Disfunção erétil
Definição
Incapacidade de obter ou manter uma ereção o suficiente para o desempenho sexual
Etiologia
Epidemiologia
Classificação
Diagnóstico
Brasil: 65.6 casos por 1000 homens ao ano
EUA: 1 em cada 5 homens de 50 a 59 anos de idade. metade dos homens de 40 - 70 anos queixam-se de algum tipo de dificuldade erétil
índice de incidência e prevalência aumentam de acordo com a idade
Vascular/arteriogênica - 40%
Diabetes - 30%
Medicamentos - 15%
Cirurgia pélvica/radiação/trauma - 6%
Neurogênica - 5%
Endócrina - 3%
Outra - 1%.
Fisiopatologia
Ereção peniana
Relaxamento
Liberação de óxido nítrico nas fibras sinápticas do nervo cavernoso e células endoteliais
Inicia e mantem o relaxamento das células do músculo liso vascular e ativa a guanilato ciclase
Guanosina trifosfato é convertida em monosfato de guanosina cíclico (GMP cíclico)
Sequestro de Ca2+ intracelular no retículo endoplasmático
Diminuição do níveis de Ca2+ sistólico
Fosfodiesterase-5 converte GMP cíclico em guanosina 5'-monofosfaro normalizando os níveis de Ca2+
Estimulação adrenérgica: vasoconstrição e detumescência
Processo de ereção
Ereções psicogênicas
Ereções reflexogênicas
Ereções noturnas
Resposta à estimulação sensitiva aferente para desencadear ereção dopaminérgica central na área pré-óptica
Estimulação genital, são mediadas na medula espinhal e no núcleo autonômico
Ocorrem durante o sono REM, resultam da supressão do fluxo simpático inibitório pela formação reticular pontina e amígdala
Sociedade Internacional de Pesquisa de Impotência
Orgânica
Psicogênica, generalizada
Psicogênica, situacional
Vasculogênica
Arteriogênica
Cavernosa
Misto
Neurogênica
Anatômica
Endócrina
Não responsividade generalizada
Falta de excitação sexual primária
Declínio da excitação sexual ou libido relacionado à idade
Inibição generalizada
Distúrbio crônico de intimidade sexual
Relacionada ao parceiro
Falta de excitabilidade em um relacionamento específico
Falta de excitabilidade devido à preferência de objeto sexual
Alta inibição central devido a conflito ou ameaça do parceiro
Relacionada ao desempenho
Associada a outra disfunção sexual (por exemplo, ejaculação precoce)
Ansiedade situacional quanto ao desempenho (por exemplo, medo de falhar)
Relacionada a ajuste ou sofrimento psíquico
Associada a estado de humor negativo (por exemplo, depressão) ou grande estresse na vida (por exemplo, morte do parceiro)
Classificação clínica
Envelhecimento
Distúrbios psicológicos
Distúrbios neurológicos
Distúrbios hormonais
Distúrbios vasculares
Medicamentos
Hábitos
Outros
História da DE
Prevenção
Primária
Redução dos fatores de risco modificáveis (ex. DM, HAS, hiperlipidemia, obesidade, tabagismo)
Secundária
Modificação da dieta, perda de peso e exercícios
Momento de início do problema
Qualidade da ereção
Capacidade de obter ≠ Manter uma ereção
Qualidade da libido do homem
Sensibilidade genital (dor, dormência)
Disfunções sexuais associadas
Entrevistar o parceiro também
Investigar grau de satisfação do parceiro e eventos importantes que estão ocorrendo
Etiologia orgânica ≠ Etillogia psicogênica
Orgânica
Início gradual
Ocorre em todos os cenários sexuais (isto é, com parceiro, ereções noturnas, masturbação)
Tem uma evolução clínica constante
Associada a ereções não coitais insatisfatórias
Causa problemas psicossociais secundários, problemas no relacionamento, ansiedade e/ou medo.
Psicogênica
Geralmente de início agudo
Varia conforme a situação
Evolução variável
Geralmente há um distúrbio psicossocial preexistente e pode estar relacionado a problemas de
relacionamento ou ansiedade e medo
As ereções não coitais geralmente são preservadas.
Fatores de risco
Cardiovascular
DM
Depressão
Obesidade
Uso de álcool
Uso de medicamentos
História de cirurgia pélvica/ trauma/ radiação
Endocrinopatias
Sintomas do trato renal inferior decorrentes de HPB
Exames
Questionários
International Index of Erectile Dysfunction: 15 perguntas
Sexual Health Inventory for Men: 5 perguntas
Laboratoriais
Glicemia de jejum
Perfil lipidico
HbA1c
Testosterona sérica - matinal
FSH e LH
baixos: hipogonadismo hipogonadotrófico
normais: hipogonadismo eugonadotrófico
elevados: hipogonadismo hipergonadotróficos
TSH
Prolactina
elevada no hipogonadismo hipogonadotrófico
elevado no hipotireoidismo
Imagem
USG c/ Doppler
Angiografia pélvica/ peniana
Avalia a gravidade da doença e a resposta ao tratamento
Classifica a DE em 5 categorias
Leve (22 a 25)
Leve a moderada (17 a 21)
Moderada (11 a 16)
Grave (6 a 10).
Nenhuma DE (26 a 30)
Tratamento
Tratar doença subjacente
Terapia psicossexual (individual e/ou de casal)
Inibidores de fosfodiesterase-5 (PDE-5)
Sildenafila 25-100 mg VO 1x/dia 1h antes da atividade sexual
Tadalafila 5-20 mg VO 1x/dia 45 min antes da atividade sexual
Vardenafila 5-20 mg VO 1x/dia 45 min antes da atividade sexual
Avanafila 50-200 mg VO 1x/dia 15 min antes da atividade sexual
Injeção intracavernosa
Alprostadil intracavernoso
BiMix: papaverina + fentolamina
Papaverina
TriMix: papaverina + fentolamina + alprostadil intracavernoso
Supusitório intrauretral
Alprostadil via uretral: 125 - 250 mcg, máx 1.000 mcg/dia
Dispositivo de ereção à vácuo
Alprostadil tópico
Prótese peniana
Complicações
Efeitos adversos do PDE-5: cefaleia, rubor, dispepsia, congestão nasal e tontura
Priaprismo por injeção intracavernosa ou por PDE-5: vasodilatação com influxo arterial comprometido causando uma ereção prolongada e dolorosa, possível isquemia tecidual do corpo cavernoso
Neuropatia óptica não arterítica isquêmica anterior
(NAION) induzida por PDE-5
Secretária: Elaine
Coordenadora: Lanessa
Grupo 3: Alacid