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CLIMATÉRIO, dropped image link - Coggle Diagram
CLIMATÉRIO
conceito
Climatério é período pré e pós-menopausa no qual
a mulher apresenta sintomas devido a progressiva
redução na produção de estrogênio.
A transição menopausal geralmente ocorre entre 45 e 57 anos.
Mulheres com climatério plenamente estabelecido,
portanto,apresentam elevados níveis de FSH,
estrogênio baixo e ausência de períodos
menstruais.
Para se definir a data da menopausa e afirmar que
a mulher entrou no climatério é preciso que fique um
ano sem menstruar (amenorreia).
À medida que a transição menopausa
progride, os ciclos menstruais começam a
falhar ate que a amenorreia completa se
instale.
Fisiopatologia
O climatério é um
período de transição
, com duração variável e sem dúvida especial
no
ciclo biológico
da mulher.
Fundamentos
:
1- Durante a fase reprodutiva da mulher ocorre uma depleção dos folículos ovarianos no transcurso dos sucessivos ciclos menstruais.
2- A intensidade do desaparecimento de folículos acentua-se nos anos que antecedem a última menstruação.
3- Devido ao aumento da liberação do FSH e da diminuição da inibina.
Mecanismo:
1- Diminuição da população folicular/ alterações ovarianas;
2- Diminuição do estrogênio e da inibina/ alteração hormonal
3- Aumento do FSH/ alteração hormonal
4- Aumento relativo do estroma ovariano/ alteração tecidual
Resultando:
No período do climatério ocorrem
alterações na fisiologia da mulher
, caracterizadas por
alterações hormonais
(diminuição dos níveis de estradiol, progesterona e aumento das gonadotrofinas hipofisárias);
modificações funcionais
(disfunções menstruais, sintomas vasomotores);
modificações morfológicas
(atrofia mamária e urogenital, alterações da pele e mucosas) e outras
alterações em sistemas hormonodependentes
, como o cardiovascular e os ossos.
Processo biológico e não patológico que marca o início da
fase não reprodutiva da mulher.**
Tratamento
É focado no alivio de sintomas climatéricos, sendo os principais sintomas tratados os fogachos e a secura vaginal.
A terapia de reposição hormonal (TRH) continua sendo uma possibilidade terapêutica importante para mulheres no climatério;
Modificação do estilo de vida: atividade física, alimentação saudável, combate ao tabagismo e ao excesso de peso, entre outros.
O principal hormônio utilizado na terapêutica é o estrogênio, que é o melhor para minimizar os fogachos. A reposição hormonal pode ser por esquema puro estrogênico ou combinado a progesterona.
Saúde reprodutiva e sexualidade
Uma queda nos hormônios sexuais durante o climatério não necessariamente diminui sua excitação sexual.
Aspectos positivos
Já foi observado que muitas mulheres já atingiram seus objetivos de carreira quando a menopausa começa
expostas a menos estresse
Não há necessidade de usar qualquer método contraceptivo, o que pode ter um efeito positivo na vida sexual da mulher.
Aspectos negativos
Essa queda nos hormônios sexuais pode causar
secura vaginal
Pode fazer com que o tecido vaginal se torne menos elástico e mais fino, causando dor durante a relação sexual.
Geralmente, a secura vaginal é acompanhada por uma
diminuição na libido ou medo de sentir dor durante o ato sexual
À medida que a produção de estrogênio diminui, as mucosas vulvares e vaginais se tornam mais finas, mais secas, mais friáveis e menos elásticas e as rugosidades vaginais são perdidas;
O prazer derivado do sexo depende não apenas de hormônios, mas também de fatores psicológicos
etiologia e epidemiologia
A menopausa é causada pelo envelhecimento dos
ovários e pela depleção dos seus folículos, que são
um agregado de células que dão origem aos óvulos.
