INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

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Definição e Etiologia

Fisiopatologia

Quadro Clínico

IRC e Uso de AINES

Tratamento

Diagnóstico

Automedicação

Tutora Niedja
Grupo 1 - Problema 28

Yazmim Macedo Paronetto Leão

Paulo Henrique Santos de Paula

Lourdes Maria

Luisa Milhomem

Jordana Clara Fockink

Guilherme Sabatke

Fernanda Mesquita

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Tratamento conservador: é o tratamento realizado por meio de orientações importantes, medicamentos e dieta, visando conservar a função dos rins que já têm perda crônica e irreversível, tentando evitar, o máximo possível, o início da diálise – tratamento realizado para substituir algumas das funções dos rins, ou seja, retirar as toxinas e o excesso de água e sais minerais do organismo.

Transplante renal: é a forma de tratamento em que, por meio de uma cirurgia, o paciente recebe um rim de um doador. Neste tratamento o paciente tem que fazer uso de medicações que inibem a reação do organismo contra organismos estranhos, neste caso, o rim de outra pessoa, para evitar a rejeição do “novo rim”. Necessita de acompanhamento médico contínuo.

Tipos de diálise:

Hemodiálise: diálise realizada por meio da filtração do sangue. O sangue é retirado pouco a pouco do organismo através de uma agulha especial para punção de fístula arteriovenosa* ou cateter (tubo) localizado numa veia central do pescoço, bombeado por uma máquina e passa por um filtro onde vão ser retiradas as toxinas e a água que estão em excesso no organismo. Depois de “limpo”, o sangue volta para o corpo através da fístula ou do cateter. A hemodiálise é realizada em clínicas especializadas, no mínimo 3 vezes por semana e tem uma duração de aproximadamente 3-4 horas.

Diálise peritoneal: diálise realizada através de uma membrana (fina camada de tecido) chamada peritônio. O peritônio está localizado dentro da barriga e reveste todos os órgãos dentro dela. Ele deixa passar, através de seus pequenos furos, as toxinas e a água que estão em excesso no organismo. A diálise peritoneal é feita com a colocação de um líquido extremamente limpo dentro da barriga através de um cateter. O líquido deve permanecer dentro da barriga por um período determinado pelo médico e, quando ele for retirado, vai trazer junto com ele as toxinas e o excesso de água e sais minerais. Esta diálise é feita em casa, após o treinamento do paciente e de seus familiares.

A Doença Renal Crônica é definida como a diminuição do ritmo de filtração glomerular abaixo de 60 ml/min/1,73m2 e/ou a presença de anormalidades na estrutura renal, com duração acima de 3 meses.

As causas ou etiologias da IRC podem ser divididas em três grupos: 1) doenças primárias dos rins; 2) doenças sistêmicas que também acometem os rins; e 3) doenças do trato urinário ou urológico.

No Brasil, a primeira causa de DRC é a hipertensão arterial sistêmica, a segunda é o diabetes, seguido pela glomerulonefrite crônica.

Alguns pacientes são mais suscetíveis para desenvolver doença renal crônica e podem ser considerados grupos de risco: São eles:

  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Idosos;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Uso de medicações nefrotóxicas;

Ainda não existem muitos estudos que mostrem os efeitos em longo prazo do uso de AINEs no desenvolvimento da doença renal crônica. Entretanto, foi visto que o uso diário por mais de um ano aumenta o risco de desenvolvimento da DRC.

Os rins dependem de mecanismos regulatórios, como a síntese de prostaglandinas, que atuarão na manutenção da taxa de filtração glomerular (TFG) e da homeostase renal.

AINES > Inibição da cascata do ácido aracdônico > Inibição da formação de prostaglandinas

Nos rins, as prostaglandinas - principalmente prostaciclina, PGE2, PGD2 - atuarão como vasodilatadoras na arteríola aferente, aumentando a perfusão renal, com distribuição do fluxo do córtex para os néfrons na região medular renal.

Essa vasodilatação atua como uma contrarregulação de mecanismos, como o SRAA, culminando com uma compensação para assegurar o fluxo adequado ao órgão

O uso de AINEs inibe esse mecanismo, podendo resultar em vasoconstrição aguda e isquemia medular, que podem levar a uma lesão renal aguda. No caso de uso crônico de AINES, essas lesões poderão culminar em uma insuficiência renal crônica

A função primaria do rim em manter constante a composição do meio extracelular é bem preservada até que haja perda significativa da massa renal. Quando isto acontece, seja por alguma doença ou ablação cirúrgica, os néfrons remanescentes apresentam resposta fisiológica de hipertrofia e hiperfluxo compensatórios.

A fisiopatologia da DRC caracteriza-se por 2 amplos grupos gerais de mecanismos lesivos:

1) mecanismos desencadeantes específicos da etiologia subjacente, por exemplo anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal determinadas geneticamente, deposição de imunocomplexos e inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite, ou exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais.

As respostas à redução da quantidade de néfrons são mediadas por hormônios vasoativos, citocinas e fatores de crescimento.

O aumento da atividade intrarrenal do sistema renina-angiotensina (SRA) parece contribuir para a hiperfiltração adaptativa inicial e, embora inicialmente benéfica, parece resultar em dano a longo prazo aos glomérulos dos néfrons remanescentes, que se manifesta por proteinúria e insuficiência renal progressiva.

Este processo parece ser responsável pelo desenvolvimento de insuficiência renal entre aqueles nos quais a doença original é inativa ou curada.

2) um conjunto de mecanismos progressivos que envolvem hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes, que são consequências comuns da redução prolongada da massa renal, independentemente da etiologia primária.

