Explicou, em sua obra Casa-grande & Senzala, que a sociedade brasileira se baseava nas relações sociais e raciais estabelecidas entre o período colonial do Brasil e nos ambientes latifundiários. Gilberto Freyre, baseando-se no contexto de abundantes relações sociais entre "raças" (brancos e negros, brancos e indígenas, etc.) no Brasil, desenvolveu a ideia de que o país vivia uma democracia racial, apontando como positivo a miscigenação que ocorria na época.
Porém, a ideia de Freyre de que o Brasil vivia uma democracia racial baseava-se em uma ideia equivocada de que as relações entre escravos e senhores latifundiários (homens brancos) era pacífica e que os índios aceitaram pacificamente a colonização portuguesa, ambos fatores que, segundo ele, teriam gerado a democratização e a miscigenação, revelando-se, então, a inconsistência dessa teoria.