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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DESIGUALDADES, DESAFIOS E O PROCESSO DE…

- - - - Na lei n 1 de 14 de janeiro de 1837, eram proibidos de frequentar as escolas os escravos e os pretos mesmo que estes fossem livres e as pessoas com doenças contagiosas.
        
        Portanto, percebe-se que é uma exclusão histórica.
        
        Assim surgi uma luta por parte desses povos de conseguir a instrução, pois entendiam ser necessária para a abolição da escravidão.
        
        Aceito uma escolarização aos negros feita por eles mesmos. Não se buscou uma transformação nos status dos negros, mas dar uma certa continuidade a escravidão.
        
        No congresso agrícola de 1878, tem se uma preocupação com o EJA (negros), e se entende a educação como preparação para o trabalho. Os cursos eram dados a eles por abolicionistas em geral.
        
        No ínicio da republica foi criada a lei de locação de serviços que proibia os libertos acessarem o mercado de trabalho. Assim, se normatizava as desigualdades
        
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- - - - E como ficam as classes mais pobres?
  - - - Buscar compreender os tempos e espaços não escolares desses jovens.
      - Promover processos de socialização que orientem os jovens para a vivência de culturas democráticas,
  - - - Diferenciação no acesso e permanência e uma homogeneização do ensino, descosiderando suas particularidades.
- - - - Superlotacão: muitas pessoas para tão pouco espaço.
        
        Abuso de poder, autoritarismo.
  - - - Sofrem negligência à saúde e a educação entre outras coisas.
        
        Recebem uma educação que podemos chamar da prisão, sendo nem um pouco positiva. Ensinados a submissão.
        
        Sofrem estigmatização e exclusão social tanto dentro desse ambiente ou mesmo após ter passado por ele.
  - - - Uma vez que foi criada para o controle, ela também pode ter um potencial transformador.
        
        Pensar em propostas pedagógicas que façam sentido para os educandos.
        
        A escola, por se constituir, em nosso entender, em uma comunidade, regida por normas diferenciadas é um espaço onde os estudantes podem exercitar a possibilidade da quebra de hierarquias, as relações de respeito e a melhoria da autoestima (ONOFRE; FERNANDES; FERREIRA, 2019).
        
        Luta pela quebra de certificação e a chamada educação bancária.
        
        Três dimensões a serem trabalhadas: a articulação entre as práticas educativas; a organização curricular flexível e o trabalho
        interdisciplinar como proposta metodológica e a valorização do trabalho docente.
- - - - Diferentes experiências de letramento.
      - Precisamos construir práticas de alfabetização que contemplem tanto a leitura e produção de textos, como atividades que permitam a aprendizagem do sistema de de escrita alfabética ( CARRANO, 2007).
- - - - Os métodos de Paulo Freire não ensinam a repetição de palavras, mas o de desenvolver a capacidade de pensá-las com base nas palavras retirados do cotidiano dos alunos formando assim as palavras geradoras que através de uma palavra conseguimos formar muitas outras diferentes e que se torna muito mais fácil para o entendimento dos alunos.
        
        Paulo freire observa que os alunos com as metodologias e matérias didáticos utilizados, estava desmotivando os alunos e por isso demorava apresentar resultados e muitos desistiam dos estudos.
        
        Para ele as cartilhas não contribuem com o processo de criação do adulto em processo
        de alfabetização.
        
        As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de
        frases criadas.
        
        Ainda segundo Freire (1987) a concepção bancaria de educação; é uma
        crítica a educação que existe no sistema capitalista.
        
        O professor sempre tem um poder sobre seu aluno e como conseqüência à
        possibilidade de formar sujeitos ativos e críticos e não domesticados.
        
        O problema é que ensina algo mais, de modo velado: a submissão.
        
        O método referido não possibilita espaço para a criação, invenção, discussão e participação do alfabetizando, pois consiste somente na assimilação de sílabas, construção de palavras e de frases. A leitura e a escrita, nestes moldes, apresentam-se desconexas da realidade dos trabalhadores, daqueles que foram privados do direito de aprender a ler e escrever.
        
