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CEFALEIAS PRIMÁRIAS - Coggle Diagram
CEFALEIAS PRIMÁRIAS
Diferença entre Cefaleia Primária e Cefaleia Secundária
Cefaleia Primária
São aquelas em que a cefaleia
e suas manifestações associadas constituem o distúrbio em si.
Frequentemente resulta em considerável incapacidade e redução da qualidade de vida do paciente.
Sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais (p. ex., migrânea [enxaqueca], cefaleia do tipo tensional e cefaleia em salvas).
Cefaleia Secundária
São causadas por distúrbios exógenos.
A cefaleia secundária branda, como a observada em associação a infecções do trato respiratório superior, é comum, mas raramente preocupa.
Provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais
A dor é consequência de uma condição sistêmica ou neurológica (ex., cefaleia atribuída a infecção sistêmica, cefaleia atribuída a meningite e cefaleia atribuída a neoplasia intracraniana).
CEFALEIA MIGRÂNEA
Definição
Cefaleia herdada que é tipicamente unilateral
80% dos casos tem um parente direto
Apresenta crises repetidas
Podem ocorrer com frequência bem variada
Intensidade vai de moderada - forte
Epidemiologia
15-20% em mulheres
4-7% em homens
Prevalência entre 25-55 anos
Fatores de risco
Alteração do sono
Jejuns de certos alimentos (chocolate, laranja, comidas gordurosas, lactose)
Exposição a ruídos elevados
Odores fortes
Alteração climática brusca
Pratica de exercícios físicos
Uso de medicamentos vasodilatadores
Tratamento
Escolher medicações que sejam de preferência parenteral
Triptanos – são agonistas superseletivos dos receptores serotonérgicos 5-HT1B e 5-HT1D do sistema trigeminovascular
Sumatriptano: subcutâneo, oral e nasal; zolmitriptano, rizatriptano, naratriptano e eletriptano, todos VO
Efeitos adversos são leves e transitórios: vertigem, tonturas, sensação de calor e de fraqueza, náuseas, vômitos, dispneia e aperto no peito
AINES: de preferência dipirona EV, naproxeno, Ibuprofeno, diclofenaco, cetoprofeno, tenoxicam, cetocorolaco, indometacina
Metoclopramida; Corticosteroides: dexametasona EV
Opioides: não é tão recomendado pela questão da dependência. Tramadol, nalbufina, codeína, oxicodona
Neurolépticos: potente efeito analgésico e são úteis em crises refratárias e no estado migranoso, particularmente quando ocorre vômitos. Ex. clorpromazina
Tratamento da aura migranosa: não existe consenso firmado sobre o que deve ser feito nesses casos. É recomendado não utilizar drogas com efeito vasoconstritor, como os ergotamínicos e os triptanos. Alguns autores preconizam o uso de verapamil ou nitrito de amilo ou isoproterenol
Diagnóstico
Crises repetidas de cefaleia que duram 4 a 72h em pacientes com exame físico normal, nenhuma outra causa razoável para cefaleia e:
Pelo menos 2 das seguintes manifestações
Dor latejante
Agravamento por movimento
Dor unilateral
Intensidade moderada ou grave
Além de pelo menos 1 das seguintes manifestações
Náuseas/vômitos
Fotofobia e fonofobia
Quadro clínico
Aura
Sintomas visuais
Sensitivos
Sinais e sintomas neurológicos reversíveis, que precedem a cefaleia por até 1h
Disfasias ou paresias
Cefaleia
Foto/fonotobia
Dor pulsátil, de dor modera a forte intensidade, geralmente na região anterior da cabeça
Náuseas e ou vômito
Pródromo
Desânimo
Avidez por doces
Alentecimento do raciocínio
Distúrbios do sono
Precedem a cefaleia por até 48h
Pósdromo
Fase de exaustão
Fisiopatologia
A fisiopatologia da enxaqueca ainda não foi completamente elucidada.
As principais estruturas envolvidas são SNC, o sistema trigeminovascular e os vasos correspondentes
A depressão alastrante é o fenômeno neurológico que provavelmente justifica achados experimenais e clínicos na enxaqueca.
Ela tem velocidade de propagação semelhante à aura, ativa o núcleo espinhal do trigêmeo e está relacionada à liberação de CGRP e NO
Alterações circulatórias detectadas por métodos complementares reforçam o papel da depressão alastrante
Além de outras fibras autonômicas que inervam estes vasos, e os vários agentes vasoativos locais, como a SP, CGRP, NO, VIP, NPY, ACh, NA, NKA
A identificação de anormalidades em pelo menos três loci (cromossomas 19 e 1) na enxaqueca hemiplégica familiar ocorreu recentemente
Elas estão relacionadas a anormalidades nos canais de cálcio voltagem dependentes tipo P/Q, específicos do SNC
Regulam a liberação de vários neurotransmissores, incluindo possivelmente a serotonina.
Etiologia
Claridade
Barulhos elevados
Fonte de estresse
Esforço físico
TPM - oscilação hormonal
CEFALEIA TENSIONAL
Fisiopatologia
A fisiopatologia da CT ainda não foi completamente compreendida.
É provável que a CT seja causada por um distúrbio primário da modulação da dor no SNC isoladamente.
Diferente da enxaqueca, que envolve um distúrbio mais generalizado da modulação sensorial.
Os dados sugerem uma contribuição genética à CT, mas com informações inconclusivas.
O termo cefaleia tensional implica que a dor decorre de tensão nervosa
Mas não há evidências claras da tensão como etiologia.
A contração muscular tem sido considerada uma manifestação que distingue a CT da enxaqueca.
