A crítica à burocracia — implicando, inspirando-se em Du Gay (1996a,1996b), considerar obsoleto o ethos do bureau, confundindo, de certo mo-do, a burocracia, conforme estudada por Weber (1984) — instrumento depoder, controle e alienação social, no dizer de Motta (1985) —, com assuas disfunções que, caracterizadas por Merton (1971), podem ser entendi-das, “entre outros aspectos, pelo excessivo apego às normas que passam aser consideradas absolutas e não de modo relativo”, no dizer de Cavedon eFachin (2000:8), de modo semelhante aos dados por eles revelados empesquisa realizada em uma universidade pública, retratando o modo depensar de seus entrevistados sobre aquela organização;
A concepção de um protótipo do tipo “novo gerente” como antítese ao “admin-istrador burocrático” — a pressuposição de “gerente” como “homem denegócios” ou empreendedor público, guiado por valores ligados ao merca-do, tomando decisões baseadas em suas capacidades de julgamento sobreo que é bom ou mau para um determinado negócio, atuando em organiza-ções que deveriam estar inseridas em um tipo ideal “novo gerente”, con-forme as enquadra Wood Jr. (2001:131), ou seja, aquelas direcionadas“para a flexibilidade, a agilidade, a criatividade e a capacidade de in-ovação”.