No caso de uma menopausa precoce, as causas são:
anomalias genéticas; doenças autoimunes; distúrbios
metabólicos; infecções virais; quimioterapia; radioterapia;
retirada cirúrgica dos ovários; extração cirúrgica do útero e toxinas.
Aquelas com menopausa em idade mais
tardia apresentam maior taxa de mortalidade por neoplasias malignas ginecológicas hormônio-dependentes.
Diagnóstico
Anamnese
Queixas, idade da menarca, da ultima menstruação, antecedentes pessoais, familares e hábitos
Exame físico
Atentar para: IMC, PA, inspeção, palpação de tireoide e abdome. Exame ginecológico completo
Ao exame especular, a avaliação da rugosidade da mucosa e da lubrificação do colo e vagina podem refletir nitidamente o status hormona
distopias, com prolapsos genitais nos mais variados graus e naturezas
Exames Complementares
Mamografia e ultra-sonografia mamária
Exame Clínico das Mamas
A partir dos 40 anos, deve ser realizado anualmente
Mamografia
50 e 69 anos
Exame Preventivo do câncer do colo do útero
coleta do material para citopatologia deve abranger a ectocérvice e endocérvice, e nas mulheres histerectomizadas, o fundo-de-saco vaginal
PCCU rastreio
25 a 64 anos
Avaliação laboratorial
Tabela
Ultra-sonografia transvaginal
possibilita a mensuração e observação do aspecto endometrial
normal até
5mm
Rastreio
Investigação endometrial
Rastreamento ovariano
Densitometria óssea
para mulheres após a menopausa
até -1,0 DP ⇒ normal
de -1,1 a -2,5DP ⇒ osteopenia
abaixo de -2,5DP ⇒ osteoporose
Clínica
Não transitórios
Alterações Urogenitais
Distopias
A etiologia dos prolapsos genitais é relacionada a muitos fatores, como a constituição estrutural óssea e muscular da pelve, a qualidade da assistência obstétrica, a paridade, fatores raciais, metabolismo do colágeno e envelhecimento dos tecidos.
Incontinência urinária
Ocorre devido enfraquecimento do assoalho pélvico, adelgaçamento do tecido periuretral, danos secundários a partos e outros
Fenômenos atróficos genitourinários
A maioria das mulheres após a menopausa apresenta algum grau de adelgaçamento, diminuição de lubrificação e maior fragilidade nas relações sexuais.
Distúrbios Metabólicos
Alterações no metabolismo lipídico
A condição do hipoestrogenismo pode influenciar a elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, ocorrendo um aumento nas taxas de LDL e diminuição nas de HDL
Pode ser favorável à instalação de dislipidemia, aterosclerose, doença coronariana, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, que estão entre as principais causas de mortalidade nas mulheres.
Alteração na hemostasia:
Aumento de elementos envolvidos no mecanismo de coagulação. O aumento do fator VII (pró-coagulante), do fibrinogênio e do PAI-1 (ativador do inibidor do plasminogênio) pode levar a um estado de hipercoagulabilidade, aumentando assim o risco de tromboembolismo no climatério.
Alterações no metabolismo ósseo
Osteoporose
As mulheres no climatério podem apresentar uma diminuição acelerada da massa óssea após a última menstruação, a qual pode ser até 10 vezes maior do que a observada no período de pré-menopausa.
Nos primeiros 5 a 10 anos que seguem a última menstruação essa perda pode ser de 2% a 4% ao ano para osso trabecular e de 1% ao ano para o osso cortical.
Transitórios
Alterações do ciclo menstrual e pela sintomatologia mais aguda
São representados pelos clássicos sintomas neurovegetativos ou vasomotores como os fogachos, com ou sem sudorese e uma variedade de sintomas neuropsíquicos.
Alterações menstruais
Os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo. Inicialmente pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da periodicidade.
Após esta fase inicial comumente passam a ocorrer ciclos anovulatórios, iniciandose o maior espaçamento entre as menstruações.
