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Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil - Coggle Diagram
Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil
ESTÃO RELACIONADAS A 63% DO TOTAL DE ÓBITOS OCORRIDOS NO MUNDO EM 2008
Grupos de doenças responsáveis pela maioria desses óbitos
cardiovasculares, câncer, doença respiratória crônica e diabetes
Em 2005 a Organização Mundial da Saúde (OMS) formulou estratégias preventivas para o enfrentamento das DCNT
Reunião de Alto Nível na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU)
A declaração desse encontro, ao afirmar que a carga das DCNT e seu impacto constituem um dos grandes desafios para o desenvolvimento no século XXI, reconheceu o papel e a responsabilidade primordial dos governos na resposta ao desafio
FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
OMS
propôs que o enfrentamento das DNCT enfocasse prioritariamente as quatro doenças ( cardiovasculares, câncer, doença respiratória crônica e diabetes)
Também elegeu como alvo seus quatro principais fatores de risco
Fumo
É responsável por 71% dos casos de câncer de pulmão, 42% dos casos de doença respiratória crônica e quase 10% dos casos de doenças cardiovasculares
Inatividade física
Aumenta em 20% a 30% o risco de mortalidade
Alimentação inadequada
o consumo excessivo de sal aumenta o risco de hipertensão e eventos cardiovasculares, e o alto consumo de carne vermelha, de carne altamente processada e de ácidos graxos trans está relacionado às doenças cardiovasculares e ao diabetes.
Por outro lado, o consumo regular de frutas e legumes diminui o risco de doenças cardiovasculares e de câncer gástrico e colorretal
Uso prejudicial de álcool
Estima-se que, entre os óbitos causados por álcool, mais de 50% sejam devido às DCNT, incluindo diversos tipos de câncer e cirrose hepática
Frisou o papel dos determinantes sociais na causalidade das DCNT e debateu, recentemente, estratégias preventivas que visam reduzir essas iniquidades sociais
No Brasil
Estudos recentes mostraram que a mortalidade atribuível às doenças cardiovasculares em indivíduos entre 45 e 64 anos em Porto Alegre era 163% mais alta nos moradores de bairros classificados no pior quartil socioeconômico do que a daqueles situados no melhor quartil.
Maiores taxas de mortalidade por doenças cerebrovasculares entre indivíduos que se autoclassificaram como pretos também foram descritas no País
QUADRO TEÓRICO PARA O ENFRENTAMENTO DAS DCNT
proposição de um plano de enfrentamento para as DCNT
Fundamenta-se em um quadro abrangente de suas causas e possibilidades preventivas, onde os principais fatores de risco centrais (fumo, inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool) e vários outros se inserem
Vertentes
Epidemiologia do curso de vida
São enfatizadas estratégias preventivas precoces que garantam, por exemplo, nutrição adequada durante a vida intrauterina, infância e adolescência para a prevenção futura de DCNT no adulto
Modelos causais centrados no estresse crônico e na carga alostática
Articulam mecanismos biológicos aos fatores agudos e crônicos externos aos indivíduos, genericamente referidos como estressores psicológicos, traumáticos, infecciosos ou metabólicos
Perspectiva ecossocial
Apresenta conceitos teóricos que explicam como as relações sociais, políticas e econômicas nas quais o indivíduo se insere também condicionam comportamentos relacionados à saúde
Teorias que consideram as redes sociais
Têm a hipótese de que comportamentos podem se difundir como se fossem agentes infecciosos
Center for Public Health Excellence do Reino Unido
Para embasar a formulação de diretrizes em saúde pública, desenvolveu um
quadro conceitual
para orientar seus métodos e processos
Esse quadro reconhece que os determinantes da saúde ultrapassam os mecanismos biológicos, gerando padrões da vida que refletem as iniquidades sociais e causam danos que se acumulam ao longo da vida.
De acordo com esse quadro conceitual, os determinantes de saúde e doença são agrupados em
quatro grandes vetores
que se sobrepõem e interagem na determinação da doença
Vetor de amplitude populacional (population wide vector)
Engloba causas que afetam a sociedade de forma coletiva, como condições econômicas gerais, direitos civis e legislação de proteção de saúde
vetor sociocultural (sociocultural society vector)
Contém fatores vinculados às circunstâncias sociais, econômicas e culturais, como classe ou posição social, raça/cor, gênero, religião e atitudes sociais
Vetor ambiental (environmental vector)
Envolve exposições biológicas, físicas e químicas, como tabaco, e germes e transmissores de doenças específicas
Vetor organizacional (organizational vector)
Envolve as condições físicas, psicológicas e sociais de organizações sociais (escolas, empresas, clubes), bem como a organização de cuidados do sistema de saúde.
