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Grande depressão do século XIX (1873-1895), Para Beaud, a grande depressão…
Grande depressão do século XIX (1873-1895)
Consequências
Com a falência de pequenas empresas, há grande concentração de renda nas mãos dos donos das grandes empresas.
Aumentos dos custos da produção levaram a menor produção e lucros, gerando crises.
A economia britânica sofre mais com a crise que EUA e Alemanha.
Uma classe trabalhadora maior e mais urbanizada gera reivindicações como aumento dos salários e sindicatos.
Novas invenções geram novos setores e mais gigantes industriais.
Maiores custos de produção e competitividade, além de menor crescimento econômico, levam ao imperialismo.
Origens
Inicia com uma série de quebra de bolsas em 1873, embora a realidade foi uma
desaceleração
no crescimento na maior parte do tempo.
As quebras ocorrem pela grande
interdependência entre bancos,
além do alto índice de especulação e formação de bolhas.
Com o aumento da população, o PIB per capita diminuiu, e no início muitas empresas quebraram.
O setor da agricultura é amplamente afetado pela expansão das ferrovias, que tornam o transporte muito mais barato e fazem dos produtores mais caros ainda menos competitivos.
Assim, a
deflação
é uma das grandes marcas da depressão.
Alguns afirmam que a passagem de capitalismo concorrencial para capitalismo monopolista e a grande competição levou a falências em massa.
Pensadores
Para
Friedman
e outros
monetaristas,
foi o fim do bimetalismo e a escassez de ouro que levaram a uma menor liquidez e a crise.
No entanto, críticos mostram que bancos não faziam muitas transações com ouro e os juros não aumentaram como Friedman afirma.
Para
Schumpeter,
o fim da construção das estradas de ferro desacelerou a economia e iniciou um processo de retração, e foi só com o inicio de outro ciclo de inovações que a crise acabou.
No entanto, como demoraram 20 anos para gerar novas grandes invenções?
Para
Hobsbawm,
o crescimento dos salários gerou uma queda nos lucros.
Para
Dobb,
o crescimento das empresas gerou um excesso de oferta e falta de demanda.
Para
Landes,
inovações reduziram os custos de produção e assim geraram deflação.
Inglaterra
A Inglaterra entra em um período de
deficit na balança comercial,
pois perdeu exportações mas continua dependente da importação de matérias primas.
No entanto, teve
superavit nas transações correntes
por conta de seus grandes investimentos na industrialização de outros países, e assim a alta burguesia inglesa pouco sente a desaceleração econômica.
Por isso, o governo inglês, controlado pelos grandes capitalistas, não adota grandes medidas protecionistas frente a crescente concorrência estrangeira.
Com a industrialização de outros países, a Inglaterra passa a ter
rivais econômicos,
além de perder mercados na Europa e nos EUA agora industrializados.
Para
Landes
e os institucionalistas, a indústria inglesa entrou em declínio por investir pouco na educação e por seus empresários se acomodarem e deixarem de buscar inovações.
Para Hobsbawm e sua visão econômica material, a Inglaterra sofreu com um
“ônus de pioneirismo”,
tendo custos maiores que outros países quando precisa modernizar sua indústria, destruindo assim toda a indústria antiga.
Além disso, sua hegemonia no setor financeiro dava uma falta sensação de segurança aos grandes capitalistas ingleses, que nada fizeram para conter sua decadência.
Para
Beaud,
a grande depressão da início a segunda fase do capitalismo: o imperialismo.