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Câncer Laríngeo, Homem, 45 anos, história de 3 meses de faringite e massa…
Câncer Laríngeo
Definição
Carcinoma de células escamosas da laringe. Consisiste em tumores malignos com origem nas mucosas da supraglote, glote e subglote.
Etiologia
A combinação de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas pode ter um efeito
multiplicador no risco de câncer laríngeo
Epidemiologia
- Um quarto de todas as neoplasias de cabeça e pescoço
- Mais comum em homens negros
- Homem-mulher
aproximadamente 4:1(incidência)
- Risco relativo de câncer laríngeo é >10 para fumantes que
fumam há 40 anos ou mais e para aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia.
Fisiopatologia
- surge do acúmulo progressivo de alterações genéticas que levam à seleção de uma
população clonal de células transformadas.
- Neoplasia que demanda mais alterações genéticas no seu desenvolvimento que outros tumores sólidos, o que explica o período frequentemente longo (20 a 25 anos) de latência após a exposição inicial á toxina.
- Pode assemelhar-se a uma irregularidade da mucosa, eritroplasia ou leucoplasia.
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Fatores de risco
Fracos
- História de displasia das pregas vocais;
- Doença do refluxo gastroesofágico;
- Imunocomprometido;
- História de papilomatose respiratória recorrente mediada por HPV
Fortes
- Tabagismo (>40maços-ano);
- Bebidas alcoólicas (>8unidades/dia);
- Refluxo biliar;
- Radioterapia prévia no pescoço;
- Negros;
- Sexo masculino;
- História familiar de CA laríngeo
Diagnóstico
- Laringoscopia + Histopatológico
- TC
- RM
- USG
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Tratamento
- Radioterapia
- Quimioterapia
- cirúrgico (laringectomia total, parcial ou subtotal)
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Diagnóstico diferencial
- Laringite;
- Laringite fúngica;
- Sarcoidose;
- Tuberculose;
- Granulomatose com poliangite
- Nódulo de cordas vocais;
- Pólipos
- Cistos;
- Lesões por HPV;
- Lesão micótica;
- Leucoplasia;
- Edema de Reinke (muito presente em pacientes tabagistas e etilistas de longa data)
Prevenção
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- Manter o peso corporal adequado
- Não fumar e evitar o tabagismo passivo
- Tratar possível refluxo do aparelho digestivo
Manifestações clínicas
- Rouquidão;
- Odinofagia;
- Linfadenopatia cervical;
- Massa supraglótica ou glótica;
- Eritroplasia e evoluir para lesões ulceradas, necróticas, friáveis e volumosas;
- Faringite;
- Otalgia
Sinais de doença avançada: caquexia, perda de peso e sofrimento generalizado
Glótico:
- Primeiro sintoma: rouquidão ( alterações fônicas primeiro, vão mais cedo em busca de atendimento);
- Menor taxa de metáses cervicais;
- Glóticos mais extensos: disfagia e odinofagia
Supraglótico:
- Primeiros sintomas: Faringite persistente e odinofagia;
- Metástases - massa cervicias firmes e indolores (buscam atendimento primeiro pela presença das massas, não das alterações fônicas;
- Mais tardios: rouquidão e disfagia
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- Homem, 45 anos, história de 3 meses de faringite e massa cervical a esquerda, indolor, de aumento progressivo. Dois cilos de antibióticos e uma tentativa terapêutica com corticosteroide não eliminaram a faringite e a massa. Relata disfagia com sólidos e agravamento da odinofagia, perda de peso - 7kg nos últimos 2 meses.
- História pregressa: HAS e DPOC (ambas bem controladas com medicamentos); História de tabagismo de 50 maços-ano;
- Exame físico: massa firme, móvel e insensível a palpação, de 2cm, anterior ao músculo esternocleidomastóideo na cadeia de linfonodos da região cervical mediana esquerda do paciente.
Ausência de eritema o induração sobrejacente;
Cavidade oral e orofaringe normais, assim como os nervos cranianos;
MV claro, sem estridor ou estertor;
Uma laringoscopia com fibra ópica flexível revela epiglote espessada com massa ulcerativa e necrótica na sua superfície laríngea que se estende envolvendo as pregas ariepiglóticas e as pregas vocais verdadeiras e falsas à esquerda. As pregas vocais verdadeiras são bilateralmente móveis e parecem normai