Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Lombalgia e Cervicalgia - Coggle Diagram
Lombalgia e Cervicalgia
Morfofisiologia da lombar e cervical
CERVICAL
Composta por 07 vértebras
1ª C1: Atlas
Articula com o crânio
Canal vertebral é largo e triangular
2ª C2: Áxis
Apófise odontóide
Não tem corpo vertebral
C3 a C7
Vértebras típicas
Pequeno corpo vertebral
Processo espinhoso curto ou bífido; forame transverso
Discos intervertebrais
Anel fibroso
Núcleo pulposo
Articulações não-vertebrais/ articulações de Luschka
Presentes nos segmentos espinhais C3 a C7, localizados na borda posterolateral do disco intervertebral e na porção anteromedial do forame intervertebral.
Articulações não verdadeiras sinoviais, podem hipertrofiar em associação com a degeneração do disco. Resultando no estreitamento do forame intervertebral, que é uma causa comum de radiculopatia cervical.
Assim como a lombar possui uma curvatura côncova posteriormente- Lordose
Possui 8 nervos espinhais, cada um composto por uma raiz ventral e outra dorsal
A raiz ventral contém fibras eferentes dos neurônios motores no corno ventral da medula
A raiz dorsal contém fibras aferentes sensoriais primárias das células no gânglio da raiz dorsal
Após a junção das raízes, o nervo espinhal se divide em 2 ramos: ramo dorsal, que inerva músculos, pele e articulações do pescoço posterior
Ramo ventral, que inerva os músculos pré-vertebrais e paravertebrais e forma o plexo braquial.
C1-C4 (Plexo cervical); Ramos ventrais- motor
C5-T1 (Plexo braquial)
C6
Extensão punho
Braquiorradial
1º quirodáctilo
C7
Ext. cotovelo
Tríceps
3º quirodáctilo
C8
Flex.prof.3ºquir.
5º quir.
C5
Flexores cotovelo
Bíceps
Face lateral braço
T1
Adutor 5º quir.
Face medial cotovelo
LOMBAR
05 vértebras L1 - L5
Características Comuns das Vértebras Lombares
Corpos grandes e reniformes, foramens vertebrais triangulares, pedículos e lâminas curtas e espessas.
Suporta a cavidade abdominal e permite mobilidade entre a parte torácica do tronco e a pelve.
Realiza movimentos de de Flexão, Extensão, Rotação e inclinação lateral
Quadril
L2 - L3: Flexão
L4 - L5: Extensão
Joelho
L3 - L4: Extensão
L5 - S1: Flexão
Tornozelo
L4 - L5: Flexão dorsal
S1 - S2: Flexão plantar
L4
Reflexo
Patelar
Sensibilidade
Face medial pé
Motor
Tibial Anteror
L5
Motor
Extensor longo do Hálux
Sensibilidade
Face dorsal pé
Curvatura côncava
Lordose
Definição
CERVICALGIA
A cervicalgia (dor ou rigidez do pescoço) normalmente é o resultado do enfraquecimento dos músculos ao longo do tempo devido à má postura ou mau uso.
Dor no pescoço e ombro que varia em intensidade, podendo ser incômoda ou como um choque elétrico desde o pescoço até o braço.
LOMBALGIA
Uma condição dolorosa comum que afeta a parte inferior da coluna. A dor lombar é causada por uma lesão em um músculo (tensão) ou ligamento (entorse).
As causas comuns incluem levantamento impróprio, má postura, falta de exercícios físicos regulares, fratura, disco rompido ou artrite.
Epidemiologia
CERVICALGIA
Afeta cerca de 50% dos indivíduos em algum momento da vida e apresenta predileção pelo sexo feminino.
Tem uma prevalência de cerca de 10 a 20% da população adulta
LOMBALGIA
Afeta de 65 a 85% da população mundial ao longo dos anos. Corresponde a 3ª causa mais comuns de afastamento do trabalho, a 5ª de internação hospitalar e a 3ª de procedimentos cirúrgicos.
A mais alta prevalência está no grupo etário de 45 a 64 anos.
