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ABDOMEN AGUDO E PANCREATITE, Quadro, Grupo 1 - Subgrupo 4 - Tutora Niedja,…
ABDOMEN AGUDO E PANCREATITE
ABDOMEN AGUDO
Fisiopatologia/Etiologia
Hemorrágica
Hemorragia intra-abdominal espontânea, ocorre muito raramente. Pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum entre a 5ª e 6ª décadas de vida; em geral a dor aumenta progressivamente e pode ser acompanhado de manifestações de choque hipovolêmico.
Quando ocorre em jovens está mais associado a ruptura de aneurismas das artérias viscerais; em mulheres à sangramentos por causas ginecológicas e obstétricas e em idosos à ruptura de tumores, veias varicosas e aneurismas de aorta abdominal.
Inflamatória
É tipo de abdome agudo mais comum e é uma consequência de processos inflamatórios ou infecciosos
Apendicite aguda é a causa mais comum dessa forma, mas ela também pode ser causada por colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite.
Apendicite aguda
Apendicite aguda é o nome dado à inflamação e a infecção do apêndice cecal.
O apêndice é uma estrutura vermiforme (em forma de verme) que sai da primeira porção do intestino grosso, de uma região denominada ceco.
A inflamação do apêndice pode ocorre em consequência de sua obstrução por fezes. Como resultado dessa obstrução, há a proliferação de bactérias nessa região, instalando-se um processo infeccioso, variando de leve a intenso, de acordo com o tempo que o tratamento demora a ser iniciado.
A apendicite pode restringir-se ao órgão inflamado ou pode provocar sua ruptura. Quando isso acontece as defesas do organismo costumam bloquear a infecção em torno do apêndice originando um abscesso. Quando o organismo não bloqueia a infecção, o conteúdo da mesma espalha-se pelo abdome provocando um quadro grave de peritonite aguda.
Perfurativo
Abdome agudo perfurativo corresponde a um quadro de dor abdominal súbita e intensa, decorrente da perfuração de uma víscera oca, com extravasamento do seu conteúdo para a cavidade peritoneal.
Quando há perfuração do trato digestivo alto, o conteúdo extravasado, composto por bile, suco pancreático e/ou suco gástrico, propicia inicialmente uma peritonite química, e a medida que a resposta inflamatória progride, pode evoluir para uma peritonite bacteriana
Decorrente de processos infecciosos, neoplásicos, inflamatórios, ingestão de corpo estranho, traumatismos, iatrogênicas. A perfuração da úlcera péptica é uma complicação comumente associada ao uso crônico de anti-inflamatórios.
Vascular isquêmico
A fisiopatologia baseia-se em uma redução acentuada do fluxo sanguíneo mesentérico, que incapaz de suprir as demandas metabólicas do intestino, leva a graus variados de lesão isquêmica. A extensão e gravidade do episódio dependem da duração e da intensidade do fenômeno isquêmico e da presença de circulação colateral capaz de compensar a diminuição do fluxo na área comprometida.
Uma das formas mais raras do abdome agudo. Pode ser causado por isquemia mesentérica aguda e crônica; colite isquêmica
Obstrutiva
Caracterizada por presença de obstáculo mecânico ou funcional que leve a interrupção da progressão do conteúdo intestinal.
Pode ser causado por hérnia estrangulada, aderências, doença de Crohn, neoplasia intestinal, diverticulites, fecaloma, impactação por bolo de arcaris, íleo paralítico, oclusão vascular.
Definição
Abdome agudo é uma síndrome clínica caracterizada por dor na região abdominal, não traumática, súbita e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas
Classificação
Anatomia: pela localização da dor se pode indicar as possíveis causas ou órgãos acometidos
Causas abdominais e extra-abdominais
Processo desencadeante
Inflamatório
Perfurativo
Obstrutivo
Vascular
Hemorrágico
Gastrointestinais
Pâncreas, vias biliares, fígado e baço
Peritonial
Urológica
Retroperitonial
Gineológica
Parede abdominal
Torácicas
Hematológica
Neurológica
Metabólica
Relacionadas a intoxicações
Etiologia desconhecida
Epigástrio
Hipocôndrio Esquerdo
Quadrante Inferior Direito
Quadrante Inferior Esquerdo
Periumbelical
Difusa
Supra - Púbica
Quadro Clínico
Dor e sensibilidade abdominal
Início Súbito
Inícios Crônico que agudizou
As características e variáveis da dor possibilita os diagnósticos diferenciados
DIAGNÓSITCO
Anamanse + Exame Físico
Sinais de alerta: taquicardia, hipotensão, taquipneia, febre, fáscies de dor
Inspeção do abdome: distensão; equimoses; abaulamentos, cicatrizes.
