Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
SISTEMA IMUNOLÓGICO DA CAVIDADE ORAL - Coggle Diagram
SISTEMA IMUNOLÓGICO DA CAVIDADE ORAL
MICROBIOTA DA REGIÃO ORAL
A mucosa oral é uma região propícia para a proliferação e colonização de bactérias em virtude da umidade e dos resíduos provenientes da alimentação
A saliva é secretada pelas glândulas salivares, apresentando um Ph que varia de 6,0 a 7,0. Na saliva é encontrada a lisozima, que atua como bactericida promovendo a destruição de bactérias dessa região
A microbiota residentes da via oral compõem uma flora mista, incluindo
Streptococcus sp., Lactobacillus sp.,Actinomyces sp., Fusobacterium sp., Haemophylus sp., Neisseria sp.,Treponema sp., Corynebacterium sp. e Candida albicans (fungos)
MICROBIOTA NORMAL
Microbiota residente
Gêneros e espécies típicas de determinados sítios anatômicos
Composição influenciada por esses sítios
Composição influenciada pelos hábitos do hospedeiro
Recomposição rápida após remoção por degermação ou anti-sepsia
Consiste em microrganismos fixos encontrados em determinadas áreas da pele ou em certas idades e quando perturbada se recompõem prontamente
Microbiota transitória
Presente temporariamente no sítio anatômico
Facilmente removida por degermação ou anti-sepsia
Consiste em microrganismos patogênicos ou não que ficam na região por horas, dias, semanas vindo do meio ambiente e sem se estabelecer permanentemente no organismo
Refere-se a população de microrganismos que habitam a pele e mucosa dos indivíduos saudáveis e normais.
Fornece a primeira linha de defesa contra patógenos microbianos, auxilia na digestão, na degradação das toxinas e contribui para a maturação do sistema imunológico
No corpo humano, existem vários microrganismo que dependem da umidade, acidez, temperatura e distribuição de nutrientes. Esses microrganismos influenciam o sistema imunológico, a resistência a patógenos e melhor aproveitamento dos alimentos
Comensais
são microrganismos neutras, sem malefícios ou benefícios detectáveis.
Oportunistas
são microrganismos que causam doenças em pessoas com o sistema imune comprometido, como, por exemplo, pessoas com AIDS, terapia de imunossupressores transplantados, radioterapia, quimioterapia, queimaduras, perfurações da mucosa
Mutualista
Relação harmônica entre espécies diferentes, em que o hospedeiro e parasita são beneficiados. Os microrganismos protegem o hospedeiro e produz nutrientes importantes que colaboram com o sistema imunológico
A cavidade bucal é a porta principal de patógenos para o corpo humano. No entanto, devido a um complexo mecanismo de defesa, os inúmeros agentes infecciosos que colonizam ou penetram a cavidade bucal não ocasionam patologias
A saliva hidrata, lubrifica os tecidos da cavidade bucal, atuam na regulação da microbiota da boca e na proteção contra microrganismos
SECREÇÃO DE SALIVA
A saliva contém uma secreção Serosa e de Muco.
Principais glândulas salivares (secretam os eletrólitos e solutos orgânicos presentes na saliva):
Glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais + minúsculas glândulas orais
Outros componentes: líquido gengival, detritos celulares, microrganismos da cavidade oral e o líquido secretado por várias glândulas menores dispersas na mucosa oral
Ela contém dois tipos principais de secreção de proteína:
1-
secreção serosa
contendo ptialina ( uma amilase), que é uma enzima para a digestão do amido
2-
secreção mucosa
, contendo mucina, para lubrificar e proteger as superfícies
Glândulas parótidas: produzem secreção serosa
Submandibulares e sublinguais: serosa e mucosa
Bucais: secretam muco
A saliva tem pH entre 6,0 e 7,0 o que é favorável à ação digestiva da ptialina
99% é formada por água. O 1% restante é composto de macromoléculas, moléculas orgânicas pequenas e componentes inorgânicos
A secreção salivar é extremamente importante na higiene, saúde, conforto da cavidade oral. A
xerostomia
(boca seca-ausência de saliva) é associada a infecções crônicas da mucosa oral e ao aumento da incidência de cáries dentárias
Secreção de íons na saliva
Contém íons potássio e bicarbonato em quantidade elevada. As concentrações de íons sódio e cloreto são menores na saliva que no plasma
A secreção de saliva envolve primeiro os ácinos e segundo os ductos salivares
Os ácinos produzem secreção primária contendo ptialina e/ou mucina em solução de íons em concentrações típicas dos líquidos extracelulares
A secreção primária ao fluir pelos ductos, ocorre dois processos:
Primeiro: íons sódio são reabsorvidos ativamente nos ductos salivares (concentração diminui) e íons potássio são ativamente secretados (concentração aumenta) por troca do sódio. No entanto, a reabsorção de sódio excede a secreção de potássio, o que gera uma negatividade elétrica de -70 milivolts nos ductos, essa negatividade faz com que íons cloreto sejam absorvidos. E em seguida, a concentração de íon Cl- no líquido salivar cai comparado aos íons sódio
Segundo: íons bicarbonato são secretados pelo epitélio dos ductos para o lúmen do ducto. Essa secreção é, em parte, causada pela troca de bicarbonato por íons cloreto, e em parte resulta de processo secretório ativo
Resultado: em condições de repouso, as concentrações de íons sódio e cloreto na saliva são de apenas 15 mEq/L, cerca de 1/7 a 1/10 de suas concentrações no plasma. De íons potássio 30 mEq/L, 7 vezes a maior que a concentração no plasma. E de íons bicarbonato 50 a 70 mEq/L, 2 a 3 vezes a do plasma
Quando a secreção salivar atinge sua intensidade máxima, as concentrações salivares se alteram, umas vez a formação da saliva primária vai aumentar consideravelmente e isso leva a uma rápida passagem dessa secreção pelos ductos, o que provoca uma modificação reduzida desses ductos.