Etiologia
LOMBALGIA e CERVILCALGIA
Inflamatórias;
Estão associadas com doenças que possuem manifestações sistêmicas, além do acometimento da coluna vertebra, como: espondilite anquilosante, artrite reumatoide e fibromialgia.
Infecciosas;
São pouco frequentes.
Metabólicas;
Dentre as causas metabólicas, as mais frequentes são: Osteoporose; Osteomalácia e Hiperparatireoidismo.
Mecânicas;
Dentro das causas mecânicas, estão: anomalias congênitas (espinha bífida; sacralização);
degenerativas (espondiloartrose); síndromes discogênicas (prolapso discal) e traumatismos.
Envolvem as ciatalgia, radiculopatia e lombociatalgia
Hérnia de disco (4%): + comum: L4L5
Síndrome do Piriforme: Dor na região glútea.
Estenose medula: os sintomas costumam ser bilaterais, melhora quando flexiona ou senta e piora mais para descer do que para subir.
Distensões Musculares (70%) : A dor costuma ser difusa e no máximo até os glúteos.
Espondilolistese: atividade piora e melhora com repouso.
Degenerações discais e Osteófitos (20%): O famoso “Bico de papagaio – Bico de Tucano”. A dor costuma ser mais pontual, localizada. A dor é sugerida pela palpação.
A dor costuma ser mais pontual, localizada.
Tumores;
Os tumores da coluna são relativamente raros.
Dor visceral referida
Diversas patologias viscerais podem causar dor referida na região lombossacra.
Classificação
CERVICALGIA
SECUNDÁRIA
Não mecânica
Inflamatórias:
Doença vertebral inflamatória de origem sistêmica (ex.: Espondilite anquilosante)
Infecciosas
Discite infecciosa.
Neoplásicas:
Metástases.
Metabólicas ou relacionadas a doenças sistêmicas:
Hiperparatireoidismo, ocronose e osteomalácia.
Psicogênicas e dores referidas
A lesão está em outros sítios que
não a coluna ( uma vasculite de carótidas ou espasmo esofágico).
A dor é percebida no córtex cerebral, sem estar associada a alteração anatômica local ou sistêmica (ex.: depressão.
PRIMÁRIAS - Mecânico Denegerativas
Biomecânicas:
Relacionadas às alterações biomecânicas da unidade funcional espinal. Há substrato anatomopatológico determinado para a dor (ex.: discopatias e Osteoartrite.
Cervicalgia comum ou idiopática e distensões musculares:
Caráter mecânico, sem irradiação ou com irradiações atípicas e sem alterações anatomopatológicas determinadas (ex.: torcicolos,
LOMBALGIA
Duração:
Aguda
- Duração < 3 meses
Sub aguda
- > 2 e < 3 meses
Crônica
- > 3 meses
Recorrente
- < 3 meses, mas que recidiva após um período sem dor, mas que limita função e atividade
Causa:
1) Primária
Mecânicas 90%
Não Mecânicas
2) Secundárias
Fisiopatologia
LOMBALGIA
Processos danosos aos tecidos ativam neurônios nociceptores através da estimulação das terminações livres por glutamato, substância P e CGRP
Esses neurônios possuem corpo presente na raiz do gânglio dorsal,realizando sinapses com neurônios de segunda ordem do corpo dorsal
Levando sinal para mesencéfalo e tálamo, regiões com conexões com os córtices somatossensoriais e cingular anterior
responsáveis pelas caracte-rísticas sensório-discriminativas e afetivo-cognitivas da dor
DOR LOMBAR
SINAL DOLOROSO
Provoca sensibilização central e periférica, devido ao aumento de sensibilidade de neurônios. Aguda --> Crônica
CERVICALGIA
Pouco compreendida
Devivo a forças anormais sobre a coluna pode provocar causas como: mecanicodegenerativas ou não mecanicas
Logo ocorre a liberação de mediadores de inflamação,devido a lesões locais por alteração da biomecânica
Nas articulações sinoviais, ligamentos paravertebrais, discos invertebrais ou vasos e nervos nociceptores são estimulados por mediadores
A dor cervical se associa também com alteração da coordenação dos músculos cervicais e a deterioração da propriocepção do pescoço e dos ombros
Causas: Alterações capsuloligamentares, osseocartilaginosas ou discais
Quadro Clínico
CERVICALGIA
Músculo esqueléticas
Tensão muscular
apresenta-se com dor e/ou rigidez no movimento; pode não ter um fator precipitante claro, mas muitas vezes está relacionada à postura e posição do sono e quadros de stress agudo.
