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Doenças do sistema cardiovascular em pequenos animais :<3:
Doença cardíaca X insuficiência cardíaca
Doença cardíaca:
Alterações, agudas ou crônicas que afetam um ou mais componentes do coração.
Insuficiência cardíaca:
Quando os animais que possuem alguma doença cardíaca começam a apresentar sinais clínicos como, edema pulmonar, ascite, congestão...
Sinais clínicos de insuficiência
:
Cansaço fácil.
Síncope;
Pulso fraco e extremidades frias.
Tosse/ cianose.
Dispnéia expiratória ou mista.
Efusão abdominal.
Edema de membros
"Nem todo doente cardíaco tem insuficiência cardíaca, mas todo insuficiente tem doença cardíaca".
Alterações valvulares
Endocardiose
Processo degenerativo valvar na tricúspide e/ou mitral, com origem desconhecida e que pode levar a insuficiência valvar e um processo de ICC, principalmente em cães acima de 10 anos.
Tem maior ocorrência na válvula mitral (60%), seguido de degenração em ambas as válvulas (30%) e apenas na tricúspide (10%).
Animais de pequeno e médio porte com idade avançada (acima de 12 anos) são mais predispostos.
Classificação da lesão valvar
Classe I: pequenos nódulos na porção final da válvula evoluindo para a porção livre.
Classe II: espessamento da porção livre da válvula.
Classe III: nódulos grandes, com espessamento total da válvula e possível ruptura das cordas tendíneas
Sinais clínicos
Gerais:
Intolerância ao exercício, caquexia, sonolência, síncope.
Esquerda:
Tosse e dispnéia.
Direita:
Ascite, edema de membros e efusão pleural.
Diagnóstico
Graduação de 1-6 do sopro cardíaco:
1: muito suave, audível apenas em ambientes silenciosos.
2: suave, facilmente audível.
3: intensidade moderada.
4: alto mas não acompanha frêmito.
5: alto e com frêmito palpável.
6: audível mesmo com estetoscópio afastado, com frêmito.
Exame radiográfico:
Aumento da relação AE/VE.
Cardiomegalia.
Deslocamento dorsal da traqueia.
Edema intersticial e alveolar.
Efusão pleural e ascite
Exame ecocardiográfico:
Espessamento dos folhetos valvares.
AE e VE aumentados.
Fração de encurtamento diminuída.
Ruptura das cordas tendíneas.
Derrame pericárdico por ruptura atrial.
Estadiamento:
A: Animais não tem a doença mas são predispostos (Cavalier King Charles Spaniel)
B1: animais assintomáticos, sem alterações em RX ou ecocardiograma.
-B2: animais assintomáticos, com alterações em ECO e RX
C: animais sintomáticos e responsivos a terapia padrão.
D: animais sintomáticos e refratários a terapia padrão.
Tratamento
Estágio A e B1:
Auscultação anual.
Não é recomendado intervenções
Estágio B2:
Inibidores de ECA (vasodilatação periférica).
Enalapril®- 0,5 mg/kg/ BID
Benazepril- 0,25 a 0,5 mg/kg/ SID.
-Restrição de sódio na dieta.
Estágio C:
Inibidores de ECA.
Diurético (até que melhore os sinais de edema pulmonar).
Furasemida- 2 a 4 mg/kg/ BID ou TID
Inodilatador- Pimobendan® (0,3 mg/kg/ BID)
Oxigenioterapia.
Antitussígenos se necessário- Butorfanol (0,2 mg/kg/ BID)
Broncodilatadores- Aminofilina (1,5 a 10 mg/kg/ SID).
Restrição de sódio.
Estágio D:
Furasemida® injetável (4-6 mg/kg a cada 2 ou 6h- IV ou IM)
Potencializador de diurese- Aldactone® (2-4 mg/kg/ SID
Vasodilatadores arteriolares- Amlodipina (0,2 mg/kg/ BID ou SID) ou Hidralazina (0,5 mg/kg/ BID ou SID.
Ou nitrovasodilatadores- adesivo de nitroglicerina 2%.
Sildenafil- Viagra® (1 a 3 mg/kg/ BID ou TID.
Digitálicos- Digoxina
Observações:
Monitorar função renal com o uso da Furasemida.
Utilizar vasodilatadores ou nitrovasodilatadores apenas com acompanhamento da pressão arterial
Apenas para melhorar qualidade de vida!
Endocardite
Sinais clínicos:
Letargia, febre, anorexia, perda de peso, sinais de IC, sopro de aparecimento súbito (mitral e aórtico)
Diagnóstico:
Hemocultura.
Ecocardiograma (vegetações valvulares)
Tratamento:
Antibioticoterapia segundoresultado da hemocultura
Enquanto o resultado não sai: Penicilina + gentamicina.
-Tratamento das complicações.