A redução de massa renal é acompanhada não apenas de aumento significativo na função dos néfrons remanescentes, mas também nos túbulos, responsáveis pelo ajuste fino da excreção de água, eletrólitos, ácidos e produtos do catabolismo proteico. O regime de hiperfluxo, a princípio vantajoso, acarreta uma série de alterações patogênicas, que podem resultar em glomeruloesclerose, fibrose tubulointersticial e, portanto, perda progressiva da função renal.

Essa lesão de natureza hemodinâmica é ainda hoje considerada o principal mecanismo patogênico nas nefropatias crônicas em geral. A lesão hemodinâmica não atua unicamente por meio de lesão mecânica, mas também por ativação contínua de uma série de mediadores inflamatórios.

A lesão à célula endotelial é acompanhada por lesão da célula mesangial e podocitária, resultando em ativação de vias inflamatórias e aumento na expressão de citocinas, fatores de crescimento, lesão por estresse oxidativo e recrutamento de células inflamatórias. Em última instância, esse processo inflamatório crônico resulta em glomeruloesclerose e fibrose tubulointersticial

Há doenças nas quais a lesão hemodinâmica não é a principal forma de agressão. Em muitas glomerulonefrites, a agressão imunológica é predominante, por meio de vários mecanismos: deposição de imunocomplexos, formação destes in situ, ativação de complemento, por agressão de resposta imunocelula, ou mesmo por mecanismos humorais não mediados por imunocomplexos.

No entanto, uma vez iniciado o insulto e ocorrendo lesão significativa do parênquima, a lesão hemodinâmica passa a ter importância pela sobrecarga e hipertensão intraglomerular em néfrons remanescentes.


É mais bem identificado com a taxa de filtração glomerular

No Brasil, cerca de 35% dos medicamentos são adquiridos nas farmácias por pessoas que estão se automedicando.

Intoxicação - usar doses inadequadas de remédios pode causar diversos impactos na saúde, desde a ineficácia do tratamento, até overdose da substância no organismo, que leva a intoxicação.

Interação medicamentosa - há risco de um medicamento ingerido reagir em contato com outro que a pessoa usa de forma contínua. Neste caso, um pode anular ou potencializar os efeitos do outro.

Alívio dos sintomas que mascara o diagnóstico correto da doença - usar remédios para aliviar imediatamente dor e mal-estar pode esconder a real causa daqueles sintomas. Dessa forma, a doença não é tratada corretamente e pode se agravar.

Reação alérgica - ingerir medicamentos que não foram prescritos por um profissional da saúde pode causar reações não esperadas no organismo.

Resistência ao medicamento - o uso indiscriminado de um remédio pode facilitar o aumento da resistência dos microrganismos àquela substância.

A taxa de filtração glomerular pode ser determinada pela dosagem da creatinina sérica ou pela depuração da creatinina pelo rim

A depuração da creatinina pode ser realizada em urina coletada no período de 24 horas, porém a coleta urinária inadequada é um limitador do método

As diretrizes preconizam que a taxa de filtração glomerular pode ser estimada a partir da dosagem sérica da creatinina, aliada a variáveis demográficas, tais como: idade, sexo, raça e tamanho corporal

O comprometimento do parênquima renal é confirmado por marcadores de lesão

  • Proteinúria (albuminúria): principal marcador
  • Anormalidades no sedimento urinário (principalmente hematúria e leucocitúria)
  • Alterações de parâmetros bioquímicos no sangue e na urina
  • Alterações nos exames de imagem

O exame de urina tipo 1 ou EAS é um dos principais exames a serem feitos

  • Proteinúria: presença de proteína na urina
  • Hematúria: presença anormal de eritrócitos na urina

Hematúria dropped image link

Proteinúriadropped image link

  • Piúria: é a presença de leucócitos na urina

A ultrassonografia renal também pode ser utilizada

A biópsia renal é importante para o diagnóstico, determinar o prognóstico e direcionar o tratamento, mas não é muito utilizada

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Diálise peritoneal dropped image link

Hemodiálise dropped image link

Os sintomas normalmente se desenvolvem muito lentamente. À medida que a insuficiência renal progride e os resíduos metabólicos se acumulam no sangue, os sintomas evoluem.

A perda leve a moderada da função renal pode causar somente sintomas leves, como a necessidade de urinar várias vezes durante a noite (noctúria).

A noctúria ocorre porque os rins não conseguem absorver a água da urina para reduzir o volume e a concentram, como ocorre normalmente durante a noite.

À medida que a função renal piora e mais resíduos metabólicos se acumulam no sangue, as pessoas podem sentir-se cansadas e fracas de modo geral e apresentarem uma diminuição da capacidade mental.

Algumas pessoas apresentam falta de apetite e dificuldade em respirar. A anemia também é responsável pela fadiga e fraqueza generalizada.

O acúmulo de resíduos metabólicos também causa perda do apetite, náuseas e vômitos e um gosto desagradável na boca, podendo levar à desnutrição e perda de peso.

As pessoas com doença renal crônica tendem a formar hematomas ou sangrar por um tempo anormalmente longo após um corte ou outro tipo de lesão.

A doença renal crônica também diminui a capacidade do organismo de combater infecções. Gota pode causar artrite aguda com dor nas articulações e inchaço.

A perda grave da função renal resulta no acúmulo de resíduos metabólicos no sangue em níveis mais elevados. A lesão aos nervos e músculos pode causar espasmos musculares, fraqueza muscular, cãibra e dor.

As pessoas também podem sentir uma sensação de formigamento nos braços e nas pernas e podem perder a sensibilidade em certas partes do corpo.