Ausculta: presença ou ausência dos RHA
Percussão: avalia a distensão gasosa, ar livre intra-abdominal, grau de ascite ou a presença de irritação peritoneal;
Palpação: avaliar dor, rigidez involuntária (peritonite)
Exames Laboratoriais + Exames de imagem = RX + TC
Tratamento
1.Abdome agudo inflamatório
Apendicite: apendicectomia;
Coliciste: antibioticoterapia e colecistectomia;
Pancreatite: depende da classificação de Atlanta, mas de forma geral é ressucitação volêmica, jejum inicial e analgesia;
Diverticulite: tratamento clínico através do aumento da ingesta de fibras e antibioticoterapia de amplo espectro. Em casos mais grtaves pode ser necessário tratamento cirúrgico.
2. Abdome agudo obstrutivo:
Os objetivos do tratamento são: + reposição hidroeletrolítica;
descompressão gastrointestinal;
analgesia;
em pacientes sem resolução ou melhora progressiva, deve-se avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico para a lise de aderências.
3. Abdome agudo perfurativo:
A abordagem inicial consiste em medidas de suporte clínico;
A antibioticoterapia de amplo espectro pode ser feita antes do tratamento definitivo ou no intra-operatório, pedendo manter-se posteriormente;
Cirúrgico se o paciente estiver hemodinamicamente estável (laparotomia explorativa ou videolaparoscopia)
4. Abdome agudo vascular isquêmico:
Medida iniciais: suporte hemodinâmico, ressucitação volêmica, coleta de exames laboratoriais e antibioticoterapia;
Anticoagulantes reduzem a prograssão da isquemia e deve ser feita em todos os pacientes; preferência por heparina não fracionada;
Em casos que já existe a peritonite instalada é necessário fazer laparotomia e ressecção das áreas isquêmicas.
5. Abdome agudo hemorrágico:
Na maioria dos casos, os pacientes com diagnóstico de abdome agudo hemorrágico vão para o tratamento cirúrgico imediato.
PANCREATITE
Tratamento
Os principais passos do tratamento consistem em estabelecer o diagnóstico, adequar a reposição de fluidos por via intravenosa, analgesia efetiva, monitoramento e apoio de doenças renais, respiratórias e outros sistemas de órgãos, com identificação precoce dos pacientes susceptíveis de exigir gerenciamento de cuidados intensivos
O tratamento necessita de avaliação nutricional, suporte e colecistectomia precoce após recuperação de pacientes com crises induzidas por cálculos biliares, para evitar episódios recorrentes
Reposição de fluidos
A inflamação do pâncreas e a resposta inflamatória sistêmica leva ao extravasamento de fluido para o terceiro espaço.
Em casos graves, isso pode causar hipoperfusão, hipovolemia e falha do órgão. Para conter essa cascata, é necessária uma reposição fluida adequada
Gestão da dor
A dor é o sintoma predominante da pancreatite aguda e deve ser tratada com prontidão e adequação. O uso de opióides na pancreatite aguda é considerado adequado
Antibioticoterapia
Os antibióticos são indicados quando há infecção comprovada ou clinicamente suspeita. A utilização de antibióticos é obrigatória quando o médico detecta precocemente os marcadores inflamatórios aumentados que trazem um alto risco de infecção pancreática secundária
É recomendada a profilaxia com antibióticos na pancreatite aguda em pacientes com aumento de leucócitos ou sinais clínicos de sepse (hipotensão, febre, colapso - após ressuscitação adequada)
Os fármacos Imipenem, clindamicina, piperacilina, fluoroquinolonas e o metronidazol são conhecidos por terem uma penetração adequada de tecidos e propriedades bactericidas em pâncreas necrosado infectado
Nutrição
A nutrição enteral não proporciona apenas uma ingestão calórica adequada, mas também pode melhorar os resultados clínicos.
Existe a hipótese que a alteração da motilidade intestinal associado à combinação do crescimento bacteriano excessivo e a maior permeabilidade do intestino podem levar a translocação bacteriana, causando infecção no pâncreas com necrose
Alguns estudos retrospectivos sugeriram que um início precoce da alimentação nasoentérica reduziu significativamente taxas de infecção. Em pacientes com pancreatite leve, a dieta oral normal pode ser retomada quando a dor é diminuida
Pancreatite aguda biliar
A pancreatite aguda por cálculos biliares resulta da impactação dos cálculos biliares migratórios na ampola de Vater resultando em inflamação do pâncreas e dor abdominal.
