dor na STC é variável e pode não estar intimamente relacionada com o tempo de doença ou com a alteração de sensibilidade.
Por vezes, a dor acomete os demais dedos (raramente acometendo isoladamente o IV ou V dedos), estende-se pela face medial do antebraço e, ocasionalmente, até o ombro, o que pode levar a confusão diagnóstica com radiculopatia cervical.
DIAGNÓSTICO
Dois testes ajudam a estabelecer o diagnóstico: o teste de Phalen e o teste de Tinel.
O primeiro consiste em dobrar o punho e mantê-lo fletido durante um minuto. Como essa posição aumenta a pressão intracarpeana, se houver compressão do nervo, os sintomas pioram.
O teste de Tinel consiste em percutir o nervo mediano. Se ele estiver comprometido, a sensação será de choque e formigamento.
Em alguns casos, é necessário pedir uma eletroneuromiografia para fechar o diagnóstico.
TRATAMENTO
CONSERVADOR
É utilizado em casos mais leves, nos quais não há atrofia tenar nem comprometimento da sensibilidade, e nos quais os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo não interfiram nas atividades de vida diária
Injeção de glicocorticoides
Reduz a inflamação do tecido
Não é recomendada a realização de mais de 3 aplicações
Glicocorticoides orais
Melhora a curto prazo os sintomas da STC, com o uso de 2 a 4 semanas
Não deve se estender além de quatro semanas
Órteses
Como a pressão no túnel do carpo aumenta com a extensão e a flexão do punho, a utilização de uma tala ou braçadeira que mantém o pulso em uma posição neutra pode diminuir a pressão no túnel do carpo
A duração do tratamento é de três semanas a três meses
Fisioterapia
A mobilização óssea do carpo é uma técnica que envolve o movimento dos ossos e articulações do punho --> estudos sugerem que há melhora significativa após três semanas
CIRÚRGICO
Está reservado para falhas do tratamento conservador e para os casos mais graves em que há perda sensorial, fraqueza ou sintomas incapacitantes --> consiste na descompressão do túnel do carpo
Deve realizar eletroneuromiografia antes para determinar a gravidade da lesão nervosa
Técnicas atualmente utilizadas
Técnica aberta
Procedimento aberto (tradicional)
Técnica miniopen
Minimamente invasivo --> a incisão é bem menor
Técnicas endoscópicas
A incisão é feita proximal à prega de flexão do punho para introdução do endoscópio
Complicações da cirurgia
Lacerações do tronco mediano e
ulnar
Lesões vasculares do arco palmar
superficial
Lesões dos ramos cutâneos motores e palmares recorrentes do nervo mediano
Infecções pós-operatórias de
feridas
Divisão inadequada/incompleta do
ligamento transverso do carpo
Formação dolorosa de cicatrizes
Síndrome complexa de dor regional
MANOBRAS SEMIOLÓGICAS
Teste para flexor profundo dos dedos
Teste de Bunnell Littler
Teste para flexor superficial dos dedos
Teste dos ligamentos retinaculares
INERVAÇÃO DA MÃO
Nervo mediano e seus ramos (nervos digitais palmares comum e próprio) inervam predominantemente os músculos tenares.
Nervo radial fornece inervação cutânea ao longo da parte externa do polegar.
Nervo ulnar e seus ramos (superficial, profundo e dorsal) inervam os grupos hipotenar e metacarpal