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Principais alterações anatomofisiológicas do envelhecimento de todos os…
Principais alterações anatomofisiológicas do envelhecimento de todos os Sistemas do Corpo Humano
A composição e forma do corpo:
A partir dos 40 anos, a estatura diminui cerca de 1cm por década. Essa perda deve-se à redução dos arcos dos pés, aumento da curvatura da coluna vertebral, além da diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. Os diâmetros da caixa torácica e do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também crescimento do nariz e das orelhas, dando a conformação típica facial do idoso.
SISTEMA NERVOSO
: As alterações no envelhecimento também atingem o sistema nervoso, causando a perda neuronal, ou seja, uma diminuição das células do sistema nervoso, com consequentes alterações que refletem em todo o organismo.
A redução da massa encefálica está associada à perda neuronal, que não é uniforme em todas as áreas cerebrais. Essa perda ocorre especialmente no córtex dos giros pré-centrais, que é a área motora voluntária, giros temporais e também no córtex do cerebelo
Com uma menor funcionalidade neurológica, ocorrem também alterações no padrão postural, no equilíbrio, propriocepção, alterações na sensibilidade
As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no cérebro. O cérebro diminui de volume e peso. Nota-se ema redução de 5% aos 70 anos e cerca de 20% aos 90 anos de idade.
SISTEMA DIGESTÓRIO
: As alterações ocorrem em todo trato gastrintestinal da boca ao reto.
Na cavidade oral, há a perda da dentição, a diminuição salivar e alterações na deglutição que dificultam a alimentação do idoso, podendo levar até mesmo à desnutrição.
Já no reto, por sua vez, as alterações podem causar a perda de controle para evacuação devido a fraqueza muscular.
Todos os órgãos digestórios sofrem alterações no envelhecimento a nível celular que levam a alterações funcionais. Estas, por fim, causam modificações no metabolismo como um todo.
Tem-se notado também um declínio na produção da secreção ácida do estômago, secundário à diminuição do número de células parietais, relacionado com a atrofia gástrica. A acloridria aumenta com a idade e é observada em mais de 20% dos indivíduos com mais de 70 anos
O conjunto de alterações no esôfago, observadas foi denominado presbiesôfago e inclui: aumento da freqüência de contrações terciárias (não propulsivas), a presença de aperistalse e distúrbios funcionais do esfíncter esofágico superior e inferior.
O fígado sofre com os efeitos do envelhecimento, especialmente nos que interferem com a metabolização de medicações. O peso do fígado reduz de 2,5% do peso corporal total, num homem jovem, para 1,6% num nonagenário, assim como seu fluxo sanguínea.
A vesícula biliar tem seu esvaziamento dificultado com o processo de envelhecimento. É descrito aumento do colesterol contido na bile, assim como uma alta prevalência de cálculos de via biliar em indivíduos octogenários.
PELE
: A epiderme é formada puramente de células, enquanto a derme é constituída por tecido conjuntivo que contém fibras colágenas e elásticas que dão elasticidade e firmeza à pele. Com o envelhecimento, essas fibras alteram-se e a elastina torna-se porosa, perdendo, assim, a elasticidade e dando o aspecto da pele do idoso, evidenciado pelas rugas.
São também comuns manchas salientes e escuras, conhecidas como queratose seborréica.
Há diminuição do numero de pelos, exceto em algumas regiões como narinas, orelhas e sobrancelhas.
As glândulas sudoríparas e sebáceas diminuem sua atividade, resultando em pele seca e áspera, mais sujeita às infecções e mais sensível às variações de temperatura.
O número de melanócitos reduz, o que resulta em palidez da pele do idoso e também sofrem alterações no seu funcionamento em certas regiões como face e dorso da mão, levando à formação de manchas hiperpigmentadas, marrons, lisas e achatadas.
As unhas do idoso tornam-se opacas, frágeis, finas e sem brilho. Apresentam diminuição da velocidade de crescimento, a partir da terceira década.
SISTEMA URINÁRIO
: Talvez um dos maiores problemas relacionados a este sistema seja a incontinência urinária. Essa complicação está relacionada à fraqueza muscular do assoalho pélvico, bem como a alterações no sistema nervoso, o que gera dificuldade para o controle do esfíncter. Os rins também apresentam grande acometimento funcional, podendo provocar insuficiência renal.
A perda de massa renal é mais pronunciada no córtex do que na medula e ocorre de modo heterogêneo, afetando em graus diferentes de atrofia, esclerose e hiperplasia dos vasos, glomérulos, túbulos e interstício.
