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Trovadorismo 1189 (ou 1198) à 1418 - Coggle Diagram
Trovadorismo
1189 (ou 1198) à 1418
Contexto histórico
Vídeo aula
Idade média, aproximadamente entre os séculos XII e XIV
Consolidação de Portugal como um país independente
Reconquista da Península ibérica
Galego-português, primeiras escritas de Portugal (literatura portuguesa)
Feudalismo
Teocentrismo: Deus no centro do mundo, domínio da Igreja Católica
Sociedade estrutura em uma pirâmide:
No topo: rei
Depois: alto clero, alta nobreza
Penúltimo: baixo clero, baixa nobreza
Por último: servos, trabalhadores
Produção literária na corte
Primeira manifestação literária da língua portuguesa
Origem: França (região sul) Portugal e Espanha
A formação da sociedade portuguesa coincidiu com as primeiras produções literárias do trovadorismo
1189 foi o ano da primeira composição literária chamada de "Cantiga da ribeirinha" escrita por Paio Soares de Taveirós, assim dando início ao trovadorismo
Tipos de compositores:
Trovador
: compositor, cantor e instrumentador que pertencia à nobreza. Pela qualidade cultural, compunha uma categoria superior.
Segrel
: fidalgo inferior ou em decadência. Era cantor e compositor, geralmente andarilho e profissional, ou seja, vivia desse trabalho.
Jogral
: de origem popular e parca cultura, era bailarino e servia a senhores feudais para distrair a corte ou o exército.
Menestrel
: de origem popular, limitava-se a apresentar composições nos castelos ou feudos.
Soldadeira
: moça que acompanha os artistas dançando, cantando e tocando castanholas.
União da música e da poesia, recitação de poemas com acompanhamento musical
Guerras e batalhas
Cancioneiros: manuscritos com resumos de poesias trovadorescas
Cancioneiro da Ajuda
Cancioneiro da Vaticana
Cancioneiro da biblioteca Nacional de Lisboa
Cancioneiro da Virgem Maria
Representantes da escola:
Dom Afonso X, Dom Dinis, Dom Duarte
Trovas: poesias feitas para serem cantadas
Instrumentos que acompanhava o trovador: cítara, viola, flauta, lira, harpa.
Cantigas:
Refrão: lírica amorosa
Cantiga de amor
Cantiga de amigo
Maestria: satírica
Cantiga de escárnio
Cantiga de maldizer
Cantiga de amor:
sujeito: eu-lírico (discurso) masculino
objetivo: a dama, a senhora
característica do sujeito: sofredor, aflito, enlouquecido, coitado
característica do objetivo: mulher idealiza por suas qualidades (física, moral e social)
expressão dos sentimentos: amor por uma mulher inacessível (vassalagem amorosa)
cenário: ambiente da corte
origem: provençal
Ex:
“Cantiga da Ribeirinha” de Paio Soares de Taveirós
No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
Ex atual:
O céu explica tudo- Henrique e Juliano
Cantiga de amigo:
sujeito: eu-lírico (discurso) feminino
objeto: o amigo (namorado)
característica do sujeito: formosa, bela, graciosa, camponesa
característica do objeto: mentiroso e traidor, mas muito bonito
expressão dos sentimentos: sofrimento por sentir saudades do seu "amigo", pelo abandono
cenário: ambiente pastoril (campo, mar)
origem- galaico-portuguesa
Ex-
Dom Dinis
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo,
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai Deus, e u é?
Ex atual:
ausência- Marília Mendonça
Cantiga de escárnio:
Realiza uma crítica indireta
Não identifica a pessoa satirizada, faz um crítica satírica de forma genérica
Utiliza linguagem bem trabalhada
Apresenta muitas sutilezas, ironias, trocadilhos e ambiguidades
Ex:
João Garcia de Gilhade
Ai dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv'en[o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei todavia;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Ex atual:
Amor falso- Adair playboy
Cantiga de maldizer:
Realiza uma crítica direta
Geralmente revela o nome da pessoa satirizada com intenção de difamar
Apresenta linguagem trabalhada
É comum a agressão verbal a pessoa satirizada (palavrões)
Ex:
Martim Soares
Da mulher vossa, ó meu Pero Rodrigues
Jamais creiais no mal que falam dela.
Pois bem sei eu que ela por vós mui zela,
Quem não vos quer vos traz somente intrigas!
Pois quando deitou ela em minha cama,
A mim mui bem de ti ela falava,
Se a mim deu o corpo, é a vós quem ela ama.
Ex:
Renata- latino