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ESQUITOSSOMOSE - Coggle Diagram
ESQUITOSSOMOSE
PATOLOGIA
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Tratamento
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A dermatite cercariana deve ser tratada com anti-histamínicos locais e corticosteroides tópicos, associados à terapêutica com fármacos específicos, podem propiciar o alívio do prurido.
Os quadros de febre toxêmica podem necessitar internação nosocomial, devendo-se indicar repouso, hidratação adequada, uso de antitérmicos, analgésicos e antiespasmódicos.
Em pacientes criticamente enfermos, a administração de corticosteroides pode aliviar a resposta inflamatória decorrente da morte do S. mansoni.
Na fase crônica em suas formas intestinal, hepatointestinal e hepatoesplênica devem ser contempladas medidas para minorar o quadro diarreico e os fenômenos dispépticos.
Na forma hepatoesplênica, condutas para redução do risco de hemorragias digestivas, como a escleroterapia de varizes de esôfago e o uso de betabloqueadores.
Ciclo de Vida
Os vermes adultos vivem no interior das veias e fígado. Durante o acasalamento, encaminham-se para as veias da parede intestinal.
A fêmea inicia a desova (mais de 1.000 por dia). Os ovos ficam enfileirados e cada um possui um pequeno espinho lateral.
Cada um deles produz enzimas que perfuram a parede intestinal e um a um vão sendo liberados na luz do intestino.
Liberados nas fezes e caindo em meio externo, cada ovo se rompe e libera uma larva ciliada, o miracídio, que permanece vivo por apenas algumas horas.
Para continuar o seu ciclo vital, cada miracídio precisa penetrar em um caramujo do gênero Biomphalaria
Dentro do caramujo, perde os cílios e passa por um ciclo de reprodução assexuada que gera, depois de 30 dias, numerosas larvas de cauda bifurcada, as cercárias.
Cada cercária permanece viva de 1 a 3 dias. Nesse período penetram na pele humana por meio de enzimas.
No local de ingresso, é comum haver coceira. Atingindo o sangue, são encaminhadas ao seu local de vida, repetindo o ciclo.
Fase intestinal: na maioria dos casos, a infecção permanece silenciosa enquanto a carga parasitária for baixa e a acumulação de ovos nos tecidos pequena.
O aumento de vermes faz-se pouco a pouco, pois só parte dos esquistossômulos chega à fase adulta. Os ovos predominam na mucosa do intestino distal.
e o paciente apresenta uma retocolite, com evacuações frequentes acompanhadas de tenesmo e ardor ao defecar.
Fase hepatointestinal: à medida que os helmintos forem migrando para a submucosa e seus ovos arrastados para o fígado, a patologia se agrava.
O fígado e o baço aumentam de tamanho. O quadro clínico evolui lentamente, até que a fibrose hepática pré-capilar comece a dificultar a circulação portal intra-hepática.
Surgem então hipertensão no território da veia porta, maior esplenomegalia, edemas e ascite, bem como circulação colateral entre o sistema porta e o das veias cavas.
Formam-se varizes esofagogástricas e há tendência a hemorragias (hematêmeses), que podem ser graves.
Em consequência das lesões hepáticas e esplênicas, há hipoproteinemia, anemia, leucopenia, plaquetopenia e deficiência da coagulação.
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SINAIS E SINTOMAS:
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Fase Crônica:
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Emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água.
A esquistossomose crônica é resultado de uma intensa inflamação dos tecidos acometidos e evolução para granulomas e fibrose
A intensa resposta inflamatória do corpo contra os ovos pode causar ulcerações na parede do intestino, granulomas e obstrução à passagem das fezes.
Os ovos do parasita tendem a migrar e se depositar na veia porta, causando inflamação e obstrução a passagem do sangue por fibrose.
A hipertensão portal é a responsável pelas complicações da forma hepatoesplênica, esplenomegalia e varizes do esôfago.
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Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente durante um período de algumas semanas. Em raros casos, se a reação imunológica for muito intensa, o paciente pode evoluir para o óbito.
A maioria das pessoas que vivem em regiões endêmicas do S.mansoni são contaminadas ainda na infância e permanecem com o parasita em seus sistema digestivo silenciosamente por muitos anos.
Schistosoma mansoni
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A esquistossomose é causada por vermes platelmintos da classe dos trematódeos da espécie Schistosoma mansoni.
Apresenta coloração esbranquiçada, e há diferença entre o macho e a fêmea
O macho mede entre 6,5 mm e 12 mm e apresenta o corpo achatado
As bordas se enrolam ventralmente e formam o canal ginecóforo. O enrolamento das bordas corporais dá a impressão que o verme apresenta corpo cilíndrico.
O sistema reprodutor masculino compreende um testículo com 6 a 8 lóbulos e um canal deferente que se dilata formando a vesícula seminal.
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Caracterização
O tubo digestivo da cercaria inicia-se com a boca, na ventosa oral, e com um curto segmento anterior que se bifurca para trás da ventosa ventral ou acetábulo.
Ele volta a unir-se posteriormente, para formar um intestino ou cécum único, em ambos os sexos.
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O Miracídio tem forma alongada e é revestido por um epitélio ciliado que lhe permite nadar rapidamente, percorrendo grandes círculos.
Apresenta uma saliência cônica anterior, onde se abrem as glândulas de penetração.
O miracídio possui um esboço de sistema nervoso e papilas sensoriais, 2 pares de células excretoras - os solenócitos - com seus canais, além de células embrionárias.
Sua expectativa de vida é curta, devendo penetrar em um molusco no mesmo dia da eclosão. .
Apresenta acentuado fototropismo, pelo que tende a nadar próximo da superfície líquida
O miracídio ao penetrar o molusco perde seu epitélio ciliado e se transforma em uma estrutura sacular, o esporocisto I.
No seu interior, geram-se os esporocistos II que migram para o hepatopâncreas ou ovotestis do molusco, onde passam a formar milhares de cercarias.
A cercaria tem corpo piriforme e uma cauda bifurcada (fucocercária) cuja vibração arrasta o corpo atrás de si, nadando quase sempre em direção à superfície (geotropismo negativo).
A eliminação de cercárias pelos moluscos obedece a um ritmo circadiano, regulado pela luz.
TRANSMISSÃO:
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A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas
Este contato é mais comum com água doce em áreas endêmicas (especialmente água doce de fluxo moderado)
Nadar, tomar banho ou simplesmente lavar roupas e objetos na água infectada favorecem a transmissão
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A transmissão da esquistossomose não ocorre por meio do contato direto com o doente. Também não ocorre “autoinfecção”.
EXAMES:
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Laboratorial:
Análise das fezes
O diagnóstico pelo exame de fezes é feito pelo método de Kato-Katz. Outro método eficiente é o de sedimentação espontânea.
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Para confirmação de cura em estudos clínicos, é utilizado o exame de biópsia retal. Esta é uma técnica invasiva
Coproscópicos:
Busca de ovos do helminto nas fezes, para o que se dispõe de várias técnicas; ou o método de eclosão de miracídios.
Imunológicos:
Demonstração da presença de anticorpos ou de antígenos de S. mansoni no soro, por técnicas sorológicas; ou pela intradermorreação.
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