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RCC - Caso Clínico 13, Integrantes: Ana Lídia. Andressa Brito. Claudia…
RCC - Caso Clínico 13
Dados gerais
Mulher, 66 anos.
Exame físico
Mulher magra sem aflições.
Pele e escleras não estão ictéricas.
Sopros bilaterais.
Abdome escafoide, não está sensível e não tem massas.
Fezes negativas para sangue oculto.
Pulsos femorais diminuídos, com sopros audíveis bilateralmente.
Pulsos diminuídos em ambos os MMII.
Exames laboratoriais:
Hemograma completo e níveis de eletrólitos normais.
Valores séricos de ureia, creatinina e glicose dentro dos parâmetros normais, bem como os resultados do exame de urina.
ECG de 12 derivações revela ritmo sinusal normal.
Queixa
Perda de peso.
História da doença atual
Há 6 meses pesava 70,5 kg, mas nos últimos meses seu peso diminuiu para 47,7 kg.
Atribui a perda de peso, à impossibilidade de comer.
Sempre que tenta fazer uma refeição sente dor abdominal intensa, grave e difusa por todo abdome.
Para evitar a dor, limita-se a pequenas refeições e sopas.
Sintomas associados
Nega febre, mal-estar, náuseas, vômitos ou prisão de ventre.
História clínica
Hipertensão (razão pela qual toma inibidor da enzima conversora de angiotensina).
Fumante (cerca de 1 maço de cigarros por dia).
Ingestão de 2 taças de vinho, diariamente.
Hipóteses diagnósticas
Isquemia mesentérica
A causa mais comum de isquemia mesentérica crônica é a doença aterosclerótica oclusiva das artérias mesentéricas.
A isquemia mesentérica aguda é uma emergência cirúrgica, que pode ser causada por um êmbolo agudo na artéria mesentérica superior ou na artéria celíaca com o coração sendo a fonte do êmbolo.
Aguda:
embolia arterial; trombose arterial; trombose venosa; isquemia não oclusiva.
Crônica:
aterosclerose; dissecção; vasculite; radiação; neoplasia.
Quadro clínico
Náuseas e vômitos reflexos; parada de eliminação de gases e fezes; RHA diminuídos ou ausentes; distensão abdominal progressiva; fezes sanguinolentas; desidratação importante; hipotensão e choque; emagrecimento.
Diagnóstico
Laboratoriais:
leucocitose; acidose metabólica; lactato.
Imagem:
RX; USG; TC; angiografia.
Tratamento
Depende da causa.
Embolia:
laparotomia exploraroda; embolectomia.
Trombose:
laparotomia exploradora; derivação do fluxo com enxerto; tratamento da estenose.
Não oclusiva:
suporte hemodinâmico; infusão de drogas vasodilatadoras/espasmolítica; laparotomia exploradora.
Trombose venosa:
anticoagulantes.
Trombose mesentérica
Doença oclusiva da circulação venosa que envolve a veia mesentérica superior e manifesta-se de forma aguda ou crônica.
Quadro clínico
Tríade clássica: dor abdominal; febre; sangue nas fezes.
Náuseas e vômitos.
Diagnóstico
TC; RX; RM do abdômen.
Angiografia por cateterismo com subtração digital.
Tratamento
Caso não haja sinais de irritação peritoneal e suspeita, nem sinais de imagem com necrose intestinal, realizar anticoagulação imediata com heparina.
Cateterismo arterial percutâneo e estabilização hemodinâmica.
Torção ovariana
Rotação parcial ou total do pedículo ovariano que promove estase circulatória, inicialmente venosa e que se torna arterial com a progressão da torção e do edema resultante.
Causas:
Gravidez nas trompas; cicatrizes na pelve ou malformações dos órgãos pélvicos; cistos; tumores; folículos causados pelo tratamento de reprodução assistida.
Quadro clínico
Dor pélvica intermitente e unilateral.
Náuseas; vômitos e massa abdominal.
Diagnóstico
USG associada ao Doppler.
Tratamento
Se houver suspeita de torção anexial, é necessário cirurgia imediata para verificar a presença de um ovário torcido.
Cirurgia laparoscópica com distorção.
Colite isquêmica
Pode ser reversível ou irreversível.
Aguda ou crônica.
As causas mais comuns são embolia/trombose arterial; trombose venosa; isquemias não oclusivas (95%);
Quadro clínico
Dor abdominal: cólica leve/algumas vezes intensa.
Fezes diarreicas com sangue.
Diagnóstico
Laboratorial:
leucocitose; acidose metabólica; lactato.
Tomografia de abdome com contraste; colonoscopia.
Tratamento
De suporte, por meio de líquidos intravenosos; repouso intestinal e antibióticos.
Torção testicular
Torção do testículo é uma rotação do cordão espermático com suspensão do testículo
Quadro clínico
Os pacientes com torções intravaginais geralmente apresentam quadro agudo com início há algumas horas e frequentemente têm náuseas, vômitos e taquicardia.
O testículo afetado é grande e doloroso e a dor irradia para a região inguinal.
