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MIASTENIA GRAVIS - Coggle Diagram
MIASTENIA GRAVIS
Definição
Epidemiologia
Fatores de risco
história familiar de distúrbios autoimunes
• A presença de outras doenças autoimunes no paciente e nos membros da família parece aumentar o risco de miastenia gravis (MG).
marcadores genéticos
• Genes HLA específicos e polimorfismos de nucleotídeo único em outros genes envolvidos no sistema imunológico estão associados a diferentes quadros clínicos de MG.
terapia dirigida ao câncer
• MG induzida por tratamento foi relatada após a administração de inibidores de checkpoint (terapia dirigida ao câncer).
A miastenia gravis (MG) é uma doença incomum com uma prevalência mundial estimada de 100 a 200 por milhão da população.
Embora a MG, segundo relatos, ocorra em todos os grupos étnicos, diferenças relativas na prevalência da doença ainda estão por ser determinadas.
Definição
A miastenia gravis (MG) é um distúrbio autoimune crônico da membrana pós-sináptica na junção neuromuscular (JNM) do músculo esquelético
Anticorpos circulantes antirreceptor nicotínico da acetilcolina (AChR) e proteínas associadas comprometem a transmissão neuromuscular.[
Fisiopatologia
As anormalidades neuromusculares na MG são desencadeadas
por resposta autoimune
mediada por anticorpos antiaChR específicos
Anticorpos reduzem o número de AChR disponível nas junções neuromusculares por meio de três mecanismos distintos:
(2) bloqueio do local ativo do AChR, isto é, o local onde a ACh normalmente se liga;
(3) lesão da membrana muscular pós-sináptica por anticorpos em colaboração com o complemento;
(1) renovação acelerada dos AChR por meio de um mecanismo envolvendo o entrecruzamento e a rápida endocitose dos receptores;
Resposta imune à quinase específica do músculo (MuSK)
Uma
proteína envolvida no agrupamento dos AChR nas junções neuromusculares,
pode resultar em
miastenia gravis
com redução
dos AChR
Os anticorpos patogênicos consistem em IgG e são dependentes de células T.
Estrategias imunoterapeuticas contra cel B produtoras de anticorpos e cel T auxiliares são eficientes nessa afecção
MECANISMO
Defeito fundamental é uma redução no número de AChR disponível na membrana muscular pós-sináptica.
Tais alterações reduzem a eficiência da transmissão neuromuscular.
Embora a ACh seja liberada normalmente, produz potenciais pequenos na placa motora que podem ser incapazes de desencadear potenciais de ação musculares
A incapacidade de transmissão em muitas junções neuromusculares acarreta fraqueza da contração muscular
Principais doenças neuromusculares
Doenças do neurônio motor
Ex: ELA
Radiculopatias
Plexopatias
Gangliopatias
Neuropatias periféricas
Miastenia Gravis
Miopatias
Quadro clínico
Fraqueza muscular flutuante que se manifesta principalmente no final do dia ou após exercício físico, com melhora após repouso
Diplopia e ptose palpebral são formas comuns de apresentação inicial
Início insidioso, podendo progredir de leve para grave em semanas ou meses
A fraqueza tende a disseminar-se da musculatura ocular para a facial e, então, para a bulbar.
O acometimento da musculatura do tronco e dos membros ocorre mais tardiamente
Fraqueza bilateral da musculatura da mímica facial
Mastigação difícil, disfagia, disartria e fraqueza cervical para flexão e extensão da cabeça
Fraqueza pode envolver a musculatura dos membros, com predomínio proximal e simétrico
Em alguns pacientes, os sintomas podem permanecer limitados à musculatura ocular extrínseca por anos (miastenia ocular)
Vários medicamentos podem exacerbar os sintomas da miastenia gravis
antibióticos, betabloqueadores, lítio, magnésio, procainamida, verapamil, quinidina, cloroquina, prednisona, anticolinérgicos, bloqueadores neuromusculares, diazepínicos, fenitoína, morfina, lidocaína, gabapentina.
Etiologia
A Miastenia Gravis é de etiologia autoimune.
Pode ter como complicação a crise miastênica
que apresenta como causas:
infecção, estresse cirúrgico, gravidez e puerpério, descontinuação de medicamentos, altas doses de corticoide.
Tratamento
Corticosteróides
Indicados para pacientes que respondem pouco a fármacos anticolinesterásicos e que já tenham sido submetidos à timectomia.
Azatioprina
Pode ser usado em pacientes com doença grave ou progressiva, a despeito de timectomia e tratamento com anticolinesterásicos e corticosteroides.
A dose usual é de 2 a 3 mg/kg/dia, aumentados a partir de uma dose baixa inicial.
Timectomia
A timectomia deve ser realizada em pacientes com menos de 60 anos, podendo ser considerada nos pacientes mais velhos, com fraqueza não restrita aos músculos extraoculares.
Fármacos anticolinesterásicos:
O tratamento com esses fármacos proporciona benefícios sintomáticos sem influenciar a evolução da doença subjacente.
A base do tratamento é a
piridostigmina
, em doses determinadas individualmente, mas que costumam situar-se entre 30 e 180 mg (média de 60mg),
quatro vezes ao dia
Diagnóstico
tomografia de mediastino
displasia ou hiperplasia de timo
testes laboratoriais
anticorpo anti-AChR
eletroneuromiografia
teste do gelo
melhora da ptose
Prognóstico
O prognóstico depende da gravidade dos sintomas no momento do diagnóstico. Com bom tratamento, é possível reduzir os sintomas e viver bem.
Junção Neuromuscular
Os três componentes principais da junção neuromuscular (JNM) incluem a região pré-sináptica, a fenda sináptica e a região pós-sináptica.
A JNM age como interface entre os nervos motores e os músculos por meio da conversão das correntes elétricas dos nervos motores em sinais químicos e, a seguir, retornando para correntes elétricas nos músculos.
Distúrbios na Junção Neuromuscular
Os três componentes principais da junção neuromuscular (JNM) incluem:
região pré-sináptica;
fenda sináptica;
região pós-sináptica.
A JNM age como interface entre os nervos motores e os músculos por meio da conversão das correntes elétricas dos nervos motores em sinais químicos (acetilcolina [ACh]) e, a seguir, retornando para correntes elétricas nos músculos
A despolarização dos terminais nervosos permite a entrada de íons de cálcio (Ca2+) no interior da região pré-sináptica através dos canais de cálcio controlados por voltagem (VGCCs)
Esse processo resulta na ativação de diversas proteínas, incluindo a sinaptotagmina, a sinaptofisina e várias proteínas Snare, levando à fusão de vesículas de ACh na membrana pré-sináptica e à liberação na fenda sináptica
A seguir, as moléculas de ACh se espalham sobre as dobras juncionais pós-sinápticas e se ligam aos receptores da acetilcolina (AChRs), resultando na abertura dos canais iônicos seletivos de cátions e na entrada de Na+ no interior da região pós-sináptica
A liberação de cada vesícula resulta em um potencial de despolarização local que se denomina potencial da placa motora em miniatura (PPMM), com o efeito adicional da criação, por todas as vesículas liberadas, de um potencial da placa motora (PPM) maior e final.