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DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA (DHA) - Coggle Diagram
DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA (DHA)
DEFINIÇÃO:
Causada por uso excessivo de álcool.
evolui através de 3 estágios sucessivos
esteato-hepatite aguda
cirrose alcooólica
Esteatose hepática
a maioria dos etilistas crônicos desenvolve esteatose, mas somente uma pequena fração evolui com hepatite alcoólica que quando persistente ou recorrente pode evoluir para cirrose hepática.
PATOGÊNESES
O principal determinante do surgimento de DHA é a quantidade de álcool ingerida.
em homens: forma mais grave aparece quando o consumo >80g/dia por mais de 10 anos.
em mulheres: aparece quando o consumo é >30g/dia por mais de 10 anos. as mulheres são mais suscetíveis a desenvolver DHA.
FISIOPATOLÓGIA:
ESTEATO-HEPATITE:
o processo inflamatório ocorre devido:
aumento de citocinas inflamátorias
produção de substâncias tóxicas direta do álcool
aumento do estresse oxidativo
o álcool também promove alteração da permeabilidade intestinal.
vai ser caracterizada por uma esteatose associada a uma necrose de hepatócitos e infiltração neutrofílica do parênquima hepático.
é potencialmente reversível com a abstenção do etilismo.
CIRROSE HEPÁTICA:
caracterizada pela deposição de colágeno, glicoproteína e proteoglicano no fígado, levando a uma fibrose hepática, causada pela ativação das células estreladas.
no começo o processo é potencialmente reversível, porém, nos individuos que mantém uma ingesta etílica elevada a evolução para a fibrose panlobular é normalmente definitiva.
ESTEATOSE HEPÁTICA:
O álcool
gera acumulo de ácido graxo no citoplasma
reduz atividade do ciclo de krebs
Reduz a oxidação dos ácidos graxos.
aumenta a expressão de enzimas lipogênicas.
é potencialmente reversível com a cessação do etilismo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ESTEATO-HEPATITE ALCOOLICA
pode ser assintomática
casos graves são mais propensos a desenvolver infecções bacterianas intercorrentes e falência hepática fulminante.
geralmente se manifesta com ampla gama de sinais e sintomas: febre, icterícia, hepatomegalia dolorosa, anorexia e fraqueza.
CIRROSE
manifesta pelos sinais e sintomas da:
hipertensão porta: esplenomegalia, ascite e varizes esofagogástrica.
contratura palmas de Dupuytren
é uma achado clínico que se caracteriza pelo espessamento fibrótico da fáscia palmar digital da mão, que pode progredir para uma contração em flexão das articulações da mão, geralmente ocorre no quarto e quinto dedo da mão.
síndrome da falência hepatocelular: icterícia, encefalopatia, hipoalbuminemia, coagulopatia, ginecomastia e aranhas vasculares.
ESTEATOSE HEPÁTICA
quando é muito intensa o paciente pode referir a desconforto do hipocôndrio direito, discreta hepatomegalia, discreta icterícia e náuseas.
geralmente é assintomática
DIAGNÓSTICO
exame de imagens: RNM, TC e USG. eles mostram infiltração gordurosa, cirrose e ascite.
critérios que reforçam o diagnóstico:
TGO maior ou igual a 50UI/L
TGO >TGP 1,5 vezes
consumo >40g/dia para mulheres e >60g/dia para homens durante 6 meses ou mais.
TGO e TGP < que 400 UI/L
icterícias nas últimas 8 semanas
bilirrubina total >3mg/dl.
biopsia hepática: raramente vai precisar se feita, não é essencial para o diagnóstico, reservada para casos duvidosos e casos associados a outras doenças e possui achados inespecífico.
CLASSIFICAÇÃO
Avalia gravidade, prognóstico, identificar doente que beneficiarão do tratamento.
pode ser classificada pelo método
função discriminativa de Maddrey modificada (FDMM)
Uma fórmula que usa como critérios tempo protrombina e bilirrubina
MDF maior ou igual a 32 - mortalidade de 75% nas primeiras 4 semanas.
MDF <32 - baixa mortalidade
MELD
usado para estimar a gravidade relativa da doença e sobrevida provável de pacientes aguardando o transplante de fígado.
usa como critério: INR, bilirrubina sérica e creatinina sérica.
MELD > 18 pior prognóstico.
Na maioria das vezes é clínico: suspeitar de história clínica de etilismo crônico e afastar outras causas de hepatopatia para fechar o diagnóstico.