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ABDOME AGUDO - Coggle Diagram
ABDOME AGUDO
TRATAMENTO
O tratamento cirúrgico do abdome agudo requer ampla exposição da cavidade peritoneal na maioria dos casos, permitindo ao cirurgião avaliar e ter acesso a todas as vísceras e espaços peritoneais.
O tratamento do abdome agudo infamatório visa ao controle da infecção e da fonte de contaminação, com exérese do órgão ou da víscera comprometida drenagens amplas e suturas
O tratamento e a conduta no abdome agudo perfurativo dependerão de alguns fatores, a saber: etiologia e local da perfuração, tempo de evolução, grau de contaminação da cavidade peritoneal e condições clínicas e gerais do paciente
O tratamento do abdome agudo vascular ou isquêmico depende basicamente da extensão da área acometida.
O tratamento do abdome agudo hemorrágico é imediato ao diagnóstico, pois, em um grande número de casos, o paciente estará com instabilidade hemodinâmica e em choque
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Nauseas e vômitos
Na apendicite e na colecistite agudas, o vomito surge depois da dor
Na pancreatite aguda, o vômito é frequente, intenso e persistente, surgindo junto com a dor
Na obstrução aguda do ureter e do colédoco, o vômito surge junto com a dor
Na obstrução intestinal, tem vômito e é mais tardio quanto mais distal for o local da obstrução.
Febre
Em quase todos os quadros de abdome agudo uma temperatura superior a 37,5° C pode estar presente
Calafrios
pode significar bacteremia, achado comum na colangite e na peritonite.
Anorexia
comum em quadros de abdome agudo inflamatório.
Função intestinal
constipação intestinal, diarreia, melena e enterorragia.
MORFOFISIOLOGIA
É uma sindrome clinica caracterizada por dor na região abdominal
Essa dor é não traumática, súbita e de intensidade variável
Além disso ela necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata
CLASSIFICAÇÃO:
Obstrutivo
Ocorre quando há presença de obstaculo que leve a interrupção da progressão do conteúdo intestinal
Etiologias mais comuns
Hérnia estrangulada
Aderências
Doenças de Crohn
Neoplasia intestinal
Vascular ou isquemico
Normalmente associado com dor abdominal intensa, desproporcional as alterações do exame físico
Alguns fatores associados são
Idade avançada
Doença vascular
Fribilação arterial
Cardiopatas
Doenças valvares
Etiologias mais comuns
Isquemia mesentérica aguda e cronica
Colite isquêmica
Hemorrágico
Mais comum entre a 5ª e 6ª décadas da vida
Geralmente a dor aumenta progressivamente e pode ser acompanhada de manifestação de choque hipovolêmico
Etiologia mais comuns
Ruptura de aneurismas de artérias viscerais
Sangramentos por causas ginecológicas e obstétricas
Ruptura de tumores
Veias varicosas
Aneurismas de aorta abdominal
Inflamatório
Tipo mais comum e é uma consequência de processos inflamatórios/infecciosos
Etiologias mais comuns
Apendicite aguda
Colecistite aguda
Pancreatite aguda
Diverticulite
EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO
Deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal com pernas estendidas. São observadas, forma, volume e alterações cutâneas do abdome
Forma:
avaliar se há presença de assimetria, como pode ocorrer na hepatoesplenomegalia, hérnias de parede abdominal, neoplasias e obstruções. Globoso (panículo adiposo ou líquido ascítico), escavado (emagrecimento ou síndrome consuptiva), pendular (gravidez).
Abaulamentos:
presença de massas abdominais, como neoplasias ou hérnia da parede abdominal.
Retrações:
bridas pós-cirúrgicas, caquexia
Circulação colateral
pode ser visível em caso de obstrução do sistema venoso porta
Ondas peristálticas:
em geral não são observadas em indivíduos normais, mas pode estar presente quadros obstrutivos.
Lesões cultâneas:
sinal de Cullen e sinal de Turner, presentes na pancreatite aguda.abeça de medusa) ou veia cava.
AUSCULTA
Deve ser realizada nos quatro quadrantes de forma superficial para avaliar os ruídos hidroaéreos. Para avaliar alterações do fluxo aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o estetoscópio ao longo do trajeto da aorta. Principais alterações a serem pesquisadas na ausculta:
Presença de ruídos hidroaéreos (descrever intensidade ++++/IV);
Peristaltismo de luta: obstrução;
Íleo paralítico: silêncio abdominal;
Sopros: sugerem aneurismas e compressões arteriais.
