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Alergias e intolerâncias alimentares - Coggle Diagram
Alergias e intolerâncias alimentares
DIAGNÓSTICO
Para chegar ao diagnóstico de intolerância a alimentos o primeiro passo é conhecer o histórico do paciente. Por isso, é comum que o médico recomende a criação de um diário alimentar, em que paciente registre o que comeu e bebeu, se houve reação, em quanto tempo ela apareceu, sua intensidade e outras informações necessárias à compreensão do problema.
Com essas informações em mãos, o médico responsável pode solicitar testes clínicos e exames de sangue nos quais pode observar a resposta do organismo a determinados alimentos. Além dessa forma, é possível diagnosticar a intolerância alimentar através do exame de fezes, testes do ar expirado (após a ingestão de lactose diluída em água) e até mesmo de biópsias do intestino.
Fisiopatologia
A Alergia Alimentar (AA) é definida como o grupo de reações adversas a alimentos que apresenta envolvimento
do sistema imunológico, mediado ou não pela imunoglobulina E (IgE) ou relacionado a outros mecanismos desse sistema.
Outras reações adversas aos alimentos não mediadas imunologicamente podem ser causadas por vários mecanismos, como deficiências de enzimas digestivas (intolerância à lactose) ou toxinas (intoxicação alimentar por estafilococos), bem como aversões psicológicas.
A imaturidade da barreira mucosa intestinal vem sendo apontada como um dos mecanismos que poderia explicar a incidência mais alta de AA em lactentes e crianças.
A alergia é uma reação de hipersensibilidade desencadeada por mecanismos imunológicos específicos.
Segundo Gell e Combs, as reações alérgicas podem ser classificadas em quatro tipos:
tipo I – reação anafilática,
tipo II – citotóxica
tipo III – reação por complexos antígeno-anticorpo,
tipo IV – reação de imunidade celular.
A reação de hipersensibilidade imediata, ou tipo I, é a responsável pela maioria das reações alérgicas a
alimentos em indivíduos sensíveis.
O desenvolvimento da resposta mediada por IgE a um alergeno é o resultado de uma série de interações moleculares e celulares envolvendo as células apresentadoras de antígeno, linfócito T e linfócitos B66.
A mucosa gastrointestinal apresenta uma barreira física, constituída pelo muco, junções entre as células epiteliais e enzimas, e uma barreira imunológica constituída pela secreção da imunoglobulina IgA.
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Vários fatores têm um papel importante, entre eles a genética, a flora intestinal do hospedeiro, o timing, a dosagem e a frequência de exposição a vários alérgenos alimentares, bem como a alergenicidade de várias proteínas alimentares.
Imunologia das alergias
as reações de hipersensibilidade ocorrem quando o indivíduo desenvolve respostas imunológicas contra um antígeno de maneira excessiva.
as principais causas de hipersensibilidade são:
autoimunidade
reação contra microrganismos resistentes
reação contra antígenos ambientais
são divididas em quatro subtipos baseado no principal mecanismo imunológico para os danos na reação
TIPO I: resultante da ativação de linfócitos Th2 pelos antígenos ambientais
TIPO II: causadas por anticorpos que se ligam a tecidos ou antígenos na superfície celular
TIPO III: anticorpos que se ligam a antígenos formando complexos que estimulam a inflamação
TIPO IV: respostas imunológicas do tipo Th1 e Th17 que produzem citocinas e induzem a inflamação
hipersensibilidade imediata (Alergias)
É uma reação tecidual que ocorre rapidamente após a interação do antígeno com o anticorpo IgE ligado à superfície dos mastócitos em um hospedeiro sensibilizado.
IgE
responsável pela ativação dos mastócitos e liberação de mediadores responsáveis pelas manifestações clínicas das doenças alérgicas.
Sequência de eventos
ativação de células Th2 e produção do anticorpo IgE
Sensibilização dos mastócitos pelo anticorpo IgE
Ativação dos mastócitos e liberação de mediadores
aminas vasoativas e mediadores lipídicos
citocinas
Fatores de risco
Introdução de alimentos na época certa
Fatores genéticos
Medicamentos - principalmente alguns ATB - podem interferir na formação dessa microbiota
Deficiência de IgA ou produção atrasada de IgA
Individuos que tem/tiveram aleitamento materno também estimulam uma microbiota mais saudável, oligossacarídeos do leite materno estimulam a flora comensal
Sistema nervoso entérico danificado
Individuos nascidos de parto normal tem uma microbiota mais saudável, equilibrada que estimula um sistema imune para aquisição de tolerência
Alterações imunológicas
Infecções gastrintestinais
Contato inadequado do sistema imune intestinal com a flora comensal
Poliformismos em genes de citosinas Th2, ou de receptor IgE
TRATAMENTO
O tratamento de AA envolve a exclusão total do alérgeno. A orientação adequada demanda tempo, mas é essencial para assegurar adesão ao tratamento, prevenir a desnutrição e melhorar a qualidade de vida do paciente e dos familiares.
O leite de vaca é um dos principais alérgenos na faixa etária pediátrica. Quando confirmada a alergia, a orientação inclui a sua eliminação e a de todos os seus derivados. Com isso, a criança perde um importante alimento, rico em proteínas e especialmente em cálcio, razão pela qual é fundamental a escolha do substituto.
As fórmulas mais adequadas são os hidrolisados proteicos, extensamente hidrolisados, ou as de aminoácidos livres. Caso a criança esteja em aleitamento materno, é indicado à mãe realizar dieta isenta de leite de vaca e derivados
De acordo com os protocolos internacionais e da Sociedade Brasileira de Pediatria, a fórmula inicial de escolha para o tratamento da APLV é a extensamente hidrolisada.
O tempo de exclusão da proteína depende do tipo de alergia. Nos casos IgE mediados com altos títulos ou reações alérgicas severas, a exclusão deve ser feita por, pelo menos, 12 meses, e a provocação deve ser norteada pelos níveis de IgE específica, postergada se os títulos permanecem elevados.
MANIFESTACOES CLINICAS
ALERGIA ALIMENTAR
Manifestaçoes gastrintestinais
Síndrome da alergia oral
Hipersensibilidade gastrintestinal imediata
Esofagite eosinofílica
Gastrite / Duodenite eosinofílicas
Refluxo gastroesofágico por alergia alimentar
Cólica do lactente/choro excessivo
Enteropatia induzida por proteína alimentar
Síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar
Proctocolite eosinofílica
Constipaçao intestinal por alergia alimentar
Respiratorias
Reaçao respiratória a alimentos como componente de anafilaxia
Rinite alérgica
Asma persistente
Asma e rinite pela inalaçao de partículas alimentares
Síndrome de Heiner
Cutâneas
Urticária e angioedema
Dermatite atópica
Manifestaçoes sistêmicas
Anafilaxia
Anafilaxia induzida por exercício dependente de alimentos
INTOLERANCIA ALIMENTAR
Dores nas articulações
Cansaço excessivo
Inchaço e dores abdominais
Coceira ou manchas na pele
Azia ou enjoos frequentes