Tolkien: “O consolo dos contos de fadas, a alegria do final feliz, ou mais corretamente da eucatástrofe (boa catástrofe), da repentina ‘virada’ jubilosa, essa alegria, que é uma das coisas que as histórias de fadas conseguem produzir supremamente bem, não é essencialmente ‘escapista’ nem ‘fugitiva’. Em seu ambiente de conto de fadas, ela é uma graça repentina e milagrosa. Ela não nega a existência da discatástrofe, do pesar e do fracasso: a possibilidade destes é necessária à alegria da libertação. Ela nega (em face de muitas evidências, por assim dizer) a derrota final universal, e nessa medida é euangelium, dando um vislumbre fugaz da Alegria, Alegria além das muralhas do mundo.”
Ele mostra nessa passagem a diferença entre a vida trágica (estabelecida sob visão de que a história ela termina de forma trágica, sem sentido e cíclica) e redentiva ( se aproxima dos contos de fada, elemento trágico no meio,m não determina nem o começo e nem o fim da história, algo bom pode se perder mas existe uma maneira de se redimir)