ORGÃOS DOS SENTIDOS
:Os sentidos também podem sofrer alterações no envelhecimento. Entre as modificações estão:
Alterações no paladar, podendo apresentar os sabores azedos e amargos com frequência; isso está relacionado a um menor prazer na ingestão de alimentos, o que muitas vezes pode levar à desnutrição, com associação de diversos outros fatores;
Diminuição da audição, muitas vezes sendo necessário o uso de aparelho auditivo;
Diminuição do olfato;
Alteração visual, como a diminuição da visão relacionada à catarata e a outras doenças. Essas alterações podem causar diversos problemas ao indivíduo, como ocasionar quedas;
SISTEMA RESPIRATÓRIO
: Toda a mecânica respiratória no indivíduo idoso se altera devido à diminuição da força das musculaturas inspiratórias e expiratórias. Isso resulta em fraqueza muscular e enrijecimento da caixa torácica, o que pode ser ocasionado pela calcificação das cartilagens e pela redução dos espaços intercostais.
A via aérea extra-pulmonar, que corresponde à traquéia e a sua bifurcação, torna-se mais rígida por calcificações e aumenta de diâmetro, resultando em aumento do espaço morto. As vias pulmonares, principalmente as de menor calibre, tornam-se mais frouxas, colabando-se facilmente, contribuindo para o aumento do volume residual.
Com o envelhecimento, verifica-se uma alteração no controle da ventilação pulmonar. É observada uma menor resposta da freqüência respiratória às variações de PaO2, PCO2 e do pH sangüuíneo. Assim, a PaO2 cai a 40 mmHg, a ventilação aumenta cerca de cinco vezes no jovem, porém, bem menos no idoso.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
: As principais alterações cardiovasculares associadas ao envelhecimento ocorrem no miocárdio, no nó sino-atrial, nas valvas cardíacas e vasos sanguíneos, caracterizando modificações tanto de ordem anatômica quanto funcional. Tais mudanças causam efeitos como:
o enrijecimento das artérias, resultado da diminuição das fibras elásticas e do aumento de colágeno;
a deposição de gordura caracterizando a aterosclerose;
o aumento da pressão sistólica;
a hipertrofia da parede do ventrículo esquerdo e enrijecimento da aorta;
outras alterações relacionadas a um maior risco de acometimentos cardiovasculares;
TEMPERATURA
: Os idosos apresentam uma temperatura basal mais baixa em comparação às dos jovens devido a diversos fatores. Dois deles podem ser a redução da gordura subcutânea e a dificuldade em manter o calor corporal.
VISÃO
: A visão constitui um sentido primordial para o ser humano, várias estruturas do olho mudam mediante os processos naturais de envelhecimento:
A córnea sofre uma alteração que a torna mais espessa, podendo perder sensibilidade diante de estímulo ambiente.
A pálpebra inferior tende a ficar com formato de bolsa, por apresentar edema juntamente com herniação de gordura.
A íris, estrutura pigmentada que se encontra entre a córnea e o cristalino, sofre perda na sua pigmentação.
SISTEMA GENITAL FEMININO
: As alterações decorrentes do processo de envelhecimento no gênero feminino estão intimamente ligadas ao hipoestrogenismo e iniciam-se após a instalação da menopausa. A diminuição da produção hormonal ovariana, principalmente de estrógeno, acompanhada de várias consequências no organismo das mulheres idosas.
SISTEMA GENITAL MASCULINO
: Os testículos, embora mantenham seu peso e tamanho, apresentam redução na função das células da parede do túbulo seminífero envolvidas na produção e nutrição dos gametas, o número de espermatozóides caem pela metade, no entanto, a fertilidade, frequentemente, perdura até o extremo da vida. Observa-se redução gradual na produção de testosterona pelas células intersticiais sem, no entanto, ultrapassar os limites da normalidade.
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
: Nesse sistema, as massas muscular e óssea sofrem grande perda, podendo ocasionar diversas patologias no idoso. Isso está diretamente relacionado à diminuição da mobilidade, quedas com consequentes fraturas, maior dependência e limitação funcional.
A massa muscular sofre grande diminuição, o que gera a sarcopenia, uma grande preocupação para a qualidade de vida do idoso.
A massa óssea também reduz, acarretando a fragilidade dos ossos. Isso está relacionado a diversos fatores complexos, como a nutrição do indivíduo ao longo da vida, o sedentarismo e fatores hormonais e genéticos