Dor discogênica cervical
Dor e/ou rigidez no movimento do pescoço, em alguns casos associada à dor nas extremidades superiores;
Lesão por chicote
Dor pode ser somaticamente referidos aos ombros, região periscapular, occipital ou membro proximal;
Síndrome da dor mio facial
Dor profunda + queimação ou ardência;
Hiper os tose esquelética difusa
Dores no pescoço, coluna torácica, lombar e/ou extremidades;
Lesões cervicais
Pct cursa comcefaleia, dor no ombro, tonturas, parestesias e fadiga;
Condições neurológicas
Radiculopatia cervical
Dor + Anormalidades sensoriais e/ou fraqueza na extremidade superior;
Mielopatia espondilotica cervical
Fraqueza nos MMII, Deficiência dos Esfíncteres.
Sinal de Lhermitte positivo
Choque Elétrico no pescoço que irradia pela espinha ou para os braços pela flexão do pescoço
LOMBALGIA
Radículopatia Lombosacral
Afeta a função de uma ou mais
raizes nervosas lombosacrais
As mais frequentes são
as radiculopatias L5 e S1.
Radiculopatia de L1
É incomum
Stms
envolvem dor, parestesia e perda sensorial na região inguinal
Radiculopatia de L2/L3/L4
Mais comuns em pacientes idosos ou com estenose espinhal
STMs.
Lesões mais altas podem resultar em maior fraqueza dos flexores do quadril. A sensação pode ser reduzida desde a parte anterior da coxa até o aspecto medial da perna.
1 more item...
Dor aguda nas costas é comum, frequentemente irradiando ao redor da face anterior da coxa, descendo até o joelho e, ocasionalmente, descendo pela face medial da perna até o arco do pé
Radiculopatia de L5
Mais comum
STMs.
Dor nas costas que se irradia pela face lateral da perna até o pé.
1 more item...
Radiculopatia de S1
Comun
STMs.
a dor irradia para baixo na parte posterior da perna e chega ao pé por trás.
1 more item...
Radiculopatia de S2/S3/S4
Incomum
STMs.
Dor sacral ou nas nádegas que se irradia para baixo na face posterior da perna ou no períneo (em sela).
1 more item...
Diagnóstico
LOMBALGIA
Principal Objetivo
• Identificar sinais de alerta e descartar patologias específicas causando o quadro clínico
(Calda equina, neoplasia, infecção, fratura, pielonefrite, artrite inflamatória etc.).
• Caracterização da dor
Tempo de duração;
Irradiação;
Início;
Como a dor é desencadeada;
Tem relação com trabalho ou outra atividade do cotidiano?
Fator de melhora e piora...
• Classificação dos sinais de alerta vermelho
Nem sempre significa que o paciente deve ser encaminhado para unidade de Urgência/emergência, mas que ele merece uma investigação diagnóstica mais direcionada.
Febre, perda de peso, sudorese noturna, calafrios;
Déficit neurológico focal progressivo/profundo;
Dor refratária ou persistente por 4-6 semanas;
Idade >70 anos;
Histórico de CA;
Incontinência urinária;
Contusões ou abrasões da coluna;
Trauma/lesão em alta velocidade;
Imunocomprometimento.
• Importante identificar os sinais de alerta amarelo
Ajudam a predizer o prognóstico destes pacientes (risco de recorrência e cronicidade) diante de riscos psicossociais.
Pensamento catastrófico quanto à lombalgia;
Sintomas sem base anatômica ou fisiológica definida;
Elevado comprometimento funcional basal;
Baixo estado geral da saúde;
Depressão, ansiedade ou pessimismo diante da vida.