Nesta fase o fluxo poderá apresentar aumento da duração e intensidade em consequência das alterações endometriais.
Distúrbios neurovegetativos
Sintomas vasomotores
Fogachos ou “ondas de calor”
(no tronco, pescoço e face)
Sensação de desfalecimento, gerando desconforto e mal-estar.
Palpitação
Outros sintomas:
Calafrios, a insônia ou sono agitado, vertigens, parestesias, diminuição da memória e fadiga, que muitas vezes são relacionados a etiologias diversas ao climatério.
Sintomas neuropsíquicos
Labilidade emocional, Ansiedade, Nervosismo, Irritabilidade, Melancolia, Baixa de auto-estima, Depressão.
Disfunções Sexuais
Diminuição da libido, da frequência e da resposta orgástica, relacionadas a questões psicossexuais e hormonais.
Complicações / agravos
Indisposição
Essa queixa se justifica muitas vezes tão somente pelo excesso de atribuições a que se submetem.
Fatores que se relacionam a queixa: estresse, a má alimentação, a falta de atividades física.
Quando ha fadiga crônica, as causas mais comuns são a anemia, hipoglicemia e o hipotireoidismo.
Hipotireoidismo
Doenças Cardiovasculares (DCV)
Enfatizar a prevenção da doença coronariana na mulher após a menopausa é particularmente importante porque a incidência dessa doença aumenta com a idade. A diminuição dos estrógenos naturais pode contribuir ao incremento do risco, sendo que aquelas que apresentam uma menopausa precoce ou cirúrgica têm um risco aumentado para doença coronariana.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Obesidade
A mudança no metabolismo que acompanha o climatério ocorre à custa da redução da lípase lipoprotéica, responsável, juntamente com o estrogênio, por regular o acúmulo de gordura e sua distribuição nos tecidos. Há uma tendência ao depósito de gordura perivisceral, com o desenvolvimento de um padrão andróide (abdominal) de distribuição de gordura.
Diabetes Mellitus (DM)
consumo excessivo de carboidratos, excesso de insulina, diminuição do metabolismo e a diminuição de praticas de atividade física contribuem para o desenvolvimento da DM.
Transtornos Psicossociais
não existe consenso sobre a existência de uma verdadeira síndrome psicoafetiva associada ao hipoestrogenismo.
Na maioria das vezes o apoio e incentivo da família para o início ou manutenção de uma atividade ocupacional , profissional e social, com reintegração da mulher ao seu papel de cidadã ativa e produtiva, ajudando-a a destruir mitos, é o suficiente para minimizar tais sintomas.
Alterações Urogenitais
Distopias
A insuficiência estrogênica relativa que se inicia com o climatério, desempenha papel relevante para o surgimento ou agravamento das distopias, devido à diminuição da elasticidade e hipo ou atrofia músculo ligamentar.
Incontinência Urinária
A incontinência urinária ocorre devido a diversos fatores como: enfraquecimento do assoalho pélvico, adelgaçamento do tecido periuretral, danos secundários a partos, cirurgias, radiação, tabagismo, obesidade, distúrbios neurológicos e outros.
Alterações da Saúde Bucal
Mudanças nos níveis hormonais que podem afetar as glândulas salivares deixando- as durante o período do climatério, tanto antes quanto após a menopausa com uma sensação constante de secura na boca
Com a diminuição da produção do estrogênio observamos alterações na absorção de cálcio da dieta e um aumento dos níveis de cálcio na urina. Isso faz com que estes fatores sistêmicos interajam com fatores locais aumentando o padrão de perda óssea alveolar (doença periodontal)
Efeitos do Tabagismo
A menopausa em fumantes se instala mais precocemente que em não fumantes, além de poderem apresentar sintomas de menopausa mais severos. Mulheres que fumam com 60 anos ou mais também sofrem uma redução da densidade mineral óssea nos ossos do quadril, quando comparadas às não fumantes.