DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DO RN

APNEIA IDIOPÁTICA DA PREMATURIDADE

Taquipneia Transitória do RN

SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN

Definição

Interrupção do fluxo de ar

Por período ≥ 20 segundos

Menor duração, com FC < 100bpm ou hipoxemia/queda de saturação

Epidemiologia

Monitorizar todo RN < 34 semanas.

Incidência inversamente proporcional À Idade Gestacional (IG);

Rara no 1° dia de vida

Início no 2° dia - 7° dia.

Apneia grave

≥ 20 segundos

Hipoxemia + Bradicardia

Diagnóstico

Exclusão

Hipoglicemia

Hipocalcemia

Hipermagnesemia

Sepse

Refluxo Gastroesofágico

Anemia

Fisiopatologia

Desordem do controle respiratório que ocorre por

Obstrução mecânica ao fluxo de ar central

Cessação dos movimentos respiratórios sem associação com obstrução alta

Obstrução alta seguida por interrupção dos movimentos da caixa torácica

Incidência por peso

< 1000g

84%

1000g - 1500g

50%

1500g - 2500g

25%

Causas

Prematuridade

Infecção - sepse, meningite, enterocolite necrosante

RGE

Pós-anestésico: maior risco - história de apneia, displasia broncopulmonar, anemia neuropatia

Oxigenação deficiente - hipoxemia, anemia, choque

Drogas maternas fetais

Distúrbio metabólico - hipoglicemia, ↓ Ca, ↓Na, ↑Na/desidratação

Tratamento

Manter temperatura entre 36°C - 36,5°C

Alimentação por gavagem

Manter SatO2 entre 90 - 94% por O2 inalatório

Pressão positiva contínua de via aérea - CPAP

Decúbito dorsal

Correção de possíveis fatores de risco

Estímulo tátil

Manejo

Medicações - Xantinas

Aminofilina

Cafeína

Diminuem a incidência de apneia. São usadas por até 34-36s de idade corrigida ou até 10 dias após o último ep. de apneia.

Estimulação do centro respiratório e da contração do diafragma

dose de ataque 5-6mg/Kg IV em 30 minutos

Dose de manutenção 1-2mg/Kg/dose 2-3x/dia

Iniciar 12h após dose de ataque

Nível desejado 7-12 ng/mL

Deve ser dosado de 48-72h após o ataque

Nível terapêutico é próx. do nível tóxico

Dose de ataque 20mg/Kg EV

Dose de manutenção 10mg/Kg/dose 1x/dia

Maior limiar entre nível terapêutico e tóxico; efeitos colaterais menos intensos, maior estimulação do centro respiratório

Oxigenioterapia

Manter entre 90-94%

Inalatória

Retirada lenta e gradual

CPAP

Mantém a permeabilidade das VVAA

Regulariza o ritmo respiratório

Estabiliza a caixa torácica

Aumenta a capacidade residual funcional

Evita o colapso alveolar

Ventilação pulmonar mecânica

indicada na falha da CPAP

Definição

Fatores de risco

Decorre da imaturidade pulmonar por deficiência quantitativa e qualitativa de surfactante pulmonar e desenvolvimento estrutural incompleto do pulmão

Aumentam risco

prematuridade

Asfixia perinatal

Hipotermia

Hipovolemia

Diabetes materno

Isoimunização Rh

Parto cesária

Parto pélvico

Inserção baixa de placenta

Descolamento prematuro de placenta

Segundo gemelar

gemelar com maior peso ao nascimento

Sexo masculino

cor branca

Multtiparidade

Baixo nível socioeconmico

Assistência pré-natal insatisfatória

Diminuem o risco

Insuficiência placentária crônica

Hemoglobinopatias maternas

Hormônio tireoidiano

Heroína

Sofrimento fetal Crônico

Restrição do crescimento uterino

Hipertensão crônica materna ou hipertensão gestacional

Ambiente de hipóxia intrauterina causa aceleração da maturidade pulmonar.

Fisiopatologia

Deficiência de surfactante pulmonar

níveis adequados apenas após a 35 semanas de IG

Início da produção a partir da 20ª semana

Diabetes gestacional, hiperinsulinismo fetal secundário à hiperglicemia materna

Aumento da tensão superficial alveolar

Microatelectasias difusas

Diminuição da complacência pulmonar e da capacidade residual funcional

Alteração da relação ventilação/perfusão - V/Q

Shunt intrapulmonar

Hipoxemia

Hipoperfusão pulmonar

Extravasamento de plasma sanguíneo

Formação de fibrinas

Manifestações clínicas

Taquipneia com FR > 60 irpm

Piora progressiva da cianose e dispneia

Tiragem intercostal, subcostal e de fúrcula

Gemência

Batimento de asa de nariz

Pressão sanguínea cai

Fadiga

Apneia e/ou respirações irregulares

Sinais graves e requerem intervenção imediata

Pico do quadro em 3 dias, com melhora gradual

Após 48h de vida ocorre o aumento da produção endógena de surfactante pulmonar no RN

Diagnóstico

Quadro clínico

Rx-tórax

Gasometria Arterial e valores acidobásicos

Pouca expansão pulmonar

Infiltrado micronodular difuso em "vidro moído"

Broncogramas aéreos

Boletim Silverman - Andersen

Quantifica a evolução do desconforto respiratório

image

Quanto maior a nota, pior

Hipoxemia

Hipercapnia

Acidose Metabólica

Realizar triagem infecciosa para excluir sepse

hemograma

Hemocultura

PCR

Prevenção

Prevenir prematuridade

Administrar costicosteroide entre 24-34s de IG, 48h antes do nascimento

Glicocorticoide administrado na fase pré-natal reduz a gravidade da doença

Tratamento

Não administrar líquidos excessivamente

CPAP nasal de 5-7 cmH2O

Uso de surfactante exógeno durante as primeiras 2h de vida.

Suspender a dieta - sonda orogástrica aberta

Hidratação venosa por 24h

Manter temperatura corpórea próxima de 36,5°C

Surfactante 100-200mg/kg inicialmente; podendo ser administrada 2ª e 3ª doses de 100mg/Kg caso existam insuficiência respiratória progressiva e necessidades maiores de O2 e parâmetros ventilatórios elevados.

Fisiopatologia

Curso autolimitado e boa evolução que acomete RN a termo ou próximo ao termo, principalmente em nascidos de parto cesária em que o trabalho de parto não tenha sido iniciado

Provocada pela presença de transudato alveolar, o que acarreta distúrbio de troca gasosa no capilar.

O trabalho de parto estimula a ativação de canais de sódio e a eliminação do líquido dos alvéolos.

Quadro clínico

Início precoce de taquipneia e intensa dispneia

Cianose, que pode ser aliviada com pouco oxigênio

Mais branda e de curta duração em relação à SDR no RN (72h)

Não é comum observar hipoxemia, hipercapnia e acidose

Padrão Radiológico com infiltrado perihilar om trama vasculobrônquica aumentada associado À demarcação de cisuras interlobulares.

Tratamento

Adequação da oferta hídrica

Jejum quando necessário

Manutenção do equilíbrio acidobásico

Manutenção da temperatura

Oxigenoterapia

SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL

Definição

Pode provocar quadros graves de insuficiência respiratória determinada pela quantidade de mecônio no parênquima pulmonar e pela frequente associação à hipertensão pulmonar persistente

Fatores de risco

Pós-maturidade

Retardo do crescimento intrauterino

Feto com apresentação pélvica

Asfixia perinatal

Manifestações clínicas

No útero, partículas espessas de mecônio são aspiradas para dentro do pulmão.

pode ser assintomática

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