Exame Fisico
Posição do paciente
• Ortostático (parado/marcha): com apoio e/ou sem apoio.
• Sentado
• Deitado: dorsal, lateral, ventral.
Inspeção
• Na inspeção dinâmica
Avaliar a marcha e mobilização da coluna
Avaliar a marcha
• Dor para caminhar
• Caminhar diferente do normal
• Preferência de um membro.
• Nos calcanhares
• Na ponta dos pés
• Pé normal
• Na inspeção estática:
• Alinhamento das escápulas e de espinhas ilíacas ântero e posterossuperiores;
• Simetria do triângulo de talhe
Triângulo imaginário que se delineia entre a porção lateral do tronco e a parte interna do membro superior do paciente
Observar se há presença de desvios, atrofia muscular e avaliação da pele local verificando se há presença de sinais flogísticos, anterior e posteriormente.
Palpação
De pé sem apoio
Palpar toda a região da coluna, procurando: pontos dolorosos, contraturas musculares, síndrome do piriforme (glúteos), processos espinhosos, dor local (tumores, fraturas, processos infecciosos...)
Em pé com apoio na maca
Testar funções motoras:
Quadril: Flexão? / Extensão?
Joelhos: Flexão? / Extensão?
Pé: Flexão? / Dorso flexão? / Extensão? / flexão plantar?
Manobras
As manobras devem ser feitas após a avaliação do tronco desnudo:
Paciente em pé:
• Solicita-se que ele realize flexão do tronco, para buscar desvios e alterações como gibosidade, escoliose e cifose.
• A extensão do tronco: contribui para avaliar se há aumento da lordose.
Nesse momento, pode-se observar a mobilidade da coluna.
Discrepância aparente de MMII:
• Medida feita com fita métrica fixa na cicatriz umbilical até o maléolo medial direito e esquerdo.
• Tem como finalidade estimar o comprimento dos MMII, que, quando discrepantes, levam a claudicação.
• Positividade:
quando apresentar discrepância > 1,5 cm de um lado para o outro.
• Condizente com:
discrepância de comprimento dos MMII.
Manobra de rotação interna dos MMII ou Manobra do rolamento:
• Realiza-se, primeiro, rotação interna, que é o primeiro a ser perdido nas patologias coxofemorais;
• Depois, rotação externa.
• Positividade:
quando há déficit de rotação.
• Condizente com:
Osteoartrite de quadril ou patologias inflamatórias da cápsula articular.
Manobra de Schober
• Paciente em ortostatismo;
• Traça-se uma linha horizontal entre as espinhas ilíacas para servir como parâmetro e encontra-se o centro.
• Então, traça-se uma linha perpendicular à primeira e mede-se 10 cm, demarcando-a.
• Solicita-se que o paciente realize flexão do tronco.
• A medida na pele deve aumentar cerca de 5 cm.
• Positividade:
mobilidade < 5 cm, causada por dor ou restrição do movimento.
• Condizente com:
Anquilose do segmento lombar, em patologias como Espondilite Anquilosante.
Manobra de Lasègue:
• Com o paciente em DD, deve-se colocar a mão posteriormente ao tornozelo, realizando elevação do membro até 60 graus.
• Iniciar sempre pelo lado sem dor.
• Positividade:
o paciente manifesta dor na face posterior do membro, em dermátomo do nervo ciático.
• Condizente com:
patologias compressivas de raiz nervosa, como hérnias ou espondilolistese.
Manobra de Lasègue invertida:
• Com o paciente em DV, deve-se segurar o membro inferior e elevá-lo em um movimento de extensão.
• Positividade:
manifestação de dor na região anterior da coxa (dermátomo do nervo femoral).
• Condizente com
: Lombociatalgia de origem em raízes altas (L2, L3 e parte superior de L4).
Manobra de Pace
• Abdução da coxa.
• Positividade:
Paciente apresenta dor na região glútea.
• Condizente com:
Síndrome do piriforme.
Manobra de Patrick ou Faber:
• Em DD, solicita-se que o paciente realize a posição em formato de número quatro, colocando o tornozelo direito no joelho esquerdo ou vice-versa;
• Deve-se empurrar o joelho para baixo, estabilizando a crista ilíaca do lado contrário, buscando desconforto ou dor nas articulações sacroilíaca e coxofemoral.