Porém não parece haver diferenças na contração entre os dois tipos de cefaleia.
Definição
Usado para descrever uma síndrome de dor de cabeça crônica caracterizada por desconforto bilateral constritivo, em faixa.
A dor costuma desenvolver-se lentamente, oscilar em intensidade e pode persistir de maneira mais ou menos contínua por muitos dias.
Tratamento
Abortivo (Crise)
Deve ser realizado com analgésicos comuns ou AINE, VO. O paracetamol associado à cafeína é uma excelente opção terapêutica.
Doses:
Paracetamol 650-1000mg com ou sem cafeína
Dipirona 500-1000mg
Diclofenaco potássico 50-100mg
Ibuprofeno 200-800mg
Profilático
Quando os episódios de cefaleia tensional é mais de 15 dias por mês devemos iniciar o tratamento profilático antidepressivos tricíclicos, como a Amitriptilina 10-50mg/dia ao deitar
Fatores de Risco
Déficit de hidratação
Mudanças dietéticas
Tensão elevada
da musculatura da cabeça
Posições/postura inadequadas;
Ciclo menstrual;
Distúrbios do
sono ou excesso dele;
Bruxismo;
Consumo de determinados alimentos;
Estresse, ansiedade e depressão;
Epidemiologia
A cefaleia tipo tensional ocorre mais em mulheres do que em homens e também pode surgir em crianças, adolescentes ou pessoas idosas.
Sua intensidade é maior no final do dia ou no início da noite, com leve a média intensidade.
Diagnóstico
Pelo menos dez crises de cefaleia que preenchem os critérios. O número de dias dessa cefaleia é menor que 12/ano.
Cefaleia durando de trinta minutos a sete dias
Pelo menos duas das seguintes características da dor:
Qualidade de aperto/pressão (não pulsátil)
Intensidade leve a moderada (pode limitar, mas não impede atividades)
Localização bilateral
Não é agravada ao subir degraus ou em atividade física semelhante de rotina diária
Ambos os seguintes:
Ausência de náuseas ou vômitos (anorexia pode ocorrer)
Fotofobia e fonofobia estão ausentes, ou apenas um deles está presente.
Quadro clínico
Dor de leve a moderada intensidade, de caráter opressivo, quase sempre bilateral
A duração da dor varia de 30 min a 7 dias
Surge, no final do dia após um dia extenuante
Normalmente não há sintomas associados
Em alguns pacientes pode ser percebida à palpação hiperestesia e hipertonia da musculatura pericraniana
Etiologia
Estresse;
Alterações hormonais;
Excesso de preocupação;
Ansiedade;
Tensão emocional;
Má postura;
Dificuldade para enxergar;
Desidratação.
CEFALEIA EM SALVAS
Definição
A dor é profunda, em geral retro-orbital, frequentemente de intensidade excruciante, não flutuante e de característica explosiva.
Caracteriza-se como crônica quando não há um período significativo de remissão continuado.
Epidemiologia
Forma rara de cefaleia primária com frequência na população de aprox. O, 1 %.
Acomete mais homens que mulheres, em uma proporção de 4:1.
Incidência anual é de 2,5 casos/100.000 pessoas.
Há dois picos de incidência, um entre 20 e 30 anos de idade e outro entre 40 e 49 anos.
Fisiopatologia
Fisiopatologia da CS ainda é discutida pelos especialistas
Considera-se a hipótese de vasculite ou inflamação no seio cavernoso ou proximidades.
Estudo com ressonância magnética nuclear funcional mostra, no momento da crise:
Hipermetabolismo na região hipotalâmica supraquiasmática ipsilateral à dor.
A cefaleia em salvas é provavelmente é um distúrbio envolvendo:
Os neurônios marca-passo centrais na região do hipotálamo posterior.
Fatores de risco
Sexo
Gatilho de ácool
Quadro clínico
Durante a cefaleia, ocorre pelo menos 1 dos sinais
Lacrimejamento
Congestão nasal
Rinorréia
Sudorese facial
Ptose
Edema de pálpebra
Hiperemia conjuntival
Dor
Geralmente é atrás ou acima do olho.
Atinge o seu máximo de inensidade em cerca de nove minutos e tende a terminar abruptamente.
Forte intensidade, ficando o paciente desesperado
Diagnóstico
Critérios
B) Dor unilateral orbital, supra-orbital e/ou temporal grave durando de 15 a 180 minutos se não for medicada
C) Cefaléia está associada a pelo menos um dos seguintes sinais do lado da dor.
A) Pelo menos cinco crises obedecendo B-D
D) Freqüência dos ataques variando de um por dia, até oito por dia.
Tratamento
Pode ser dividido em tratamento medicamentoso abortivo e profilático e em tratamento cirúrgico.
Medicamentoso
Triptanos – Sumatriptano, 6 mg/dia via subcutânea ou 20 mg via inalatória
Oxigênio a 7 litros por minuto por 15 minutos com máscara facial
Ergotamina, 1 mg via endovenosa, intramuscular ou subcutânea até 3 mg ao dia
Oxigenoterapia a 100% 7L/min por 15 minutos
Profilático
Verapamil: 160-960mg/dia
Uso de corticoide
Descompressão cirúrgica do 5º par craniano
Cirúrgico
Estão indicados na CS crônica nas seguintes condições: refratariedade, contraindicações ou efeitos colaterais não toleráveis dos tratamentos medicamentos.
O paciente deve ser orientado a evitar tais estímulos no período das salvas.
As crises podem ser desencadeadas por ingestão de bebidas alcoólicas e exposição a odores fortes