Hiperplasia Prostática Benigna

ETIOLOGIA

Hiperplasia dos compartimentos epiteliais e estromais, especialmente na zona transicional - atribuída a alguns fatores:

  • mudanças nas alterações hormonais relacionadas com a idade, criando desequilíbrio androgênio/estrogênio;
  • alterações nas interações estroma-epitélio prostáticas que ocorrem com o envelhecimento;
  • aumento nos números de células-tronco prostáticas.

SINTOMAS / APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Sintomas de micção

hesitação, intermitência, fluxo fraco, esforço, esvaziamento incompleto e gotejamento após a micção

Sintomas de Armazenamento

polaciúria, noctúria, urgência

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

ITU, prostatite: febre, dor e disúria

Medicamentos: diuréticos, anticolinérgicos e alfa-agonistas adrenérgicos - afetam a taxa de fluxo urinário ou o tônus próstata-bexiga

Doenças cardiovasculares e renais: podem apresentar polaciúria ou noctúria

CA de próstata: hematúria, toque retal anormal com presença de nódulos, níveis anormais do PSA

FISIOPATOLOGIA

HPB envolve a hiperplasia dos componentes prostáticos epiteliais e estromais - uma característica importante é a maior razão estroma:epitélio. Com o tempo, pode resultar em obstrução infravesical, que tem tanto um componente prostático (aumento do tecido epitelial, especialmente na zona de transição), quanto um componente dinâmico (aumento do tônus muscular liso estromal).

Um grande número de receptores alfa-adrenérgicos está presente na cápsula prostática, no estroma e no colo vesical. O receptor alfa-1 predominante no tecido estromal prostático é o receptor alfa-1A.

O tratamento da HPB sintomática é feito principalmente pela redução do tamanho do componente glandular após a inibição da formação de di-hidrotestosterona por inibidores da 5-alfa redutase e por meio de relaxamento do tônus muscular liso com alfabloqueadores.

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO

Toque retal

Exames laboratoriais

História clínica

revela uma próstata de tamanho aumentado (simétrico), de consistência fibroelástica e com o sulco interlobular preservado

EAS (pesquisa de infecção do trato urinário), ureia e creatinina (avaliar a presença de nefropatia obstrutiva), PSA ( níveis acima de 1,6 estão relacionados à maior risco de progressão da HPB)

Tratamento Clínico

Tratamento Cirúrgico

Espera vigilante

Sintomas Leves

IPSS 0-7

IPSS 8 A 19

Alfa bloqueadores(alfa1)

Inibidores da alfaredutase

Doxazosina

Tansulosina

menos seletiva, mais efeitos colaterais

mais seletiva, menos efeitos colaterais

Finasterida, dutasterida

Bloqueio da conversão de testosterona em dihidrotestosterona

Redução do tamanho da glândula

Efeitos colaterais: disfunção erétil, libido diminuída, ginecomastia e distúrbios da ejaculação

Necessita de tratamento por pelo menos 6 meses

Redução do PSA em 50%

IPSS > 20

Falha na terapia medicamentosa

Intolerância medicamentosa

Técnica Cirúrgica

Prostatectomia

Incisão transuretral da próstata

RTU(Ressecção transuretral da próstata)

Escolha para próstatas menores(20-30gramas)

Complicações

Retenção urinária

Distúrbio hidroeletrolitico

Sangramento

Complicações tardias: Estenose, ejaculação precoce, incotinência urinária

Aberta ou por videolaparoscopia)

Próstatas maiores

Complicações: Sangramento, retenção urinária, disfunção sexual

CA de próstata

Manifestações clínicas

Screening pela SBU

Diagnóstico

Tratamento

Sintomas de obstrução urinária (hesitação,
jato intermitente e/ou fraco)

todos os homens entre 50-75 anos,

deve ser feito com PSA + TR

Um TR positivo (nódulo, induração) indica biópsia, independente do PSA

Toque retal

presença de nodularidade, induração ou assimetria lobar acentuada.

PSA

Valores > 10 ng/ml são mais específicos para câncer

Biópsia Transretal da Próstata Guiada por USG (Bx-TRUS)

Doença localizada

Doença avançada

1- Conduta Expectante
2- Prostatectomia Radical (aberta, laparoscópica manual ou RALP)
3- Radioterapia Externa
4- Braquiterapia

Hormonioterapia (deprivação androgênica)

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