Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Sindrome do Manguito rotador - Coggle Diagram
Sindrome do Manguito rotador
REVISÃO DO OMBRO
O manguito rotador (MR) é formado por quatro músculos (supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e subescapular).
Se originam na escápula e se inserem nos tubérculos do úmero (parte superior do úmero)
O manguito rotador é o grupo de músculos e tendões que se inserem (prendem) na região proximal do úmero (osso do braço).
A função do manguito é a de estabilizar e propiciar os movimentos do ombro.
Os músculos do manguito rotador giram o
úmero internamente (subescapular) e
externamente (infraespinhal principalmente
e redondo menor), e contribuem para a
abdução (supraespinhal), junto com o
músculo deltóide.
INTRODUÇÃO
A lesão do manguito rotador (LMR) é comum na prática ortopédica, responsável por cerca de 70% dos quadros de dor no ombro
Ocorrem principalmente em pacientes ao redor dos 40-60 anos e podem ser de origem traumática ou degenerativa.
As rupturas do manguito rotador são principalmente uma doença de pacientes de meia-idade e idosos. Esportes e ocupações que requerem atividade aérea produzem uma alta frequência de rupturas do manguito rotador
Sua ruptura completa está relacionada a indivíduos jovens devido a situac ̧ões traumáticas, enquanto que nos pacientes idosos tem como etiologia a fragilidade tendinosa
CLASSIFICAÇÃO
Duração
Aguda
Crônica
Etiologia
Degenerativa
Traumática
Tamanho
Totais
Pequenas
com retração do tendão menor que 1 cm
Média
com retração do tendão de 1 a 3 cm
Grandes
com retração do tendão de 3 a 5 cm
Maciças
com retração do tendão maior que 5 cm
Extensas
Parciais
Bursal
Intratendínea
Articular
ETIOLOGIA
Fatores mecânicos
Alterações nas estruturas musculoesqueléticas
Fatores ambientais
Envelhecimento, uso excessivo do ombro, tabagismo, obesidade e distúrbios metabólicos, como a diabetes.
Fatores biológicos ou intrínsecos
Áreas de hipoperfusão (baixa irrigação sanguínea) tendões, processos inflamatórios e alterações celulares dos tendões
Fatores traumáticos
Fraturas e luxações do ombro
Fatores genéticos
FISIOPATOLOGIA
Fatores vasculares (mecanismos intrínsecos)
A causa primária seria um processo degenerativo relacionado ao
envelhecimento natural dos tendões (entesopatia), devido a mudanças na vascularização do manguito ou
outras alterações metabólicas associadas com a idade.
Um sistema microvascular comprometido agrava o problema criando uma “zona crítica” de vascularidade no local da lesão.
As alterações do manguito são devidas a fatores intrínsecos, como lesão degenerativa intrasubstancial ou tendinose, causada por avascularidade, idade ou sobrecarga excêntrica. Isso levaria à
falência de suas fibras e, conseqüentemente, a diminuição funcional.
Fatores biomecânicos (mecanismos extrínsecos)
O papel das forças compressivas exercidas pelas estruturas circundantes em
causar lesão do manguito rotador.
O acrômio, os ligamentos
coracoacromiais, o processo coracóide e a articulação acromioclavicular
Dividida em 3 estágios
Fase 2: Fibrose e tendinite, com ou sem lesões parciais
Fase 3: Ruptura completa do tendão, associada a alterações ósseas
Fase 1: Edema, inflamação e hemorragia
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
Dor
Localizada na região ântero-lateral do ombro e face lateral do braço e sua intensidade é variável.
Descrevem dor à noite, especialmente
quando deitados sobre o ombro afetado.
Nas fases 1 e 2, pode ocorre dor no ombro e na face lateral do braço relacionada a movimentos repetidos de
elevação..Em alguns casos, ocorre limitação de mobilidade e crepitação.
Na fase 3 podem ocorrer graus variáveis de
perda de força e do movimento de elevação, abdução e rotações, dependendo do local e tamanho da ruptura
Fraqueza
Atividades diárias dolorosas
DIAGNÓSTICO
Suspeitado a partir da caracterização da dor no ombro, associado aos fatores de risco
associados presentes na história clínica
Anamnese
Imagem
A ultrassonografia musculoesquelética e a ressonância magnética podem fazer o diagnóstico preciso da maioria das rupturas do MR.
Artrografia, outrora muito utilizada, permite o diagnóstico de lesões parciais articulares e lesões completas.
EXAME CLÍNICO
São pesquisadas assimetrias das cinturas escapulares, atrofias das fossas supra e infra-
espinhais, cicatrizes e deformidades da coluna cervicotorácica
Mensuração das amplitudes ativas e passivas dos ombros
Presença de crepitações à rotação passiva do ombro
Sinais de irritação do MR
Testes de Neer,
Hawkins e Yochum para o impacto ântero-superior e as de Speed (palm-up test), Yergason e O’Brien para o
bíceps e a âncora do bíceps
Os testes são ditos positivos quando há a manifestação de dor.
Um arco doloroso de 60° a 120° de abdução no plano da escápula
Os sinais da cancela (incapacidade de se manter a rotação externa máxima ativa em adução) e o “hornblow sign”, (incapacidade de se manter a rotação externa máxima ativa em abdução de 90° demonstram lesões dos rotadores externos e estão geralmente presentes em lesões maciças crônicas irreparáveis.
TRATAMENTO
Não existe um tratamento uniforme para as lesões sintomáticas do manguito rotador.
A terapia inicial para tendinopatia do MR consiste em gelo, repouso e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.
O tratamento conservador é em geral aplicado quando há tendinopatia ou lesão parcial do manguito e inclui a prescrição de anti-inflamatórios, reabilitação, alongamento, fortalecimento dos estabilizadores e rotadores do ombro e correção postural.
Se nenhuma melhora for alcançada dentro de dois a três meses com terapia conservadora, outras opções de tratamento podem ser consideradas, incluindo uma ou duas injeções de glicocorticóide.
Cirúrgica
É indicado na falha do tratamento conservador dos pacientes com ruptura do manguito rotador e costuma ser realizado por meio da técnica de artroscopia, um procedimento menos invasivo e bastante eficiente.
O reparo cirúrgico imediato para rupturas agudas do manguito rotador está indicado em indivíduos saudáveis.
A cirurgia rápida também pode ser útil em casos de rupturas agudas ou crônicas, em que o paciente perde
repentinamente a capacidade de abduzir ou flexionar ativamente o ombro.
A técnica de reparo aberto (mini open) também pode ser utilizada para a correção cirúrgica da lesão.
O pós-operatório costuma ser bem tolerado e a dor é controlada por meio de analgésicos.