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Capítulo 27: Terapia comunitária integrativa e saúde mental: princípios…
Capítulo 27: Terapia comunitária integrativa e saúde mental: princípios que se entrelaçam.
Implantação da Terapia Comunitária na atenção á saúde mental surge com uma discussão sobre a multicausalidade, tanto na saúde como nos fatores de superação do sofrimento e dos transtornos psiquiátricos.
A prática de promoção de saúde acontece fundamentalmente com o investimento nos pilares centrais do indivíduo e da sociedade: educação, autocuidado, respeito às diferenças e soluções coletivas, levando em conta os determinantes sociais da saúde
Segundo a OMS, A qualidade de vida e a saúde de uma pessoa são afetadas por todas as referidas condições, pois estas, se não estiverem harmonizadas com a homeostase biodinâmica saudável, podem levar ao surgimento de enfermidades físicas e psíquicas, especialmente nas populações de baixa renda
Seguindo um modelo - multicausal de saúde, Kalonde (1974) considera que a expressão “promoção da saúde” corresponde a um conjunto harmonioso de melhorias ambientais (meio ambiente físico e social), comportamentos individuais e estilos de vida (condições socioeconômicas e ambientais).
Importância de fomentar no indivíduo a capacidade de empoderamento pessoal e não favorecer o assistencialismo, pois impede a auto transformação duradoura.
Substituir as s práticas assistencialistas cerceadoras da autonomia por um modelo participativo de saúde, inclusive de saúde mental, com o desenvolvimento comunitário e social da população
A proposta da Terapia Comunitária Integrativa é de ofertar um espaço de fala, escuta e vínculo, onde todos possam se expressar e aprender uns com os outros, promovendo a potencialização mútua do processo resiliente, que rompe o limite do individualismo para se expandir no processo de resiliência comunitária.
Em uma roda de CTI as partilhas ocorrem de forma horizontal e circular, pois o que é valorizado não é a diferença de status socioeconômico ou formação universitária, mas a riqueza das experiências de vida
TCI caracteriza-se pela realização de um trabalho de promoção da saúde mental e pela reflexão do sofrimento psíquico como oportunidade de crescimento e aprendizado.
Para o seu criador, a TCI objetiva principalmente proporcionar um espaço para a expressão do sofrimento e das situações de crise.
Os fundamentos teóricos que sustentam a TCI, segundo Barreto (2008):
O pensamento sistêmico: entende-se que a totatlidade é mais do que a soma simples de suas partes.
A Teoria da Comunicação: todo comportamento é uma forma de se comunicar.
A Pedagogia de Paulo Freire: a proposta filosófica de um chamado coletivo a todos os membros da raça humana para criar a recriar, fazer e refazer através da ação e da reflexão
A Antropologia Cultural: Ressalta que valores e as crenças são fatores importantes na formação da indentidade do indivíduo e do grupo.
Processo de resiliência: A TCI considera o processo resiliente como o objetivo filosófico do encontro e das trocas feitas na Roda.
A roda de TCI tem uma sequência precisa e harmônica compreendida pelas seguintes etapas:
1) Acolhimento:
A formação de um círculo para realizar a Terapia é importante, porque simboliza a horizontalidade das relações e do poder, marcando que todos podem expressar livremente suas dificuldades e escutar com carinho as experiências dos demais.
2) Escolha do tema
: o grupo está aberto para que as pessoas expressem seus problemas, sofrimentos ou angústias.
3) Contextualização:
O terapeuta organiza mentalmente a construção do mote para repassá-lo para todo o grupo
4) Identificação do monte:
Mote é a pergunta problema que vai mobilizar os participantes para falarem de suas experiências, colocando no centro do grupo as várias alternativas de solução
5) Partilha de experiência / problematização:
Cada um que escuta descobre suas competências e sua capacidade de resiliência diante das adversidades já enfrentadas.
6) Encerramento:
É um momento delicado e especial, pois cada um tem a oportunidade de dizer o que aprendeu, de perceber seu processo resiliente e de ver que tem algo a contribuir
7) Avalição:
Avaliação final dos terapeutas
Isabella Flores e Naiane Guimarães