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Política de Segurança Pública e a atuação de Psicólogos - Coggle Diagram
Política de Segurança Pública e a atuação de Psicólogos
Segurança pública
Costa e Lima (2017) discutem Segurança Pública dentro de uma perspectiva empírica e organizacional que se desenha por diversas instituições atuando, direta ou indiretamente, na busca de respostas para problemas relacionados a um tipo de manutenção da “ordem pública”, “controle de criminalidade” e “prevenção de violências”
Para a Psicologia, a atuação na segurança pública está relacionada com a construção de um saber atento às subjetividades dos/ as operadores da segurança pública e o compromisso ético coma valorização da vida de todas as pessoas
estruturar instituições
e práticas sociais em torno da relação entre Estado e sociedade.
Política Pública
construção de um acordo coletivo sobre o funcionamento das instituições responsáveis pelo controle social
É o contrato social sobre o que entende por paz e segurança e quais são as prioridades dessas instituições para alcançá-las.
CREPOP
é uma ferramenta do Sistema Conselhos de Psicologia, que tem como objetivo sistematizar e difundir o conhecimento sobre a prática da Psicologia nas políticas públicas.
tem como um dos seus principais instrumentos de
orientação e qualificação as R
eferências Técnicas
, importantes documentos técnicos, éticos e políticos
Psicologia e Segurança Pública
Ao adentrar as políticas públicas, a Psicologia é chamada a analisar as relações históricas, sócio-políticas, coletivas e interpessoais intrínsecas à construção dos processos de subjetivação, mas também fundamentais para repensar seu papel como agente de mudança social.
Através da desindividualização das questões do sujeito, “há espaço para um olhar ampliado que pense a subjetividade principalmente como produto da estrutura social e suas forças”
A(o) psicóloga(o) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
É pelo controle social que a Psicologia encontra um efetivo
campo de intervenção na Segurança Pública
É necessário uma formação que reforce o compromisso social da Psicologia
nossas práticas devem questionar a naturalidade dos objetos e dos sujeitos que estão no mundo, abrindo espaço para a construção do respeito às diferenças, das multiplicidades de conexões e da produção coletiva de um espaço urbano democrático e da produção de outras formas de ser e estar no mundo
Torna-se evidente a necessidade de lutar para que a Psicologia esteja cada vez mais próxima da população e contra os retrocessos em curso, no Brasil
Tempos sombrios que conclamam a resistência: pelas políticas públicas, pela transformação da desigualdade social, por uma Psicologia socialmente compromissada
Segurança Pública e sua dimensão ético-política
Sinhoretto (2015) descreve que o sistema penal Brasileiro estabelece um alvo equivocado, já que o foco das prisões está no tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio
como o empenho da segurança pública do país nos últimos anos está voltado para crimes desse tipo, a estrutura e as condições de fortalecimento do crime organizado não são combatidas
Concernente ao cenário da segurança pública, dois fenômenos interligados chamam atenção no Brasil: o aumento da violência letal e do encarceramento em massa
e o crescimento da violência letal o não atinge homogeneamente a população e é mais um dos indicativos de uma persistente da desigualdade racial no Brasil
tanto a problemática dos homicídios como as políticas de aprisionamento em massa podem ser vistas como expressões do caráter estrutural do racismo no Brasil
Assim o encarceramento em massa, os homicídios, a criminalização da pobreza, a perpetuação do mito das classes perigosas, entre outras questões, tem aguçado uma perversa relação entre raça, crime e violência
a democracia liberal moderna, não abdicou do colonialismo e do imperialismo, mas convive com essas estruturas de dominação que incidem sobre territorialidades marginalizadas e se sustenta por meio delas
Para o combater as problemáticas levantadas e garantir a segurança social é necessário:
ampliação de programas e projetos voltados para adolescentes e jovens vulneráveis aos homicídios
proteção às famílias vítimas de violência
qualificação urbana dos territórios vulneráveis aos homicídios
mediação de conflitos e proteção a ameaçados
criação de oportunidades de trabalho e renda às populações mais afetadas pelas desigualdades sociais
formação de policiais
controle de armas de fogo
e munições além da mídia sem violações de direitos
Em um contexto necropolítico de produção massificada e espetacularizada de mortes de corpos socialmente considerados como “invivíveis”, perversamente (in)visíveis e não-enlutáveis, no tadamente corpos afro-amerindio-descendentes, a Psicologia Brasileira pode contribuir com:
Defesa do regime democrático
Garantia e ampliação de direitos humanos
Fomento à Participação Popular
Enfrentamento às diversas formas de opressão
Direito à cidade aos diversos segmentos sociais
Atuação da(o) psicóloga(o) no âmbito da segurança pública
No ano de 2011, o CFP realizou a pesquisa “A Atuação das(os) psicólogas(os) na Segurança Pública”, com o objetivo de investigar aspectos da prática profissional neste campo
A fase qualitativa da pesquisa possibilitou a identificação de três grandes categorias de análise na fala das profissionais que
atuam na área:
(a) a política e os serviços de segurança pública
Com base nesses dados percebeu-se que:
atuação como psicólogas(os) nesse sistema passa por fomentar espaços de reflexão e sensibilização, desde os níveis de gestão até dos operadores da ponta, dos aspectos das exposições que tal profissão, ao menos como tem sido realizada, os coloca
Atuar também para pluralizar espaços de fala, acolhimento e de construção de outras possibilidades de práticas profissionais na segurança e de cuidados da categoria pode potencializar a produção de outras vivências
(b) a Psicologia na política de segurança pública
(c) atuação da(o) psicóloga(o) na política de segurança pública.