• Positividade:
dor ou desconforto nas articulações sacroilíaca ou coxofemoral.
• Condizente com:
Osteoartrite de articulações sacroilíacas ou coxofemoral.
Teste de Fair:
• Flexão + adução e rotação interna da coxa (inverso ao Faber).
• O paciente manifesta dor na região glútea, irradiando para coxa.
• Positivo na Síndrome do piriforme.
Raízes nervosas que suprem os grupos musculares do membro inferior:
Quadril: L2 – L3 Flexão
L4 – L5 Extensão
Joelho: L3 – L4 Extensão
L5 – S1 Flexão
Tornozelo: L4 – L5 Flexão dorsal
S1 – S2 Flexão plantar
Palpação muscular – Graduação da força muscular
Grau 0:
Ausência de contração muscular
Grau 1:
Contração muscular, sem movimento articular
Grau 2
: Movimento sem vencer a gravidade
Grau 3
: Movimento que vence a gravidade
Grau 4
: Movimento que vence a gravidade e alguma resistência
Grau 5
: Força muscular normal
REFLEXOS MMII
• Com joelhos fletidos – 90 graus.
Joelho
– Reflexo patelar (lesão de L2 a L4)
Tornozelo
– Reflexo Aquileo ou calcâneo (lesão de S1 a S2)
Lesão em sela:
• Causada pela Síndrome da Cauda Equina
• Lesão de L4/L5 – raiz L5.
• A dor é geralmente o primeiro sintoma da compressão medular, mas os achados motores (geralmente fraqueza) e sensoriais estão presentes na maioria dos pacientes no diagnóstico.
• A disfunção intestinal e/ou da bexiga geralmente são achados tardios.
• Pode haver disfunção erétil.
• Encaminhamento urgente para tratamento cirúrgico de descompressão em até 48h.
Exames complementares
Laboratoriais
• VHS;
• PCR;
• Cálcio sérico;
• Fosfatase Alcalina
• Eletroforese de proteínas
• PSA
• Urina tipo 1 – EAS
• Sangue oculto nas fezes
• Hemograma completo;
Imagem
Idem Cervicalgia
CERVICALGIA
Identificação de “Sinais de Alertas”:
Necessitam de avaliação urgente;
Dor cervical + Fraqueza em MMII, dificuldade em marcha e esfíncters
Dor associado à febre ou perda de peso inexplicada;
Achados neurológicos;
História
Caracterizar a dor
DOR:
Identificar Início, duração, características, até que ponto ela limita a atividade e os sinais neurológicos;
Avaliação dos movimentos, sua amplitude e se há tensão cervical;
Presença ou não de torcicolo;
Geralmente a presença de torcicolos está associada ao espasmo protetor pós-traumático, infecções tonsilares ou doença no corpo vertebra
EXAME FÍSICO
Inspeção
Estática
• Assimetrias do pescoço (torcicolos ou malformações)
Geralmente a presença de torcicolos está associada ao espasmo protetor pós-traumático, infecções tonsilares ou doença no corpo vertebral.
• Em recém-nascidos
Observar a presença de tumoração no músculo esternocleidomastóideo (torcicolo congênito).
• Alterações no tegumento;
• Alterações na altura da implantação dos cabelos ou quaisquer outras características que possam indicar a presença de alguma malformação associada;
Não
• Presença de tumores
Tumor de pancost, por exemplo, em que se observa uma assimetria na fossa supraclavicular
• Presença de vesículas, descolorações ou cicatrizes.
• Deve ser iniciada pelas partes posterior e anterior da coluna cervical.
Dinâmica
• Paciente segura um abaixador de língua com a boca e realiza flexão e extensão, lateralização e rotação do segmento cervical, para a análise da amplitude dos seus movimentos.
• Na flexão, o paciente deve ser capaz e encostar o queixo no tórax;
• Na extensão deve-se observar um alinhamento da fronte e do nariz com o plano horizontal (arco normal de movimento na flexoextensão: 130°).