PERCUSSÃO
é possível identificar presença de ar livre, líquidos e massas intra-abdominais. A técnica é digito-digital, em que o examinador posiciona uma das mãos sobre o abdome e percute com o dedo indicador.
Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas);
Percussão normal: macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de Traube, timpanismo nas demais regiões.
Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) são maciços
Timpanismo generalizado pode indicar obstrução
PALPAÇÃO
SUPERFICIAL
Avaliar sensibilidade, integridade anatômica e grau de distensão da parede abdominal. Os pacientes com dor abdominal devem ser solicitados a localizá-la. Só então inicia-se a palpação da área mais distante da região dolorosa, deixando esta por último. Deve ser feita com uma mão a 45 graus ou duas mãos superpostas.
Pontos dolorosos:
Ponto epigástrico
sensível na úlcera péptica em atividade;
Ponto cístico
situa-se no ângulo formado pelo rebordo costal direito com a borda externa do músculo reto abdominal, na interseção da linha hemi clavicular com o rebordo costal direito. Deve ser palpado em busca do Sinal de Murphy que pode estar presente na colecistite aguda.
Ponto de McBurney
união do terço externo com dois terços internos da linha que une a espinha ilíaca ântero-superior à cicatriz umbilical. Dor nessa região sugere apendicite aguda. O Sinal de Blumberg , dor a descompressão, pode ser pesquisado na palpação profunda.
PROFUNDA
tem como objetivo palpar órgãos abdominais em busca de visceromegalias e tumorações.
Palpação do fígado
o método mais utilizado na prática é o de Lemos Torres, em que o examinador com a mão esquerda na região lombar direita do paciente tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda. Deve ser avaliado a borda hepática, se tem borda fina ou romba; regularidade da superfície, sensibilidade, consistência, presença de nodulações.
Palpação do baço
normalmente não é palpável, exceto quando atinge duas ou três vezes seu tamanho normal. Para palpá-lo, o examinador posiciona-se à direita do paciente e com a mão direita em garra tenta sentir o polo esplênico inferior durante a inspiração profunda próximo ao rebordo costal esquerdo.
DIAGNÓSTICO
EXAMES
Radiografia convencional
Num caso de obstrução quando houver distensão o raio-x ver com mais facilidade, ficando radiotransparente.
Utilizada na rotina de avaliação inicial do abdome agudo, é mais barato e disponível
Ultrassom
Ferramenta auxiliar na investigação de dor abdominal, possui boa sensibilidade para vias biliares, emergências gineco-obstétriccas, até mesmo apendicite
Possui ampla disponibilidade, menor custo, fácil mobilização do equipamento e seguro
Tomografia computadorizada
Atualmente é um dos principais métodos para avaliação das estruturas abdominais, pois apresenta alta sensibilidade e especificidade 95%
TIPOS
Abdome agudo inflamatório
Sinais radiograficos
Íleoregional
Apendicolito
Escoliose antálgica lombar
Sinais ultrassonográficos
Espessamento apendicular superior a 6mm
Quando inflamado, o apêndice se apresenta como uma estrutura em fundo cego, imóvel
Apendicolito
No corte transversal é vista como uma imagem “em alvo” - Sinal do alvo,
Sinais tomográficos
Infiltração da gordura periapendicular e realce da parede do órgão
Espessamento da parede do apêndice
Diâmetro apendicular ou distensão do apêndice >7mm.
Abdome agudo perfurativo
Sinais radiográficos
Sinal do crescente (ar infradiafragmático): o gás sobe e fica logo abaixo do diafragma / Sinal de Riggler
Sinais tomográficos
Esse exame evidencia tanto o pneumoperitônio como a causa dessa perfuração
Sinais ultrassonográficos
É evidenciado como uma linha ecogênica abaixo da parede anterior da cavidade abdominal associada à sombra acústica sendo mais difícil de ser detectado.
Abdome agudo obstrutivo
Sinais radiográficos
Observa-se distensão de alça do delgado centralmente.
Sinais tomográficos
Observam-se áreas de distensão gasosa formando níveis hidroaéreo, dilatação das alças do delgado, com calibre superior a 2,5 cm desproporção com segmento de alça distal com calibre normal indicando o nível da obstrução
Abdome agudo hemorrágico
Sinais ultrassonográficos
Indicativo de sangue: área hipoatenuante
APG IV - S11P01 / COMPONENTES: Ana Clara, Ana Luiza, Graziele Vidal, Juliane Oliveira, Natália Bastos, Mário Andretti, Alvimar Junior, Romulo Ayres, Vinicius Boson, Mateus Veloso, Maria Paula Coimbra