MIASTENIA GRAVIS
Definição
É uma doença imunológica mediada por anticorpos direcionados contra antígenos da porção pós-sináptica do receptor nicotínico de acetilcolina (AChR) na junção neuromuscular
Isso implica em fraqueza e fatigabilidade flutuantes da musculatura esquelética estriada
Epidemiologia
Não é uma doença rara, apresentando uma prevalência de pelo menos 2 a 7 em 100.000
Apresenta pico bimodal, acometendo principalmente mulheres entre 20 e 40 anos e homens entre 40 e 60 anos de idade.
As mulheres são mais frequentemente acometidas, na razão de 3:2
A ocorrência familiar autoimune é rara, mas, em geral, há alta incidência de outras doenças imunológicas associadas.
Doenças da junção neuromuscular
São doenças ADQUIRIDAS ou HEREDITÁRIAS decorrentes de disfunção da transmissão neuromuscular.
Doenças do neurônio motor, como exemplo a Esclerose Lateral Amiotrófica.
Radiculopatias.
Plexopatias.
Ganglionopatias.
Neuropatias periféricas.
Miastenia gravis.
Miopatias.
FISIOPATOLOGIA
redução no número de receptor de acetilcoli- na (AChR) disponível na membrana muscular pós-sináptica.
embora a acetilcolina seja liberada normalmen- te, produz potenciais pequenos na placa motora que podem ser inca- pazes de desencadear potenciais de ação musculares
A incapacidade de transmissão em muitas junções neu- romusculares acarreta fraqueza de contração muscular
exaustão pré-sináptica.
No pacien- te miastênico, a reduzida eficiência
da transmissão neuromuscular as- sociada à exaustão normal resulta na ativação de um número cada vez menor de fibras musculares por im- pulsos nervosos sucessivos com con- sequente aumento da fraqueza ou fadiga miastênica.
resposta decremental à estimulação nervo- sa repetitiva
resposta autoimune me- diada por anticorpos anti-AChR es- pecíficos.
Uma proteína envolvida no agrupa- mento dos AChR nas junções neuro- musculares denominada MuSK (qui- nase específica do músculo) também pode ser alvo da resposta imune e resultar em miastenia gravis,
Células semelhantes às musculares, denominadas células mioides, no in- terior do timo, as quais exibem AChR na superfície, podem servir como fon- te de autoantígeno e desencadear a reação autoimune dentro do timo.
Na miastenia gravis soronegati- va (MGSN), não são encontrados anticorpos contra o AChR e MuSK.
Fatores genéticos também estão en- volvidos na patogênese da miastenia gravis. Certos subtipos de HLA (an- tígeno leucocitário humano) têm sido associados, incluindo os subtipos HLA-B8, HLA-DRw3, DQw2.
DIAGNÓSTICO
História clínica
Exame físico
Teste do gelo a beira leito
Teste do edrofônio
Pode como alternativa
teste da neostigmina ou piridostigmina
Diagnósticos diferenciamos: bolutlismo, síndrome de Eaton-Lambert e Síndrome de Guillain-Barré
TC
Avaliar timo
Eletroneuromiografia
Laboratorial
Anti-AChR
Diagnóstico diferencial
Todas doenças que acompanham de fraqueza dos músculos orofaríngeo ou dos membros
Distrofias musculares, ELA,paralisia bulbar progressiva, oftalmologia por outras causas, astenia da psiconeusrose ou hipertiroidismo
TRATAMENTO
Sintomático, imunomodulatoria rápida, imunomodulatoria crônica e terapia cirúrgica
Sintomática
Brometo de pirigostigmina
Inibição da acetilcolinesterase
Imunomodulatoria
Curto prazo: plasmeférese e imunoglobulina intravenosa
Médio a longo prazo: glicocorticoides, azatioprina, micofenolato de mofetila, ciclosporina, ciclosfamida
Cirúrgico: timectomia
Resposta a partir do terceiro ano
Etiologia e fatores de risco
Fatores genético e ambientais
Doenca autoimune, não tem os mecanismos etiologicos totalmente conhecidos
Genéticos
Presença complexo de histocompatibilidade HLA
Ambientais
Infecções bacterianas
Alterações no timo
Stress e emocional
Desequilíbrio hormonal, como na gravidez
Infecções virais
Uso de medicamentos: betabloqueadores (propranolol e metroprolol), ATB (ciprofloxacin, aminoglicosideos, polimixinas, ampicilina)
QUADRO CLINICO
Forma Ocular
Ptose palpebral;
Diplopia;
Oftalmoparesia;
Forma Generalizada
Fraqueza flutuante da musculatura esquelética;
Voz anasalada
Dificuldade de mastigação
Fatigabilidade bulbar
Regurgitação nasal
Flutuação ao longo do dia
Aspiração
Infecções
Traqueobronquites
IVAS
Pneumonia aspirativa
Mudança de medicações
Medicações
Crise Miastenica
Dispneia
Disartria
Disfagia
Fraqueza predominante em musculatura bulbar.
Relação MG e alterações emocionais
Desordens emocionais secundárias
O paciente apresenta diversos sintomas orgânicos iniciais, modificando seu comportamento social
Transtornos psiquiátricos
Ansiedade
Humor depressivo
Apatia, angústia
Indisposição
Agitação psicomotora