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        O método de Alfabetização de Paulo Freire tem sido o grande referencial nos últimos 30 anos. Para ele, o educando adulto é tratado como sujeito do próprio conhecimento e não como objeto.
        
        Freire diz, “Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las” (12).
        
        Nesse contexto, o educador, o trabalhador, o sujeito ou os sujeitos – assim mesmo no plural, pois Paulo Freire vê a educação com ato coletivo, solidário e não individualista – trabalham com, jamais sobre, os indivíduos a quem considera sujeitos e não objetos de sua ação.
        
        A humildade e criticidade não se pode jamais aceitar a ingenuidade. Há que se ter posição crítica diante dos fatos, dos acontecimentos, da vida, do mundo.
        
        A atitude do educador é uma ação crítica de leitura do mundo que responde-se com ação solidária e coletiva, visando a transformação.
- - - - Somente uma mentalidade mecanicista, que Marx chamaria de “grosseiramente materialista”, poderia reduzir a alfabetização de adultos a uma ação puramente técnica.(p.35). PAULO FREIRE, AÇÃO CULTURAL PARA A LIBERDADE.
        
        A ideologia das classes dominantes em que as cartilhas e livros revelam que os analfabetos são seres marginalizados. Não sendo reconhecidos na realidade de espaços físicos, econômicos, sociais, históricos.
        
        No entanto, mais que um problema pedagógico, a existência de adultos analfabetos indicam um problema político, explicitam a injustiça de uma sociedade onde existem opressores e oprimidos.
      - Paulo Freire questiona o ensino oferecido aos analfabetos, nos moldes da cartilha, ou seja, através da repetição de sílabas e frases desprovidas de sentido.
    - - É necessário erradicar o analfabetismo e, para fazê-lo, urge que os alfabetizandos se “alimentem” de palavras.
        
        Esta relação se manifesta já no próprio método de alfabetização.
        
        O autor divide as idéias iniciais em dois focos principais.
        
        O primeiro trata a questão de que "toda prática educativa implica uma concepção dos seres humanos e do mundo"
        
        Paulo Freire faz critica a visão de "subnutridos" que os analfabetos carregam perante a sociedade letrada, pois a segunda cartilha citada é a mais comumente encontrada nos processos de alfabetização e esta por sua vez, tende a considerar o individuo a ser alfabetizado como um ser que necessita ser "preenchido", e não considera na maioria das vezes, como aliado a sua educação, as experiências que aquele aluno já carrega em si.
        
        Segundo ato abordado pelo autor neste primeiro momento é denominado "o processo de alfabetização de adultos como um ato de conhecimento".
        
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- - - - Se a liberdade fosse concedida aos 8 anos de idade, o Estado indenizaria o senhor de escravos, pagando-lhe a quantia de 600 mil réis, acrescidos de 6% de juros por ano (com prazo máximo de 30 anos). Caso a liberdade fosse concedida aos 21 anos, o senhor de escravos não seria indenizado. A maioria dos senhores de escravos optou por permanecer com os filhos das escravas até a idade de 21 anos, pois a exploração da mão de obra deles era mais vantajosa.
    - - A educação foi o principal mecanismo para a estratégia disciplinadora e racionalizadora do espaço social.
        
        Fonseca (2002) identifica em seu estudo três elementos básicos na educação das crianças nascidas livres, de mães escravas e que frequentavam alguma instituição: a educação para o trabalho; a educação moral de caráter religioso, e a instrução. A educação da criança negra era marcada pela função produtiva, característica herdada do período escravocrata.
        
        A igreja sempre foi uma instituição para o processo de preparação dos escravos para a sociedade.
        
        O objetivo da educação, portanto, nessa perspectiva, era contribuir para edificar uma realidade social para o Brasil, na qual os negros eram tidos como indispensáveis de serem adequados às novas relações sociais que começavam a se esboçar