A contração intensa do músculo cremáster causa espessamento do cordão espermático.
Diagnóstico
O achado físico mais
fidedigno é a dor testicular associada à ausência do reflexo cremastérico - - sinal semiológico definido pela elevação testicular após estímulo tátil-deslizante no sentido caudal-cranial da porção medial da coxa
Se após anamnese e exame físico minuciosos, o diagnóstico de torção testicular não estiver claro, pode-se solicitar Ecografia escrotal com Doppler.
Tratamento
A torção testicular intravaginal é uma emergência cirúrgica real
É o distúrbio escrotal agudo mais comum na faixa etária pediátrica e na população de adultos jovens
Pode ser subdividida em dois quadros clínicos diferentes, dependendo do nível de acometimento do cordão espermático:
torção extravaginal
torção intravaginal
Hérnias estranguladas
Quadro clínico
A sintomatologia das hérnias estranguladas é habitualmente rica e multiforme.
O paciente acusa dores violentas, irradiadas para o abdome, em virtude da distensão do meso. Surgem náuseas, vômitos, febre, sudorese, fraqueza, hipotensão arterial, lipotimia, distensão abdominal e parada da eliminação de gases.
Diagnóstico
Ao exame local, encontramos a tumoração distendida, dura, com a pele quente, rubra e tensa. Qualquer manobra tentando reduzir o conteúdo provoca fortes dores
Tratamento
A redução deve ser tentada no caso de pacientes com hérnia encarcerada.
A melhor forma de realizar esse procedimento consiste em alongar o colo do saco hernial e ao
mesmo tempo, aplicar cuidadosamente uma pressão para reduzir a hérnia.
Se a redução for malsucedida, o paciente deve ser preparado para passar por uma cirurgia urgente.
Nas hérnias estranguladas, as alças se distendem e não se reduzem porque a alça eferente não pode esvaziar-se, em virtude da compressão e edema ao nível do colo do saco herniário.
Como consequência, surgem perturbações circulatórias nas alças aprisionadas, levando-as à gangrena
Infarto esplênico
O infarto esplênico ocorre quando há diminuição do fluxo sanguíneo esplênico com isquemia tecidual e necrose.
Quadro clínico
Embora frequentemente silenciosos, esses êmbolos podem causar dor no hipocôndrio esquerdo irradiada para o ombro esquerdo às vezes como sintoma de apresentação inicial da endocardite infecciosa.
Infarto esplênico progredindo para abscesso pode ser a causa de febre persistente em pacientes com
endocardite infecciosa;
Diagnóstico
O diagnóstico costuma se basear em exames de imagem.
Exames laboratoriais podem demonstrar alterações, como leucocitose e aumento de LDH
Alteração de enzimas hepáticas, bilirrubina e lipase é frequente
Tratamento
O tratamento do infarto esplênico depende da causa subjacente
Doença de Buerger
Tratamento
Cessação do tabagismo.
Evitar medicamentos que podem causar vasoconstrição.
Diagnóstico
Angiografia.
ECG excluiu embolia cardíaca.
Exames de sangue para excluir vasculite.
Quadro clínico
Os sintomas são os mesmos da redução do fluxo de sangue nas extremidades.
Sensação de frio; dormência; formigamento ou ardor.
Pulsos comprometidos ou ausentes em uma ou mais artérias podais.
Tromboangeíte obliterante, é uma doença inflamatória que acomete as artérias, principalmente as de pequeno e médio calibre e atinge as extremidades dos MMSS e MMII.
Gravidez Ectópica
Definição
Quando a implantação e o desenvolvimento do ovo ocorrem fora da cavidade corporal do útero.
A localização mais frequente é a tubária.
Quadro Clínico
a dor é sincopal e lancinante na ruptura tubária e em cólica no aborto.
Náuseas e Vômitos
Alguns casos, há dor escapular
Exame Físico
Palidez cutâneo-mucosa sem perda sanguínea visível, taquicardia e hipotensão arterial.
Pode haver reação peritoneal, descompressão brusca dolorosa e diminuição de RHA.
Grito de Douglas- sinal de Proust
Tríade clássica:
Dor abdominal
Atraso menstrual
Sangramento genital
Fatores de Risco
Gravidez ectópica prévia
Cirurgia tubária prévia
Infertilidade
DIP
Endometriose
Usuárias de DIU
Anticoncepção de emergência
Tabagismo
Exames Subsidiários
Beta-HCG
USGTV
Tratamento Cirúrgico
Salpingectomia
Tratamento Medicamentoso
Metotrexato
Quando indicar?
Estabilidade hemodinâmica
Diâmetro da massa anexial <3,5 cm
Beta-HCG inicial <5.000 mUI/mL
Ausência de dor abdominal
Desejo de gravidez futura
Termo consentimento assinado
Integrantes: Ana Lídia. Andressa Brito. Claudia Guntzel. Ellen Lelis. Emanuelle Garcia. Guilherme Wickert. Juliano Amoreli. Laís Freitas. Lucas Rodrigues. Nathalia Lima. Marina Souza.