A colecistectomia previne a formação de futuras pedras na vesícula biliar e pode diminuir posteriormente a taxa de recorrência da pancreatite
A obstrução biliar persistente ao nível da ampola de Vater pode agravar o curso da doença. Descompressão biliar inicial e remoção de pedras usando colangiografia retrógrada endoscópica (ERC) com a esfincterotomia endoscópica (ES) têm sido extensivamente estudadas como uma intervenção potencial para melhorar os resultados clínicos na pancreatite biliar
Fisiopatologia/ Etiologia
Existem várias causas, mas os mecanismos pelos quais essas condições desecadeiam a inflamação pancreática não foram completamente compreendidas;
Litíase biliar e álcool são responsáveis por 80% a 90% dos casos de pancreatite aguda, sendo a litíase biliar ainda a maior causa (30% a 60%);
A incidência dessa doença é surpreendente baixa em alcoólatras , indicando que além da ingesta de álcool outros fatores influenciam na susceptibilidade individual, como o tabgismo.
O risco de pancretite aguda em pacientes com pelo menos uma pedra na vesícula < 5mm é quatro vezes maior do que em pacientes que apresentam apenas pedras maiores.
A pancreatite aguda ocorre também em 5% a 10% dos pacientes que realizam colangiopancreatografia retrógada esdoscópica (CPRE);
Uso de
stent
profilático no ducto pancreático e o uso de anti-inflamatório não esteroidal por via retal mostrou redução da pancretite pós CPRE.
Hipertrigliceridemia é causa de pancreatite aguda em 1,3% a 3,8% dos casos, e os níveis séricos de triglicerídeos normalmente estão acima de 1000mg/dl;
Medicações podem causar pancreatite tanto por hipersensibilidade quanto pela formação de matabólicos tóxicos.
A pancreatite é um processo no qual ocorre a autodigestão do pâncreas por suas próprias enzimas
Fisiologicamente, o pâncreas possui mecanismos de proteção contra a autodigestão. Logo, o processo patológico da pancreatite é causado quando há uma desordem ou sobrecarga desses mecanismos.
a maioria das enzimas pancreáticas são liberadas na forma de zimógenos
essas enzimas vão ativadas por meio da tripsina
células acinares e ductais vão secretar inibidores de tripsina que limitam a ativação dos zimógenos
PANCREATITE AGUDA
Grupo de lesões reversíveis caracterizado pela inflamação do pâncreas, podendo variar em gravidade de edema e necrose gordurosa (adiponecrose).
Ainda não foi esclarecido o mecanismo pelo qual ocorre essa ativação inapropriada das enzimas pancreáticas na pancreatite aguda, porém há evidências de 3 principais eventos
Obstrução dos ductos pancreáticos
Qualquer que seja a causa, a obstrução ductal intrapancreática aumenta a pressão e leva a um acúmulo de liquido rico em enzimas dentro do interstício
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Lesão primárias de células acinares
Essa lesão vai levar à liberação de enzimas digestivas, inflamação e autodigestão de tecidos pancreáticos.
Transporte intracelular defeituoso de proenzimas dentro das células acinares
Ocorre a liberação de proenzimas no compartimento lisossômico e consequente ativação das mesmas
Liberação e atividade inadequada de enzimas pancreáticas
Destruição do tecido pancreático
Reação inflamatória aguda
liberação de citocinas inflamatórias que vão desencadear uma reação inflamatória no tecido
Revisão Pâncreas
Localização: Retroperitonial (abrange regiões abdominais epigástricas, do hipocôndrio esquerdo e uma porção umbilical)
Divisão por partes:
Externa: cabeça, apófise unciforme, colo, corpo, cauda
Interna: ducto pancreático principal (de Wirsung) e ducto pancreático acessório (de Santorini)
Função:
digestão
através da liberação das enzimas produzidas pelas células acinares (peptidase, lipase, nucleases e amilases) e
regulação hormonal
pela liberação de insulina (células beta), glucagon (células alfa) e somatostatina (células delta) produzidas nas ilhotas de Langerhans
Vasos sanguíneos: artérias pancreaticoduodenal, esplênica, gastroduodenal e mesenterica superior
Inervação: nervo vago (parassimpático) e nervos esplancnicos maior e menor (simpático)
Vasos linfáticos: gânglios pancreático-esplênicos e pilóricos
DIAGNÓSTICO:
Sintomas compatíveis com a doença
Amilase ou lipase séricas aumentadas > 3x que o limite da normalidade possuem sensibilidade e especificidade de 95%
TC compatível demonstrando a presença de edema/necrose do parênquima pancreático. Indicação de tomografia: diagnóstico duvidoso!
Quadro
Clínico
Dor Abdominal
Intensa
Epigástrica e/ou
periumbilical
Constante
Pode irradiar para
flancos e dorso
Náuseas
Distensão abdominal
( Sensação de abdômen estufado)
Vômitos
Exame Físico
Diminuição dos ruídos
hidroaéreos
Sinal de Cullen
hemorragia retroperitonial
Dor a palpação
do abdome
Sinal de Turner
equimoses nos flancos
Grupo 1 - Subgrupo 4 - Tutora Niedja
Giovana Baldon, Giovanny, Giovanna Volpi, Sophia Back, Mario Victor, Silas, Ana Beatriz Rodrigues
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