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LOMBALGIA, Exames complementares, Grupo 2: Beatriz, Cleuma, Heloene,…
LOMBALGIA
DEFINIÇÃO
Dor que ocorre na região lombar inferior. Ela pode se origina em diversas regiões da coluna lombar (L1-L5): ligamentos, musculatura e fáscia paravertebral, anel fibroso, articulações interapofisárias, periósteos, vasos e raízes nervosas;
Lombociatalgia: se irradia para nádegas e/ou para pernas na distribuição do nervo ciático
EPIDEMIOLOGIA
Acomete entre 58-84% das pessoas durante a vida
A maioria dos episódios são agudos, benignos e autolimitados
3° motivo de consultas médicas
60-80% das pessoas vão sofrer com lombalgia durante a vida
Principais motivos de dor lombar: fatores biomecânicos
FATORES DE RISCO
Má postura;
Pessoas mais altas;
Pessoas acima do peso normal;
Fumantes;
Quem trabalha muito tempo na mesma posição tem 3 vezes mais chances de ter
Quem trabalha com carregamento de peso tem 8 vezes mais chances.
ETIOLOGIA
Hérnia de disco, espondilite anquilosante, neoplasias, espondiloartrose, osteofitose, osteoporose, idiopática e senil;
História de dor lombar com piora ao repouso e melhora ao movimento é sugestiva de espondilite anquilosante.
Osteoporose senil e metástase são comum em mulheres mais velhas.
Osteoporose e Espondiloartrose: curso de dor uniforme e evolutivo;
Hérnia discal: Sintomas em momentos de surtos.
FISIOPATOLOGIA
Instalação de forças anormais sobre a coluna
Alterações osteocartilaginosas
Alterações discais
lesões locais
Compressão da raiz nervosa ou da ME
Motora
Reflaxos
Sensibilidade
Mediadores de inflamação
Nociceptores
Etapas da Nocicepção
Percepção
QUADRO CLÍNICO
Frequentemente, a dor lombar inicia-se abaixo do rebordo costal e se irradia para a região das nádegas e face posterior das coxas.
Na prática clínica, os pacientes chegam com um conjunto de sintomas e sinais que têm em comum a dor lombar; cabe ao médico estabelecer o diagnóstico a partir de anamnese, exame físico e propedêutica.
As manifestações são classificadas em sinais de alerta vermelho e amarelo que direcionam a gravidade, etiologia e manejo terapêutico.
Sinais de alerta amarelo: Pensamento catastrófico quanto a lombalgia; Sintomas sem base anatômica ou fisiológica definida; Elevado comprometimento funcional basal; Baixo estado geral da saúde; Depressão, ansiedade ou pessimismo diante da vida
Sinais de alerta vermelho: Sinais ou sintomas sistêmicos: febre, perda de peso, sudorese noturna, calafrios; Déficit neurológico focal progressivo/profundo; Dor refratária ou persistente por > 4 - 6 semanas; Idade > 70 anos; História pessoal de câncer; Incontinência/ retenção urinária; Contusões ou abrasão na coluna; Trauma/ Lesão em alta velocidade; Imunocomprometimento
Origem neurológica
Dor intensa
Início súbito
Choques
Latejamento
Queimação
Irradiação para MMII
Origem vascular
Claudificação intermitente (dor associada a má circulação dos vasos sanguineos)
Pode ter uma alteração na temperatura e coloração dos tegumentos
Origem mecânica
Pode irradiar para os membros inferiores, acompanhando ou não a distribuição nervosa
Pode agravar com o movimento da coluna lombar
DIAGNÓSTICO
Anamnese
Identificar sinais de alerta e descartar patologias específicas
Neoplasias:
história de câncer; idade acima de 50 anos.
Síndrome da cauda equina:
Lombalgia severa; retenção ou incontinência urinária e fecal; anestesia em sela, fraqueza nas pernas.
Espondilite anquilosante:
Adultos; insidiosa; melhora com atividade física; rigidez matinal e dor por mais de 3 meses.
Caracterização da dor: duração, irradiação, desencadeantes, relação com o trabalho, impacto funcional.
Sinais de alerta vermelho
Ex: História de câncer; febre, perda de peso, sudorese noturna, calafrio.
Sinais de alerta amarelo
Ex: Pensamento catastrófico quanto a lombalgia.
Exame físico
Inspeção estática:
Desvios, atrofia muscular e avaliação da pele.