Foco infeccioso, principalmente em doenças periodontais :arrow_right: êmbolo bacteriano cai na corrente sanguínea e pode parar nas válvulas cardíacas
Alterações do miocárdio
Cardiomiopatia dilatada
:dog:
Doença do miocárdio, caracterizada pela dilatação das câmaras cardíacas, diminuição da contratilidade cardíaca e sinais de ICC.
Acomete principalmente :dog: entre 4 e 10 anos de raças grandes e gigantes.
Maior incidência em machos.
Etiologia desconhecida mas algumas raças como Boxer, Doberman... são predispostas a doença.
Deficiência de L-carnitina.
Hipotireoidismo- sempre investigar se essa não é a causa de base.
Fisiopatogenia:
Dilatação das câmaras cardíacas (principalmente VE) levando a um afinamento das paredes do coração.
Redução na contratilidade e fraqueza das paredes cardíacas
Ativação dos mecanismos compensatórios
Quando esses mecanismos não dão mais conta :arrow_right: redução no débito cardíaco :arrow_right: ICC
O primeiro mecanismo a ser ativado em caso de redução de débito cardíaco é o aumento da FC!
1 more item...
Diagnóstico
Exame radiográfico:
Cardiomegalia.
Congestão das veias pulmonares.
Edema pulmonar intersticial e alveolar.
Sinais de ICCD, como efusão pleural e pericárdica hepatoesplenomegalia, ascite...
Ecocardiograma:
Dilatação das câmaras.
Paredes do AE e VE delgadas e pouco contráteis.
Fração de encurtamento reduzida.
Insuficiência valvar (Doppler)
Eletrocardiograma e Holter:
Arritmias.
VPC.
Taquicardia ventricular.
Fibrilação ventricular.
Sinais clínicos
Fraqueza.
Intolerância ao exercício.
Síncopes :arrow_right: pela arritmia.
Dispneia, tosse e crepitação pulmonar :arrow_right: edema.
TPC :arrow_up:
Hepato e esplenomegalia.
Mucosas páidas.
Pulso arterial fraco e irregular.
Pulso jugular :check:
Taquiarritmias
Tratamento
Sem ICC mas com dilatação do ventrículo esquerdo
Inibidores da ECA.
Pimobendam + Digoxina (efeito antiarrítmico)
Dieta + :arrow_double_down: Na
ICCE discreta + edema pulmonar
Inibidores da ECA.
Pimobendam + Digoxina.
Furasemida (1-2 mg/kg, BID)
Dieta + :arrow_double_down: Na
Repouso.
ICCE moderada + edema pulmonar
Inibidores da ECA.
Pimobendam + Digoxina.
-Furasemida (2-4 mg/kg, BID)
Espironolactona
Dieta + :arrow_double_down: Na
Repouso.
Oxigenioterapia.
Nitroglicerina.
ICCE grave + edema pulmonar
Inibidores da ECA.
Pimobendam + Digoxina.
Furasemida (4 mg/kg, SID).
Espironolactona.
Dobutamina.
Dieta + :arrow_double_down: Na.
Repouso.
Oxigenioterapia.
Nitroglicerina.
Se necessário fazer drenagem das efusões.
Observações:
Dobutamina é um inotrópico + (infusão contínua) :arrow_right: 5 a 10 ug/kg/minuto, IV.
Outros antiarríticos:
Diltiazem (bloqueadores de Ca)- 0,5 mg/kg, TID até 1,5 mg/kg, TID
Atenolol (bloqueadores beta adrenérgicos)- 6,25 a 12,5 mg/
cão
BID ou SID, VO.
Propanolol- 0,2 mg/kg, TID, VO, até 0,6 mg/kg.
Prognóstico:
Reservado a desfavorável em qualquer um dos estágios.
Sobrevida com o tratamento de apenas 1 a 2 anos.
Cardiomiopatia hipertrófica
:cat:
Espessamento da parede ventricular e septal esquerda- "de fora para dentro"
Primária ou secundária:
Primária- idiopática.
Secundária a hipertireoidismo.
Fisiopatogenia
Hipertrofia concêntrica do VE- Lúmen reduzido
Resistência ao enchimento do VE, regurgitação do sangue e dilatação do AE.
Insuficiência cardíaca congestiva!! :skull_and_crossbones:
Sinais clínicos
Taquipneia, dispneia, tosse, crepitação pulmonar.
Anorexia.
Letargia.
Sopro (mitral).
Arritmia.
-Efusão pleural.
Tromboembolismo arterial.
Síncope e morte súbita :skull_and_crossbones:
Tratamento
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Podem estar ausentes no início da doença!
Diagnóstico
Radiografia:
Aumento de VE e AE.
Edema pulmonar intersticial ou alveolar.
Efusão pleural (quando afeta os 2 ventrículos)
Ecocardiograma:
Espessamento do VE.
Dilatação do AE.
Cavidade ventricular dilatada.
Eletrocardiograma:
Taquiarritmias.
Cardiomiopatia tireotóxica:
Gatos idosos com perda de peso.
Dosagem de T4 total.
Pressão arterial aumentada