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:star:FRATURAS DE TORNOZELO :star:, Fatores de Risco, Diagnósticos…
:star:FRATURAS DE TORNOZELO :star:
Definição
Fraturas de baixa energia em um dos maléolos (medial, lateral, posterior). Pode se associar a luxação e ruptura da sidesmose.
Classificações
OTA
Tipo A: infrassindesmal
Tipo B: transindesmal
Tipo C: suprassindesmal.
Lauge-Hansen
Supinação: lesões de adução
Supinação: lesões de rotação externa
Pronação: lesões de abdução
Pronação: lesões de rotação externa.
Diagnóstico
Anamnese
Histórico de trauma como queda ou escorregão com incapacidade de sustentar peso
Paciente descreve sensação de estalo ou som no momento de ruptura do tornozelo
Dor nos maléolos lateral, medial ou ambos.
Exame fisico
Inspeção – edema ou equimose ao redor do maléolo medial ou lateral, ou ambos; deformidade obvia no TNZ.
Palpação: sensibilidade sobre os maleolos medial ou lateral; deformidade no tnz e crepitação com amplitude de movimento
Em casos de fraturas isoladas do maléolo lateral, achados como sensibilidade, equimose e edema sobre o deltoide revelam mal prognostico sobre sua integridade
Sensibilidade da fibula próximal – fratura de maisonneuve (ruptura de sindesmose tíbio-fibular)
Regras de Ottawa - para radiografia de torozelo
Se sensibilidade óssea lateral ou medial posterior a 6cm do aspecto distal da fíbula ou tíbia
Incapacidade de sustentar 4 passos no local da lesão ou no PS
Exames complementares
Radiografia simples em planos ortogonais, com AP ou rotação interna do tnz em 15 graus. E um RX lateral.
Fraturas isoladas do maléolo lateral, se desvio lateral do talus maior ou igual a 5mm, está associada a lesão concomitante de deltoide.
TC da tíbia distal e retropé- indicada para avaliar lesão cominutiva, principalmente quando envolve maléolo posterior. Avalia impactação; delinear componentes da fratura e planejamento pré-op.
RM- Avaliar dano articular e lesão ligamentar.
Tratamento
Fratura aberta
cirurgia de emergência
Se a ferida for limpa – fixação interna.
Fraturas/luxações cominutivas e contaminadas – moldura de fixação externa para facilitar desbridamentos repetidos.
Antibióticos – administrados de acordo com o tipo de lesão aberta e com a gravidade de contaminação; Profilaxia de tétano - se o paciente tiver feito a vacina antitetânica há mais de 10 anos
Fratura fechada + luxação
redução fechada + tala
redução aberta + fixação – se a redução fechada não for bem sucedida.
Fratura isolada do maléolo lateral
Sem desvio/desvio mínimo + sem deslocamento de tálus: gesso suropodálico aplicado por 6 semanas, com apoio nas últimas 3 semanas
Sem desvio/desvio mínimo + com deslocamento do tálus: gesso suropodálico ou fixação interna
Se cominutiva – técnica de placa em ponte
Desvio + redutível: gesso suropodálico ou fixação interna
Desvio + irredutível: fixação interna
Epidemiologia
Mais comum em mulheres brancas; idade 40-46 anos; mais comum fratura de fíbula e maléolo medial; causa mais comum queda.
Fisiopatologia
Fraturas de maléolo resultam de força rotatória oposta a força axial, resultando tipicamente em uma fratura intra-articular de plafond (pilão) da tíbia distal
Pé em posição supina + força de adução: ligamentos laterais separam-se da fíbula ou fratura infressindesmal transversal., e se continuar poderá ocorrer fratura por cisalhamento do maléolo medial
Pé supino + rotação externa: lesão em estágios: ruptura dos ligamentos tibiofibulares anteriores> fratura transidesmal> ruptura dos ligamentos tíbio-fibulares posteriores ou fratura do maléolo posterior > ruptura do ligamento deltoide ou fratura do maléolo medial.
Pé pronado + força de abdução: ruptura do ligamento deltoide ou fratura transversa do maléolo medial> dano no ligamento tíbio-fibular anterior > fratura transindesmal ou suprasindesmal da fíbula.
Pé pronado + força de rotação externa: 1 lesão é ruptura do ligamento deltoide ou uma fratura do maléolo medial > ruptura do ligamento tíbio-fibular anterior> fratura suprassindesmal da fíbula
Monitoramento
Nas fraturas instáveis potencialmente tratadas sem cirurgia com aplicação de gesso, pode ser necessário acompanhar o paciente semanalmente com uma série de raios-X para avaliar a posição da fratura
Nas fraturas de manejo cirúrgico, geralmente é aceito que seja realizada a revisão clínica no período de 2 semanas para avaliar as incisões cirúrgicas e então a remoção do gesso em 6 semanas.
Fatores de Risco
Osteoporose
Quedas multiplas
Queda de baixa energia
Lesão por inversão de tornozelo
Prática de esportes
Tabagismo
IMC alto
Diagnósticos diferenciais
Rompimento do ligamento lateral do tornozelo
Ruptura do tendão de aquiles
Fratura do talus
Ruptura sindesmal
Complicações
Não consolidação da fratura
Irritação dos componentes
Infecção
Etiologia
Causa mais comum é queda de baixa energia
Fratura bimaleolar/trimaleolar
Sem desvio com encaixe do tornozelo congruente
gesso suropodálico ou fixação interna
Com deslocamento
fixação interna
Fratura isolada do maléolo medial
Sem desvio/desvio mínimo: gesso suropodálico
Com deslocamento: fixação interna