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Caso clínico Anti-helmínticos, Aluna: Cecília Maria, Referências: ANSCHAU…
Caso clínico Anti-helmínticos
Estrongiloidíase: a doença
parasitória intestinal, tendo como agente etiológico Strongyloides stercoralis.
Localizada no jejuno e duodeno, no entanto, ainda, pode instalar do estômago
até o reto e até mesmo em vias biliares.
Fisiopatologia: os helmintos já adultos habitam as mucosas e submucosas tanto do jejuno como também do duodeno, os ovos eclodem no lúmem do intestino e isso faz com que sejam liberadas diversas larvas.
Ciclo de vida:
Ciclo de vida livre: as larvas rabditiformes que foram excretadas
com as fezes podem mudar-se e se tornarem larvas filarioides infectantes. Estas evoluem para uma nova geração de adultos de vida livre ou em larvas filarioides infectantes. Essas larvas então podem penetrar na pele e assim iniciam o ciclo
parasitário;
Ciclo parasitário: onde as larvas filarioides presentes no solo contaminado penetram na pele humana e migram para os pulmões, onde penetram nas cavidades alveolares e são transportadas pelos brônquios até a faringe, são engolidas e chegam ao intestino delgado. Ao chegarem no intestino delgado mudam duas vezes e se tornam vermes adultos. As fêmeas vivem emaranhadas no epitélio do intestino delgado e produzem ovos por partenogênese que dão origem a larvas rabditiformes. As larvas rabditiformes podem ser eliminadas nas fezes ou podem evoluir e causar autoinfecção.
Sintomas e Sinais:
Manifestações gastrointestinais: Dor abdominal, náuseas,
vômitos, diarreia, Íleo, edema intestinal, obstrução intestinal, Ulceração da mucosa seguida de peritonite ou sepse
bacteriana, Hemorragia intestinal maciça;
Manifestações e achados pulmonares: Tosse, sibilância,
dispneia, rouquidão, Pneumonite, Hemoptise, Insuficiência respiratória, Infiltrados intersticiais difusos ou consolidação nas radiografias de tórax.
Tratamento:
Tiabendazol: medicamento principal para o tratamento
desta helmintíase. Age inibindo a enzima fumarato redutase mitocondrial e interferindo na polimerização dos microtúbulos do parasita.
Cambedazol: fármaco de escolha para o tratamento da estrongiloidíase, incluindo as formas crônica e grave da parasitose ou quando o paciente não responde à terapia com tiabendazol. Age sobre as fases larvárias e adultas do Strongyloides stercoralis.
Ivermectina: Atua nos receptores de canais de cloro disparados pelo glutamato. o.O influxo de cloreto aumenta e ocorre hiper polarização, resultando em paralisia e morte do helmíntico
No caso de pacientes em estado grave a ivermectina é administrada diariamente durante pelo menos 14 dias, e a duração total do tratamento vai depender do momento de negativação do exame microscópico dos líquidos corporais que deram positivos para larvas.
Diagnóstico:
Feito por meio de exames laboratoriais
Exame parasitológico de fezes
Diagnóstico através de fluídos corpóreos
Diagnóstico Sorológico
O Strongyloides stercoralis: verme filiforme, que pode completar seu ciclo de vida no hospedeiro humano, esse processo é conhecido por autoinfecção.
As pessoas infectadas podem ser assintomáticas, porém, também podem e desenvolver erupções cutâneas, sintomas GIs inespecíficos e tosse.
Fatores de risco: e diabetes mellitus, neoplasias malignas hematológicas, terapia imunossupressora com corticosteroides, transplantes, infecção pelo HTLV, e desnutrição
Aluna: Cecília Maria
Referências:
ANSCHAU, Juliana et al. Estrongiloidíase: Artigo de Revisão. Revista Conhecimento Online, v. 1, 2013.
CAMBENDAZOL. Bula do medicamento CAMBEM®. Disponível em:
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