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ABDOME AGUDO
Tipos
Abdome Agudo Perfurativo
Etiologias: decorrente de processos infecciosos, neoplásicos, inflamatórios, ingestão de corpo estranho, traumatismos, iatrogênicas.
Nas perfurações altas geralmente se inicia com peritonite química, por liberação de sucos digestivos, que culmina com proliferação bacteriana e posterior processo infeccioso. Nas perfurações baixas, é esperado início por peritonite infecciosa de região já colonizada com evolução para um quadro sistêmico, podendo manifestar sinais de septicemia.
A principal característica dessa síndrome clínica é a dor abdominal, não traumática, de início súbito. Ocorre por perfuração (altas ou baixas) de uma víscera oca.
Abdome Agudo Isquêmico
Etiologias: isquemia mesentérica aguda e crônica; colite isquêmica
A taxa de mortalidade é cerca de 30% nos casos de trombose e 75 a 80% nos casos de obstrução arterial atribuído ao diagnóstico tardio.
Caracterizada por dor abdominal, não traumática, de inicio súbito e intensidade variável, pela isquemia mesentérica ou intestinal, necessitando de intervenção imediata por ser fatal.
Abdome Agudo Obstrutivo
Existe fator obstrutivo em trato gastrointestinal responsável pelo quadro clínico.
Possui gravidade variável e caráter evolutivo necessitando de rápida intervenção, em sua maioria, cirúrgica.
Causas mecânicas e funcionais: hérnia estrangulada, aderências, doença de Crohn, neoplasia intestinal, diverticulites, fecaloma, impactação por bolo de arcaris, íleo paralítico, oclusão vascular.
Abdome Agudo hemorrágico
Etiologia: Ruptura de aneurismas das artérias viscerais; Sangramentos por causas ginecológicas e obstétricas; ruptura de tumores, veias varicosas e aneurismas de aorta abdominal. Traumas abdominais.
A dor aumenta progressivamente e pode ser acompanhado de manifestações de choque hipovolêmico
Abdome Agudo Inflamatório
É definido como quadro de dor abdominal súbito, originado de um processo inflamatório e/ou infeccioso na cavidade abdominal.
Principais etiologias são: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite aguda.
TRATAMENTO
O tratamento é dependente da etiologia da dor abdominal. Deve-se verificar sinais vitais e realizar estabilização clínica com monitorização. É importante fazer dois acessos calibrosos, com coleta de exames e tipagem sanguínea, em caso de dor abdominal severa.
O objetivo do manejo do abdome agudo, principalmente no departamento de emergência, é determinar se é cirúrgico ou não.
Os pacientes podem receber medicações sintomáticas como analgésicos e antiespasmódicos como a combinação de dipirona e hioscina
Em casos de dor incontrolável, pode usar morfina, 0,05 mg/kg a cada 20 minutos até controle da dor (cuidado com pacientes com náuseas e vômitos, pois o medicamento pode piorar esses sintomas). Em pacientes com quadros de litíase urinária, podemos usar anti-inflamatórios.
É importante lembrar-se das medidas conservadoras na vigência de um abdome agudo obstrutivo. Se a causa do abdome agudo obstrutivo for brida, por exemplo, as medidas clínicas podem ser suficientes.
Portanto, devemos passar sonda nasogástrica para descompressão do trato gastrointestinal, otimizar procinéticos e hidratar o paciente.