• Na rotação, o queixo deve estar alinhado com os ombros (Arco normal de movimento para cada lado na rotação lateral: 80°).
• Na inclinação lateral, solicita-se que o paciente encoste a orelha no ombro
• Deve-se solicitar ao paciente que tente fazer esse movimento sem a mobilização do ombro
• Deve-se observar o quanto o paciente abre a boca e se ele apresenta alguma alteração ao mastigar ou se sua mordida é diferente (cruzada).
Palpalção
• Deve-se palpar as saliências ósseas, da protuberância occipital até a apófise espinhosa de C7.
tubérculo
partes salientes do corpo humano que permitem aos ligamentos se fixarem aos ossos e fazem parte das articulações.
• Com o paciente sentado, deve-se palpar a musculatura do esternocleidomastóideo e das glândulas tireoide e salivares, em busca da presença de gânglios linfáticos.
• Deve-se realizar o teste de força do membro superior baseado na classificação da American Spinal Injury Association (ASIA), na qual se consideram
5 pontos para força normal
e
zero para paralisia total
− o valor
3 significa que o paciente venceu a ação da gravidade.
Classificação ASIA
0 − Paralisia total;
1 − Contração palpável ou visível;
2 − Movimento ativo quando não há interferência da gravidade;
3 − Movimento ativo vencendo a gravidade;
4 − Movimento ativo vencendo a gravidade e diminuição de força;
5 − Movimento ativo vencendo a gravidade e resistência muscular com plena mobilidade do membro examinado
Neurológico
C5 --> Flexores do cotovelo --> Bíceps --> Face lateral do braço
C6 --> Extensores do punho --> Braquiorradial --> 1º quirodáctilo
C7 --> Extensor do cotovelo --> Tríceps --> 3º quirodáctilo
C8 --> Flexor profundo do 3º quirodáctilo --> Não tem reflexo --> 5º quirodáctilo
T1 --> Adutor do 5º quirodáctilo --> Não tem reflexo --> Face medial do cotovelo
Nível --> Motor / Músculo --> Reflexos --> Sensibilidade
Testes especiais
Manobra de Spurling:
• Compressão da cabeça do paciente pelo examinador, que empurra para baixo com as duas mãos.
• Realizada com o pescoço em posição neutra, discreta flexão e discreta extensão.
• Positividade:
Ocorre aumento dos sintomas radiculares na extremidade.
• Condizente com:
Síndromes compressivas, como hérnia discal ou tumorações
Teste da distração:
• Paciente sentado e as mãos do examinador no queixo e na região posterior da cabeça do paciente
Realiza-se a distração da região cervical, a qual, ao abrir os forames neurais, pode aliviar a dor consequente à compressão radicular nesse nível.
Teste da extensão da raiz:
• Avalia a compressão radicular, é realizado passivamente.
• O paciente tem seu braço estendido, abduzido e externamente rodado, com o cotovelo e punho estendidos e, em seguida, a cabeça é inclinada para o lado oposto.
• Isso pode reproduzir dor radicular causada pela irritação da (s) raiz (es) nervosa (s).
Testes do alívio em abdução do ombro
• Potencialmente útil na avaliação clínica da radiculopatia cervical é o teste que produz alívio na abdução (teste de abdução do ombro).
• Em posição sentada, solicita-se que o paciente ativamente coloque a mão da extremidade afetada no topo do crânio.
• Melhora substancial ou alívio da dor no membro ipsilateral sugere compressão da raiz nervosa, geralmente na região de C5-C6.
Sinal de Lhermitte:
• Usado para o diagnóstico de irritação meníngea, sendo visualizado também na esclerose múltipla.
• Com o paciente na posição sentada, flete-se a cabeça de encontro ao tórax, podendo-se sensibilizar o teste com a flexão dos quadris.
• É positivo quando o paciente refere dor ou parestesias, podendo também se queixar de dor irradiada para as extremidades.
• Condizente com: patologias que levem à irritação meníngea e à contratura da musculatura paravertebral, como torcicolo, Osteoartrite, etc.