Funções da saliva
O fluxo de saliva ajuda a lavar a boca de bactérias patogênicas, bem como partículas de alimentos que geram suporte metabólico para essas bactérias
Contém vários fatores que destroem as bactérias. Exemplo: íons tiocianato e enzimas proteolíticas - lisozima- que atacam bactérias; auxiliam a ação dos íons tiocianato ao se tornarem bactericidas; digerem partículas de alimentos o que remove ainda mais o suporte metabólico das bactérias
Contém anticorpos proteicos, que podem destruir as bactérias orais, incluindo algumas das que causam cáries dentárias (que se tornam mais comuns na ausência de salivação)
Lubrificação do bolo alimentar: feita pela mucina que quando hidratada forma o muco, que é secretado pelas glândulas de secreção mista e pelas várias glândulas mucosas no tecido de revestimento da cavidade oral
Na mastigação, o muco se mistura às partículas alimentares, lubrifica o bolo alimentar e protege não só a mucosa oral mas também os dentes contra a ação mecânica do alimento
Gustação: uma vez que a solubilização dos alimentos estimula as papilas gustativas
Regulação da temperatura dos alimentos: a saliva ao diluir os alimentos, resfria ou aquece, conforme a temperatura corporal
Limpeza: a saliva remove restos de alimentos que se alojam entre os dentes
Fonação: o umedecimento da cavidade oral facilita a fonação
Ação tamponante: resulta do pH alcalino da boca; protege a mucosa oral contra alimentos ácidos e os dentes contra produtos ácidos de fermentação bacteriana dos resíduos alimentares alojados entre os dentes.
Durante ânsias de vômitos, a salivação é grandemente estimulada, para proteger a mucosa oral contra o quimio ácido do estômago.
Proteção da mucosa oral e os dentes
Ação antimicrobiana: executada pelas proteínas ricas em prolina (contribui para lubrificação dos alimentos), que interagem com o Ca+2 e com a hidroxiapatita, participando da manutenção dos dentes
Incorporação de flúor e fosfato aos dentes: estes íons são captados do sangue e concentrados pelas glândulas salivares, que os secretam na saliva
Ação na cicatrização de feridas ou lesões da mucosa oral: efetuada pela secreção do fator de crescimento epidérmico, razão pelo quais os animais lambem suas feridas
Ação bacteriostática: desempenhada pela lactoferrina, substância quelante do ferro que impede o crescimento de bactérias dependentes deste íon
Ação bactericida: a saliva secreta lisozima (enzima que lisa a parede das bactérias), SNC (sulfocianeto, que tem ação bactericida) e a proteína ligadora de imunoglobulina A (que é ativa contra vírus e bactérias)
Regulação nervosa da secreção salivar
As vias nervosas parassimpáticas que regulam a salivação, demonstrando que as glândulas salivares são controladas principalmente por sinais nervosos parassimpáticos que se originam nos núcleos salivatórios superior e inferior, no tronco cerebral
Os núcleos salivatórios se encontram na junção entre o bulbo e a ponte e são excitados por
estímulos gustativos
(gosto azedo, causado por ácidos- estimula a secreção de saliva, 8 a 20 vezes a secreção basal) e
táteis
objetos de superfície lisa- salivação acentuada. Objetos ásperos- causam menor salivação, as vezes inibem) da língua e de outras áreas da boca e da faringe.
A salivação também é estimulada ou inibida por sinais nervosos que chegam aos núcleos salivatórios provenientes dos centros superiores do SNC.
A pessoa sente cheiro ou come alimentos preferidos- salivação aumenta. A área do apetite se localiza próximo dos centros parassimpáticos do hipotálamo anterior e funciona principalmente em respostaaos sinais do paladar, olfato do córtex cerebral ou da amígdala
A salivação também pode ocorrer em resposta a reflexos gastrointestinais- quando a pessoa está com náuseas ou comeu ao irritativo. A saliva quando engolida ajuda a remover o fator irritativo ao diluir ou neutralizar substâncias irritativas
A estimulação simpática à salivação é bem menor quando comparada com a parassimpática