DIAGNOSTICO
ANAMNESE
Hábitos de vida: alimentares, ingesta hídrica, etilismo, uso de drogas ilícitas;
Antecedentes patológicos e cirúrgicos
Uso de medicações: anticoagulantes, imunossupressores;
EXAME FISICO
Inspeção do abdome: distensão; equimoses; abaulamentos, cicatrizes
Ausculta: presença ou ausência dos RHA
Percussão: avalia a distensão gasosa, ar livre intra-abdominal, grau de ascite ou a presença de irritação peritoneal;
Palpação: avaliar dor, rigidez involuntária (peritonite)
EXAMES LABORATORIAIS
AST, ALT, GGT, bilirrubinas: avaliação de causas de abdome agudo de origem biliar, como colecistite e colangite;
Amilase e lipase: quando elevadas podem sugerir pancreatite, isquêmica intestinal ou úlcera duodenal;
Eletrólitos, ureia e creatinina: avaliação das complicações de vômitos ou perdas de fluido para o terceiro espaço
Beta HCG: fundamental sua solicitação para todas as pacientes em idade fértil, para diagnostico diferencial de gravidez ectópica
Outros: VHS, TP, RNI, glicemia e sumário de urina
Hemograma completo: fundamental para avaliação de processo infeccioso, em geral apresenta leucocitose
EXAMES DE IMAGEM
RAIO X
IDENTIFICA PERFURAÇÕES
PNEUMOPERITONIO
CALCIFICAÇÃO
DISTENÇÃO DAS ALÇAS INTESTINAIS
ULTRASSOM
UTIL NA AVALIAÇÃO DA VISICULA BILIAR
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
UTIL PARA AVALIAR AS COMPLICAÇÕES DO ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
Epidemiologoa
frequência
Crianças
Gestantes
Adultos
Apendicite aguda
diverculite aguda
25% dos pacientes sem diagnostico especifico
10% dos atendimentos no Pronto Socorro
Fisiopatologia
isquemia mesentérica aguda
mucosa intestinal tem alto índice metabólico
fluxo sanguíneo elevado
sensível aos efeitos de uma perfusão diminuída
isquemia
rompimento da barreira mucosa
liberação de bactérias, toxinas e mediadores vasoativos
resposta sistêmica inflamatória sindrômica
falência de múltiplos órgãos e morte
depressão miocárdica
obstrução intestinal
obstrução intestinal simples
bloqueio ocorre sem comprometimento vascular
intestino proximal distende-se e o distal sofre colapso
intensificando o peristaltismo e os distúrbios secretórios e aumentando os riscos de desidratação
progressão para obstrução por estrangulamento
depressão das funções secretoras e absortivas da mucosa
parede intestinal se torna edemaciada e congesta
acúmulo de alimentos e líquidos ingeridos, secreções digestivas e gases acima da obstrução
obstrução por estrangulamento
obstrução com comprometimento do fluxo sanguíneo
cerca de 25% dos pacientes com obstrução do intestino delgado
associa-se à presença de hérnia, vólvulo ("nó nas tripas") e intussuscepção
progredir para infarto e gangrena em tempo tão curto quanto 6 h
obstrução venosa ocorre primeiro
oclusão arterial
rápida isquemia da parede intestinal
intestino isquêmico se torna edemaciado e infartado
gangrena e perfuração
Dor Abdominal Aguda
dor somática
peritôneo parietal
inervado por nervos somáticos
respondem à irritação secundária a processos infecciosos, químicos ou inflamatórios
forte e bem localizada
dor referida
convergência de fibras nervosas na medula espinal
dor percebida em locais distantes de sua origem
dor escapular decorrente de cólica biliar
dor em ombro secundária a sangue ou inflamação irritando o diafragma
dor visceral
vísceras abdominais
inervadas por fibras autonômicas
respondem a sensações de distensão e contração muscular
não a cortes, lacerações ou irritação local
tipicamente vaga, imprecisa e nauseante
mal localizada e tende a ser percebida em áreas que correspondem à origem embriológica
estruturas do intestino médio
dor periumbilical
estruturas do intestino distal
dor abdominal baixa
estruturas do intestino proximal
dor abdominal na porção superior do abdomen
peritonite
condição abdominal que produz inflamação intensa
sangramento intraperitoneal de qualquer origem
perfuração do trato digestório
produção de inflamação química imediata
infecção por microrganismos intestinais
inflamação da cavidade peritoneal
DEFINIÇÃO
Quadro de instalação súbita de dor abdominal
grave
precisa de rápido diagnóstico a fim de evitar complicações irreversíveis ou a morte do paciente
não traumática
Quadro Clinico
A principal característica é a dor abdominal; possui intensidade e localização
Obstrutivo: vômitos, desidratação e náuseas
Inflamatório: náuseas, vômitos, febre, icterícia, obstipação e diarreia
Hemorrágico: sinais de hipovolemia- pele fria, pálida, úmida, pulso fino, taquipneia, taquicardia e redução de débito urinário
Vascular: sintomas inespecificos, náuseas, vômitos, diarreia, distensão abdominal e constipação
Perfurativo: náuseas, vômitos, febre e hipotensão