Teste de Adson
• Testa a permeabilidade da artéria subclávia que pode ser comprimida pela costela cervical ou contratura dos músculos escalenos anterior e médio.
• Palpando-se o pulso radial, deve-se abduzir e rodar externamente o membro superior do paciente.
• Em seguida, o paciente deve prender a respiração e mover a cabeça em direção ao membro examinado. .
Qualquer compressão da artéria será percebida, como diminuição ou mesmo desaparecimento do pulso
• Positividade:
Se houver discrepância entre os pulsos radial e carotídeo à palpação simultânea.
• Condizente com:
Obstrução da artéria carótida predominantemente por aterosclerose, tumores do ápice pulmonar, síndrome do músculo escaleno, sequelas de fraturas, tumores cervicais e presença de costela cervical.
Exames complementares
• Nos casos agudos, sem história de traumas e sem sinais de alerta (dor noturna, febre, alteração de sensibilidade e/ou força), não é necessário solicitar exames de imagem, podendo ser instituído tratamento imediato.
• Os exames de imagem são:
Radiografia simples: indispensável nos casos de trauma.
É obrigatória nos casos de deformidades para mensuração de curvas anormais.
Tomografia computadorizada (TC):
Visualiza melhor a parte óssea, sendo importante nos casos de trauma e tumores ósseos.
Auxilia a visualização da hérnia de disco duro (osteófitos foraminais e canal medular).
RNM
Padrão-ouro para avaliar hérnias discais cervicais (hérnia de disco mole);
Mielopatia cervical e hérnia de disco torácica tb;
É útil também para definir fraturas por osteoporose recentes por meio do hipersinal em T2 (em geral, há fraturas múltiplas, podendo coexistir fraturas recentes e antigas
Tem alta sensibilidade para tumores vertebrais e processos infecciosos.
Cintilografia óssea:
Exame de triagem para lesões tumorais, infecção e fraturas por osteoporose.
Eletroneuromiografia:
Diagnóstico de lesões compressivas de nervos periféricos.
Tratamento
Lombalgia
não farmacológico
Repouso (decúbito dorsal e joelhos fletidos)
Exercícios aeróbicos e de fortalecimento
da musculatura paravertebral
cirúrgico
Hérnia discal - indicado nos casos com déficit neurológico grave agudo
Síndrome da cauda equina, lombalgias infecciosas (espondiodiscites) - cirurgia indicada em caráter emergencial
farmacológico
deve ser centrado no controle sintomático da dor
Paracetamol
Dipirona
Antiinflamatórios não-hormonais (AINHs)
Relaxantes musculares
Cervicalgia
não farmacológico
Colar cervical
Exercícios isométricos
Condicionamento aeróbico
Exercícios resistidos
radiculopatia confirmada, apesar do tratamento conservador apresenta dor intensa ou
incapacitante, sem déficits neurológicos tratamento conservador, podem ser submetidos a injeções epidurais de glicocorticoide ao invés
de cirurgia
cirúrgico
raramente indicado no paciente com dor cervical
isolada
Pode ser realizado nos pacientes com:
dor intensa, refratária ao tratamento não operatório adequado por período superior a 12 semanas.
Pacientes com mielopatia compressiva devem ser submetidos à avaliação cirúrgica de urgência
radiculopatia indicação cirúrgica que tenham compressão da raiz do nervo comprovada por RM ou mielografia por TC com fraqueza motora progressiva
farmacológico
Analgésicos
Anti-inflamatórios
Relaxantes musculares
Opióides (codeína e tramadol)
Antidepressivos tricíclicos
podem ser utilizados para aliviar a dor
Fatores de Risco
CERVICALGIA
LOMBALGIA
Tabagismo, obesidade, idade avançada, postura, sexo feminino, trabalho físico extenuante, trabalho sedentário, além de fatores psicológicos como desordem de somatização, ansiedade e depressão
GRUPO 1
PROF: Marina
Alunos: Rebeca Hágatta, Fernanda Paula, Elza Armondes, Karlay Queiroz, Nara Azevedo, Imelda Pereira, Gabriela Moreira e Johnny Alencar.