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CRIPTORQUIDIA, ALUNOS: Gabryella Naves, Ana Carolina Porcaro, Maria…
CRIPTORQUIDIA
DEFINIÇÃO
- A Criptorquidia, distopia ou ectopia testicular, é a ausência do testículo unilateral ou bilateral na bolsa escrotal ao nascimento (mas seu diagnóstico pode ser tardio).
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FATORES DE RISCO
- Desordem de desenvolvimento sexual;
- Distúrbios hormonais;
- Prematuridade;
- Peso ao nascer inferior a 2,5 kg;
- Defeitos de parede abdominal;
- Defeitos de tubo neural;
- História prévia de herniorrafia inguinal;
- Síndromes genéticas;
- História familiar de criptorquidia.
FISIOPATOLOGIA
A criptorquidia ocorre devido à falha de migração do testículo do abdome para a bolsa escrotal ou complicação cirúrgica.
Consiste na anomalia congênita isolada mais frequente ao nascer, afeta 2 a 5% dos neonatos do sexo masculino a termo e aproximadamente 30% dos prematuros.
O testículo não descido permanece no canal inguinal, na cavidade abdominal ou retroperitônio.
Um testículo ectópico desce normalmente em direção ao anel externo, mas desvia-se para uma localização anormal e permanece fora do curso normal.
A maioria dos testículos criptorquídicos desce espontaneamente para a bolsa escrotal nos primeiros 3 meses de idade. Essa descida testicular espontânea geralmente ocorre por um pico de testosterona no 2° mês de vida.
A criptorquidia pode ser congênita ou secundária à complicação cirúrgica, principalmente de herniorrafia inguinal.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- 80% dos casos: o escroto no lado afetado está vazio ao nascimento
- demais casos: um testículo é palpável no escroto ao nascimento, mas parece ascender com o crescimento linear por causa de uma ligação do gubernáculo ectópico que impede que o testículo “desça" normalmente para o escroto.
- presença do testículo ao longo do trajeto do canal inguinal na virilha.
COMPLICAÇÕES
- Testículos não descidos podem causar infertilidade e são associados ao carcinoma testicular, principalmente se localizados na cavidade intra-abdomina.
- Em pacientes com apenas um testículo não descido, cerca de 10% dos carcinomas se desenvolvem no testículo do lado normal. Nos casos não tratados de testículos intra-abdominais, pode ocorrer torção testicular que se manifesta como abdome agudo.
- Quase todos os que apresentam, ao nascimento, testículo não descido também exibem hérnia inguinal.
DIAGNÓSTICO
- Exame testicular (palpação): Requer as duas mãos. Com elas lubrificadas, uma mão é colocada perto da espinha ilíaca ântero-superior e a outra no escroto. As pontas dos dedos da primeira mão são varridas da espinha ilíaca anterior ao longo do canal inguinal para expressar suavemente qualquer tecido testicular retido no escroto. Um testículo inguinal ectópico ou não descido verdadeiro pode deslizar ou "estalar" sob os dedos do examinador durante essa manobra.
Exames de imagem não é rotineiramente usado pios carecem de sensibilidade e especificidade para alterar a necessidade de uma cirurgia exploratória
Recém- nascido: Deve-se pensar em diagnósticos diferenciais e realizar avaliações diagnósticas adicionais (cariótipo, USG pélvico, hormônios adrenais, LH, FSH, testosterona, MIS)
Criança mais velha: Deve- se pensar em diagnósticos diferenciais e geralmente usa-se cirurgia exploratória para diagnóstico definitivo
TRATAMENTO
A correção cirúrgica do criptorquidismo é a opção de escolha. Porém deve-se esperar até os seis meses de idade, pois há uma chance da descida espontânea do testículo para a bolsa testicular, sem ser realizado nenhum tipo de tratamento.
A cirurgia tem como objetivo, a otimização da função testicular, reduzir e/ou facilitar o diagnóstico de tumores (câncer) testiculares, promover benefícios cosméticos e evitar complicações como hérnias e torções testiculares.
Para testículos palpáveis, a cirurgia consiste no adequado posicionamento do testículo na bolsa testicular, podendo ser feita tanto por via inguinal quanto por via escrotal, dependendo do posicionamento do testículo criptorquídico.
Nos casos de testículos não palpáveis, é preferível a via abdominal por videolaparoscopia, para a correção dessa doença.
ALUNOS: Gabryella Naves, Ana Carolina Porcaro, Maria Isadora Lico, Vitória Zonato, Jerônimo, Lucas Oliveira, Gustavo Mesquita e Alice Pontes.