Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
CONTRIBUIÇÃO DE VYGOTSKY AO CONCEITO DE IDENTIDADE: UMA LEITURA DA…
CONTRIBUIÇÃO DE VYGOTSKY AO CONCEITO DE IDENTIDADE: UMA LEITURA
DA AUTOBIOGRAFIA DE ESMERALDA
Berger e Luckmann
Identidade como uma dialética entre: identificação atribuída a nos pelos outros e a auto identificação
"entre a identidade objetivamente atribuída e a identidade subjetivamente apropriada"
Identidade
Dialética entre a identificação
atribuída a nós pelos outros e a auto identificação,
Indivíduo e sociedade
Cimpa
Refere-se ao processo de interiorização como elemento imprescindível para a constituição de identidade
Tem concepções semelhantes a Berger e Luckmann mas determinou modos de produção da identidade
Pressuposição
“Sempre há a pressuposição de uma
identidade; sempre uma identidade é pressuposta” (CIAMPA, 1990)
A ocorrência de uma predicação atribuída ao indivíduo pelo "outro"
identidade dada, atribuída, pressuposta
Posição
Incorporada pelo indivíduo
Assume uma posição em relação ao seu grupo e o seu mundo
Reposição
Uma vez pressuposta e
posta, a identidade é “re-posta” constantemente pelo indivíduo em suas relações sociais
“é pressuposta como dada permanentemente e não como reposição de uma identidade que
uma vez foi posta” (CIAMPA, 1994)
“Evidentemente, não se trata aqui de metamorfose como processo natural (como a da borboleta), mas de processo não se trata aqui de metamorfose como processo natural (como a da borboleta), mas de processo"
Vygotsky
Lei da dupla formação
Esmeralda
Foi moradora de rua, dependente química, assaltante. Tornou-se uma mulher em processo de emancipação pessoal e escreveu um livro contando sua história pessoal
Fatos sobre sua infância: sua mãe era dependente alcoólica, apanhava da mesma, morte da sua irmã após estupro, estupro pelo padrasto e tio, condições de miséria e desumanas no "barraco"
O autor comenta perceber nas falas de esmeralda como os acontecimentos da sua vida foram formando sua identidade pessoal
Fugiu de casa a procura de uma vida diferente aos 8 anos
Aos 10 anos passou pelo FEBEM. A própria mulhar comenta, na época, ser uma menina "bobinha", apenas a procura de curtir sua liberdade
“Ali a gente não estudava, não fazia nada o dia inteiro. Eu ia já projetando o meu mundinho, o que eu ia fazer quando saísse da FEBEM. Eu ia
roubar, eu estava com raiva da vida, com raiva de tudo”
"Tal instituição, legitimada socialmente para promover o “bem-estar do menor”, acaba por
inserir Esmeralda em grupos de delinqüentes e drogaditos"
Esmeralda nota a necessidade de se sentir pertencente a um grupo, então começa a andar com algumas meninas e cheirar cola. Diz ter usado droga por ser respeitada e não sofrer ofensivas
Depois das vezes que fui estuprada, comecei a andar com a Ivone. Com ela eu aprendi a roubar Eu ficava com ela porque era temida por todos. E me protegia [...] a gente roubava muito [...]
Andando com ela, todo mundo me respeitava, ninguém mais batia em mim
Sob a influencia de amigos de rua, começou usar crack e tornou-se dependente química, a partir disso, os furtos se intensificaram com a necessidade do uso das drogas
“Então eu vivia prá usar. E prá isso eu precisava roubar [...] Eu vivia prá
usar e usava prá viver, e assim eu mergulhava na monotonia”
Se cansou dessa monotonia e após meses resistindo as drogas passa a frequentar “Fundação Projeto Travessia”
Passa a almejar a reinserção social,
projetando-se em um futuro; passa a dar novos significados a seu passado
Com ajuda de educadores do local, esmeralda passa a alugar um quarto de pensão e inicia uma nova vida fora das ruas