Compreende-se que o papel do governo é de coordenação, articulando as intervenções sobre um ou mais vetores nos diferentes níveis - população, comunidade, organização, família ou indivíduo.
BRASIL
São também a principal causa de mortalidade. Em 2009, responderam por 72,4% do total de óbitos.
Grupo de doenças responsáveis por 80,7% dos óbitos por doenças crônicas
doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes
A RESPOSTA DO BRASIL AO DESAFIO DAS DCNT: AVANÇOS, PROPOSIÇÕES, LACUNAS E DESAFIOS
Taxas de mortalidade no Brasil
Considerando o envelhecimento populacional, os dados mostram diminuição de 31% entre 1991 e 2010, o que corresponde a uma redução anual um pouco menor do que 2%
A mortalidade padronizada por doenças cardiovasculares diminuiu 46%
Taxa de mortalidade por doenças respiratórias diminuiu 26%
Em relação ao câncer e diabetes, as taxas padronizadas pouco se alteraram no período
Avanços: Políticas Acertadas
A criação do
Sistema Único de Saúde (SUS)
e sua continuada e crescente estruturação
Viabilizaram maior acesso e forte controle social, o que permitiu a formulação de múltiplas políticas públicas para o enfrentamento das DCNT
O SUS dispõe hoje de capacidade técnica para analisar a situação das DCNT, interpretar suas tendências, planejar e implantar ações para seu enfrentamento
Políticas públicas implementadas nas últimas décadas que contribuiram para reduções nas taxas de mortalidade por DCNT
Combate ao fumo
Lançou mão principalmente de ações legislativas (proibição de fumo em ambientes fechados) e de impostos (aumento considerável no preço do cigarro). Assim, entre 1989 e 2009 a prevalência de tabagismo diminuiu de 35% para 17%, havendo quedas marcantes na mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas
Ampliação do acesso aos cuidados qualificados de atenção primária à saúde (APS)
A maior atuação das equipes de APS associou-se com quedas acentuadas e níveis mais baixos de internações, incluindo as decorrentes de doenças crônicas. É um pilar central no enfrentamento das DCNT.
Proposições: Plano de Enfrentamento
Foi lançado o
plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil 2011-2022
,
Atua sobre três eixos fundamentais: Vigilância, Informação e Monitoramento; Promoção da Saúde; e Cuidado Integral.
O plano valoriza ações populacionais de Promoção à Saúde e reduz a incidência das DCNT
Lacunas e Desafios no Controle das DCNT
Indicadores desfavoráveis e relação aos fatores de risco
Sedentarismo no lazer
Consumo abusivo de bebidas alcoólicas
Aumento nas taxas de prevalência de hipertensão e de diabetes
Epidemia de obesidade
Se constitui hoje num dos principais desafios para o enfrentamento das DCNT
Plano de Enfrentamento brasileiro para controle das DCNT
A nível nacional
preparar e apresentar ações legislativas em relação a bebidas alcoólicas e alimentos;
expandir e gerenciar ações de vigilância de doenças e fatores de risco
A nível local
Gerenciar intervenções clínicas mais complexas, dentro da visão do modelo de atenção às condições crônicas, por exemplo, o rastreamento da retinopatia diabética e os cuidados a portadores de pé diabético
criar e manter infraestrutura de apoio clínico como prontuários eletrônicos nas redes de atenção aos portadores de doenças crônicas.
NECESSIDADES DE PESQUISA E GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
Grande parte do conhecimento científico produzido sobre as DCNT é proveniente de países do hemisfério norte, especialmente dos Estados Unidos e da Inglaterra
Em 2005 os Ministérios de Saúde e de Ciência e Tecnologia viabilizaram o
Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Esse estudo permitirá o acompanhamento longitudinal de uma população, na perspectiva social, será possível investigar quanto e como as desigualdades sociais e as redes sociais estão implicadas na determinação das DCNT