Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
TRANSTORNO DE HUMOR - BIPOLARIDADE - Coggle Diagram
TRANSTORNO DE HUMOR - BIPOLARIDADE
Quadro clínico
Transtorno bipolar tipo II
episódios depressivos leves a graves
intercalados com períodos de
normalidade e seguidos de fases hipomaníacas
O paciente não apresenta episódios maníacos.
Transtorno bipolar tipo I
episódios depressivos
leves a graves
intercalados com fases de normalidade e fases maníacas bem caracteriza
Transtorno bipolar de ciclagem rápida
episódios maníacos e depressivos alternados
separados por intervalos de 48-72 horas.
Síndromes depressivas
humor entristecido
Sintomas afetivos
Alterações físicas
Distúrbios do pensamento
Alterações da autovaloração:
Alterações da psicomotricidade e volição
Alterações cognitivas
Sintomas psicóticos
Síndromes maníacas
A euforia, ou alegria patológica
Aumento da autoestima
Intensa satisfação pessoal e bem-estar exagerado
Elação
Sintomas vegetativos
Logorreia
Pressão para falar
Distraibilidade
Irritabilidade e arrogância
Agitação psicomotora e heteroagressividade
Desinibição social e sexual, levando o paciente a comportamentos inadequados
Hipersensualidade e promiscuidade
Tendência exagerada a gastos excessivos,
descontrole dos impulsos
Delírios de grandeza ou de poder, que podem
estar associados a alucinações auditivas
Diagnóstico Diferencial
Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos
Estes transtornos são caracterizados por períodos prolongados de sintomas psicóticos que ocorrem na ausência de sintomas acentuados de humor
No TB, quando ocorre psicose nos episódios de alteração de humor, geralmente há remissão dos sintomas psicóticos em até duas semanas com normalização do humor
Transtornos ansiosos
Realizar história clínica cuidadosa para diferenciar ruminações ansiosas de pensamentos acelerados e esforços para minimizar sentimentos de ansiedade de comportamento impulsivo
Distinguir a natureza episódica dos sintomas descritos que ocorre no TB da permanência dos sintomas no TEPT
Transtorno de personalidade borderline
desregulação emocional presente em ambas as condições
Instabilidade e impulsividade do humor não são parâmetros precisos para diferenciar as duas condições
Comportamento automultilante, instabilidade nas relações interpessoais, esforços frenéticos para evitar o abandono, sentimentos crônicos de vazio e história de abuso sexual são mais sugestivos de TPB
Episódios maníacos são preditores poderosos de TB, além de uma história familiar positiva de TB
Transtorno disfórico pré-menstrual
Nesse transtorno as mudanças de humor que acompanham os sintomas físicos são mais intensas e debilitantes, comprometendo seriamente os relacionamentos, o trabalho e a qualidade de vida de forma geral.
Definição
É um transtorno de humor no qual o indivíduo apresenta oscilações entre pontos altos de temperamento (mania) e baixos (depressão)
A oscilação do humor ocorre em todos e é considerada normal. Porém, quando acontece de forma exagerada intensa e duradoura de forma a causar prejuízo, é considerada patológica
Epidemiologia
Transtorno Bipolar 1 é de 18 anos e do transtorno bipolar 2 de 20 anps
Está associado a altos índices de mortalidade e prejuízos socieconômicos
As manifestações iniciam-se normalmente no final da adolescência e início da vida adulta, com idade média de início de 25 anos
O TB tipo 1 (mania e depressão) acomete igualmente homens e mulheres, ao passo que o TB tipo 2 (hipomania e depressão) predomina no sexo feminino
Fases maníacas e hipomaníacas durante a vida prevalecem no sexo masculino
É um condição psiquiátrica crônica que acomete cerca de 1-2% da população
Diagnóstico
TB e transtorno relacionado induzido por substância/medicamento
Presença de episódio maníaco induzido por substância ou medicamento
TB e transtorno relacionado decorrente de outra condição médica
Presença de episódio maníaco induzido por outra
condição médica
Transtorno ciclotímico
Ao menos dois anos de períodos com sintomas
hipomaníacos e depressivos, na ausência de
episódios.
Outro TB e transtorno relacionado especificado
episódios maníacos de curta duração (2-3 dias) e episódios depressivos
episódios hipomaníacos com sintomas insuficientes e episódios depressivos
3.episódios hipomaníacos sem episódio depressivo maior anterior
ciclotimia de curta duração
TB tipo II
Presença de ao menos um episódio hipomaníaco e ao menos um episódio depressivo maior.
TB tipo I
Presença de ao menos um episódio maníaco
Critérios diagnósticos para episódio maníaco e hipomaníaco
A.
