Principais autores e obras:
Na Europa: Émile Zola (1840-1902) e Eça de Queirós (1845-1900).
Émile Zola: Em 1880, publicou o livro de ensaios O romance experimental. Com essa obra, Zola expôs os fundamentos teóricos do naturalismo. Já na ficção, a obra do autor que colocou em prática as suas ideias é Germinal, de 1885.
Eça de Queiroz: o romance O crime do padre Amaro (1875). Nessa obra, o jovem padre Amaro apaixona-se por Amélia, filha da S. Joaneira. No decorrer do romance, descobrimos que a S. Joaneira é amante do cônego Dias, que, ironicamente, tinha sido o mestre de moral de Amaro no seminário. A história, então, caminha para um fim trágico, quando Amaro e Amélia decidem ceder a seus desejos.
No Brasil: Aluísio Azevedo, Adolfo Caminha, e Raul Pompeia.
Aluísio Azevedo: O romance O mulato, de Aluísio Azevedo, de 1881, foi a primeira obra naturalista publicada no Brasil. Nesse livro, o olhar científico do narrador volta-se para questões raciais, pois Raimundo, o protagonista, é filho de um fazendeiro com uma escrava. mas, sua maior obra foi O cortiço. Nesse livro, toda a teoria naturalista pode ser percebida na composição das personagens que vivem no cortiço, o meio corruptor, espaço principal de ação no romance.
Adolfo Caminha: Bom-crioulo a primeira obra a tratar a homossexualidade como tema principal. No entanto, com base na perspectiva naturalista, ela é vista como doença e vício.
Raul Pompeia: Por fim, O Ateneu, de Raul Pompeia. Nessa obra, o meio é o alvo das críticas desse escritor naturalista. O Ateneu é um colégio interno para rapazes. Ali, segundo o narrador, eles são expostos a uma situação corruptora.