Inspeção dinâmica:
Marcha e a mobilização da coluna.
Palpação:
Nos planos musculares, nas apófises espinhosas e nos espaços discais.
Buscando encontrar os pontos álgicos e identificar onde se localizada a dor.
Teste de Laségue
Paciente em DD. Eleva-se o membro dolorido mantendo o joelho estendido, pode sensibilizar o teste fazendo uma dorsiflexão do pé.
+: quando há exacerbação da dor e irradiação a 30-60 graus.
Teste de Schober
Marca-se um ponto na coluna na altura de L5-S1 e outro a 10 cm deste; em seguida, pede-se para o paciente realizar uma flexão ventral notando então um aumento entre os pontos marcados de 5 cm.
+: aumento é < 5 cm.
Patrick ou Faber
Em DD, o paciente realiza a posição em número quatro, colocando o tornozelo direito no joelho esquerdo ou vice-versa.
Deve-se empurrar o joelho para baixo, estabilizando a crista ilíaca do lado contrário, buscando desconforto ou dor nas articulações sacroilíaca e coxofemoral.
Exame neurológico
Tônus (graduação da força); reflexos (patelar e calcâneo).
Dermátomos de L4 (face medial da perna), L5 (dorso do pé) e S1 (maléolo lateral).
“Dificuldade para agachar e levantar
Lesão de L3L4 – raiz L4”.
“Sobre o calcanhar
Hérnia de disco – L4L5 – raiz L5”.
“Não consegue andar na ponta dos pés
Lesão na L5S1 – raiz S1.”
TRATAMENTO
Tratamento conservador
Repouso
Medicamentos
Objetivo de alívio sintomático
AINES, paracetamol, opioides, relaxantes musculares, antidepressivos triciclicos
Não medicamentoso
Exercício, massagem, tração, bandagem, suporte lombar e palmilha, eletroterapia, termoterapia, fototerapia l, acupuntura
Tratamento cirúrgico
Quando presente hérnia discal com comprometimento neurológico grave agudo
Caráter emergencial
Tratamento da cauda equina
Também indicada em casos de: espondilolistese, com dor lombar que não melhora com tratamento clínico
DERMÁTOMOS E RAÍZES NERVOSAS
Plexo lombar, Plexo sacral e Plexo coccígeo
L2
Flexionar a coxa
Glúteos
inervada pelos nervos que estão no sacro, em S2 à S5.
L3
Estender o joelho
Dermátomos lombares e dos membros inferiores - Pernas e pés
Contêm as regiões inervadas pelos nervos que saem das vértebras L1 a S1
L4
Dorsiflexão
L5
Extensão do hálux
S2
Flexão do joelho
S3
Músculos intrínsecos do pé
S1
Eversão do pé + extensão da coxa + flexão do joelho
S4 e S5
Movimentos peri anais
COLUNA LOMBAR
L1-L5
L1 está alinhada com a extremidade anterior da nona costela
maiores segmentos da coluna vertebral
principais responsáveis por sustentar o peso da metade superior do corpo
ausência de forame transverso no interior de seus processos transversos
ausência de facetas ao lado de seus corpos.
medula espinhal se estende até L2
depois: cauda equina
componentes anatômicos
Corpo vertebral
grandes e reniformes
núcleo puposo
parte central
substância gelatinosa
formada por mucopolissacarídeos e ligadas a proteínas
não recebe terminações nervosas nem vasos sanguíneos
pressão no núcleo nunca é nula devido ao teor "aquoso" da substância presente
anel
fibroso
região periférica
fibras concêntricas se entrecruzam obliquamente
+verticais na periferia
+horizontais à medida que se aproximam do núcleo
aplicação da carga ao disco vertebral
diminuição de espessura em curva exponencial
desidratação do volume do disco
progressivo achatamento dos discos provocam artrose com os anos
Arco vertebral
Processo espinhoso
Pedículos e lâmina
curtas e espessas
Forame vertebral
triangulares
Processos/facetas articulares superiores e inferiores
Processos transversos
Exames complementares
Laboratorial
Solicitado na suspeita de
radiculopatia, infecção, tumor...
Hemograma completo; VHS; PCR; Cálcio sérico; PSA…
Imagem
Não são necessários na primeira consulta de lombalgia mecânica.
Grupo 2: Beatriz, Cleuma, Heloene, Herika, Miriam, Sandy, Paulo e Tácio.