A administração pública gerencial ancorada nos pressupostos da nova gestão pública, tendo como uma de suas plataformas de base a substituição do perfil denominado administrador burocrático por aquele identificado como “novo gerente” enquadra-se no plano da objetividade, isto é, concebe um perfil gerencial voltado à racionalidade, à competição, ao sucesso, enfatizando um tipo ideal de gerente impregnado por uma “obsessão pela eficácia, pelo desempenho, pela produtividade, pelo rendimento a curto prazo”
Pela ótica da objetividade, a retórica gerencialista na administração pública é crítica em relação à conduta burocrática, já que esta é identificada como conflitante em relação ao alcance da eficiência e agilidade das máquinas estatais.
A burocracia é tomada como contrária a certos valores como motivação, compromisso e auto-realização dos indivíduos, bem como vinculada a aspectos de ineficiência e inércia na prestação de serviços
O “novo gerente”, por outro lado, é o empreendedor que conduz o seu pessoal a projetos individuais de auto-realização, encorajando-os a tornarem-se responsáveis por si próprios, como indivíduos altamente identificados com os valores da organização em busca da eficiência dos negócios