Episódio maníaco
período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e energia e atividade dirigida a objetivos persistentemente aumentadas durando pelo menos uma semana
Episódio hipomaníaco
período distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável e energia e atividade persistentemente aumentadas durando todo o tempo ao longo de pelo menos 4 dias consecutivos
B
Durante o período de perturbação do humor, 3 ou mais dos seguintes sintomas persistiram (4 se o humor é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau significativo
Necessidade de sono diminuída (p.ex., sente-se repousado depois de apenas 3 horas de sono)
Mais loquaz que o habitual ou pressão por falar
Autoestima inflada ou grandiosidade
fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão correndo
Distratibilidade
Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora
Envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial para consequencias dolorosas
C
Episódio maníaco: prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional, hospitalizações ou aspectos psicóticos
O episódio está associado a uma inequívoca alteração no funcionamento, que não é característica da pessoa quando assintomática
D
E
F
os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância
na hipomania o episódio não é suficientemente grave para causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou ocupacional, ou para exigir a hospitalização
Episódio maníaco: os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância
Episódio hipomaníaco: a perturbação do humor e a mudança são observáveis por outros
TRATAMENTO
O tratamento de TB é individualizado de acordo com as características que o paciente apresenta, como a polaridade.
O tratamento é dividido em fase aguda (para tratar as exacerbações) e fase de manutenção (quando o paciente se encontra assintomático.
É muito importante que o paciente tome as medicações mesmo quando assintomático para prevenir novos episódios, pois TB é uma doença crônica com alto índice de recorrência das exacerbações.
Assim, o tratamento objetiva abolir os sintomas de fase aguda, previnir exacerbações e evitar recorrências.
As principais drogas utilizadas são:
Estabilizadores de humor:
Tem um grande número de estudos que evidenciam a efetividade no tratamento de TB.
Representam essa classe o lítio, o valproato, a lamotrigina e carbamazepina.
Os principais efeitos colaterais dessa classe incluem tremores involuntários, hipotireoidismo
e polidipsia.
Antipsicóticos atípicos
:
São efetivos principalmente em episódios de mania.
São eles quetiapina, aripiprazol e risperidona.
Os principais efeitos colaterais são ganho de peso, dislipidemia e alterações gastrointestinais.
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS):
Apesar de serem contraindicados para TB 1, podem ser utilizados para tratamento da depressão na TB 2 ou se o paciente tiver um transtorno de
ansiedade como comorbidade.
Deve estar associado a um antipsicótico atípico.
Os principais efeitos colaterais de ISRS são alterações gastrointestinais, fadiga e ansiedade.
Etiologia
A causa exata é desconhecidamno entanto alguns fatores se evidenciaram como causadores, estando eles geralmente associados a
Géneticos
Biológicos
Psicossociais
Fisiopatologia
Neurobiologia - Neuroanatomia e neuroimagem
Redução do volume de substância cinzenta, alterações da integridade de fascículos axonais, aumento de neurotransmissores como glutamato, diminuição de espinhos dendríticos e diminuição de neurônios e células da glia.
Disfunções paralelas em circuitos corticais, límbicos e estriatais, incluindo os pré-frontais, principalmente ventrolaterais, juntamente com hipocampo e amígdala, implicados no processamento e regulação das emoções.
. Paralelamente, há alterações do circuito ventricular estriatal¬ventrolateral e orbitofrontal cortical, envolvidos no processamento de recompensa, resultando em labilidade emocional, desregulação emocional e maior sensibilidade à recompensa.
Diminuição do volume de substância cinzenta nos córtices pré¬-frontal e temporal, na amígdala e no hipocampo e a disfunção nos tratos de substância branca que conectam as regiões pré-frontal e subcortical.
Neuroquímica - Neurotransmissores e alterações endócrinas
Alterações nos sistemas de neurotransmissão gabaérgico, glutamatérgico e de neuropeptídeos
A disfunção progressiva do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal ao longo do curso da doença é um mecanismo putativo que pode estar subjacente à deterioração clínica e cognitiva de pacientes com TB.
Marcadores periféricos – neurotrofinas e fatores inflamatórios
. Há uma relação bidirecional entre as citocinas e o eixo hipotálamo¬hipófise¬adrenal, a hiperatividade do eixo é um importante estímulo para a inflamação.
Níveis elevados de cortisol e ACTH e hiperatividade do eixo hipotálamo¬hipófise¬adrenal estão presentes na depressão e no TB.
Níveis aumentados de PCR podem ser encontrados em todas as fases do TB, em especial durante a mania. O aumento de PCR também pode estar associado com comprometimento cognitivo no TB.
As neurotrofinas também podem estar envolvidas na perda neuronal e no déficit cognitivo. Níveis séricos de BDNF diminuem à medida em que aumenta a gravidade do episódio depressivo ou maníaco, e normalizam à medida que o paciente retorna à eutimia.
(1) transtornos depressivos
(2) transtornos bipolares
Mania e hipomania
transtorno bipolar caracteriza-se por episódios de oscilação imprevisíveis no humor de mania (ou hipomania) para depressão.
(3) depressão associada a enfermidade clínica ou abuso de álcool ou substâncias
consumo pesado de álcool e abstinência subsequente.
Soma transtornos de ansiedade/psicóticos induzidos pelo álcool.
A depressão maior é definida como humor deprimido diário que perdure por um período mínimo de 2 semanas