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Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil: prioridade para…
Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação
Fatos iniciais
Tem impacto fora do meio médico, pois ameaça, por exemplo, o progresso das "Metas de Desenvolvimento do Milênio", incluindo redução da pobreza, equidade, estabilidade econômica e segurança humana.
São responsáveis pela maior carga de morbomortalidade no Brasil, sobretudo as doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas.
Tem maior incidência em países de baixa/média renda, uma vez que 80% dos casos de DCNT estão concentrados nesses locais.
Apesar de alta morbidade de DCNT no Brasil, o país ainda carece de estudos de coorte nessa temática.
Fatores de risco para as DCNT
Centrado nas 4 DCNT mais prejudiciais, foram definidos seus principais fatores de risco: fumo, inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool.
Inatividade física
A inatividade física aumenta em 20% a 30% o risco de mortalidade.
Alimentação inadequada
O consumo de sal aumenta o risco de hipertensão e de eventos cardiovasculares; o consumo de carne vermelha e de carne processada, o de doenças cardiovasculares e diabetes.
Fumo
Responsável por 71% dos casos de câncer de pulmão, 42% dos casos de doença respiratória crônica e quase 10% dos casos de doenças cardiovasculares.
Uso prejudicial de álcool
Dos casos de morte por mau consumo de álcool, 50% estão relacionados às DCNT.
Estudo revelou que esses quatro fatores são comuns no Brasil, uma vez que 15% da população fuma, boa parte mantém hábitos inadequados de alimentação, poucos praticam atividade física com frequência e bebem muito.
Os Determinantes Sociais também são de fundamental importância nessa discussão, sendo até mais prejudiciais do que os mecanismos biológicos. No Brasil, a população menos qualificada tem 3,7x mais incidência das DCNT do que na "população intelectual", bem como a população negra sofre mais com esses males do que a branca.
Quadro teórico para enfrentamento das DCNT
Nutrição adequada na vida intrauterina, infância e adolescência.
Enfrentamento dos "estressores psicológicos".
Mudança nas relações socioeconômicas e políticas do indivíduo.
Determinantes sociais de saúde e doença
Vetor sociocultural.
Vetor ambiental.
Vetor de amplitude populacional.
Vetor organizacional.
A resposta do Brasil ao desafio das DCNT: avanços, proposições, lacunas e desafios
Avanços
O SUS e sua crescente estruturação permitiram o enfrentamento das DCNT de forma mais forte.
A criação de políticas públicas de destaque no combate às principais causas das DCNT, como as de combate ao fumo e a ampliação do acesso aos cuidados qualificados de atenção primária à saúde (APS).
Proposições
Plano de enfrentamento: vigilância, informação e monitoramento.
Valorização de ações populacionais de promoção à saúde.
Cuidado integral.
Redução de incidência (prevenção) gera menos custos que o tratamento de DCNTs.
Lacunas e desafios no controle das DCNT
Houve aumento na prevalência de hipertensão e diabetes por conta de fatores desfavoráveis, como a obesidade, mas também pela melhor detecção dos casos.
Os costumes de má alimentação que levam à obesidade são um desafio a ser enfrentado num contexto de globalização.
Uma vez que há forte relação entre os padrões alimentares e o processo de desenvolvimento industrial.
Necessidade de garantir o desenvolvimento economico e consonância com as necessidades da saúde pública.
Preservam-se interesses públicos e privados.
Necessidades locais
Criar e manter infraestrutura de apoio clínico como prontuários eletrônicos nas redes de atenção aos portadores de doenças crônicas.
Gerenciar intervenções clínicas mais complexas, dentro da visão do modelo de atenção às condições crônicas.
Necessidades nacionais
Desenvolver elos interministeriais que permitam planejamento baseado na avaliação dos impactos de ações fora do setor saúde.
Preparar e apresentar ações legislativas em relação a bebidas alcoólicas e alimentares.
Expandir e gerenciar ações de vigilância de doenças e fatores de risco.
Incorporar tecnologias em saúde.
Desenvolvimento de estratégias de regulação de setores da sociedade para garantir que os interesses de grandes corporações estejam de acordo com o paradigma da prevenção.
Necessidade de pesquisa e geração de conhecimento
DCNT
Países do hemisfério norte (EUA e UK)
Framingham Heart Study, British Doctors' Study, Whitehall Study, Atherosclerosis Risk in Communities Study etc.
Longitudinais
Simultaneidade de diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos mentais
Estudos de coorte
Entendimento do contexto
Intervenções mais efetivas
Países de baixa e média renda
Contexto diferenciado
Necessidade de estudos de coorte locais
Brasil: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA )
Ministérios da Saúde e de Ciências da Tecnologia
Regiões Sul, Sudeste e Nordeste
Grande variação étnica e cultural
72,9% sudeste
Adultos de 35 a 74 anos, servidores de instituições públicas
Fatores de risco
Fumantes 13,1%
Consumo excessivo de álcool no mínimo esporadicamente 13,2%
Baixa atividade física 76,9%
Hábitos alimentares pouco saudáveis pelo menos 42,5%
52,6% ensino superior completo
52,2% brancos
Faixa manifestação doenças associadas a obesidade
28% em posições de menor qualificação
Acompanhamento a longo prazo
Análise de mudanças e fatores associados
Caracterização socioeconômica e psicossocial
Descoberta de determinantes associados
Dados
63,1% sobrepeso ou obeso
36,1% hipertensão
8,8% diabetes
1,4% infarto do miocárdio, 1,3% AVC e 2,0% doença obstrutiva pulmonar crônica
Contexto pandemia da obesidade e diabetes
Futuramente
Possíveis descobertas acerca de processos fisiológicos por meio das amostras biológicas
Estudo relação ganho de peso e diabetes
Inflamação crônica e sua ligação com diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade
Desigualdades sociais como fatores de risco
Maior entendimento de transtornos mentais e déficit cognitivo como morbidades